Volume 1
Capítulo 67 - A Emboscada na Ilha!
Kira, ao escutar o som dos passos ecoando vindos do local da ilha onde não esperava ninguém, apertou o punho em sua adaga e começou a ver as silhuetas dos soldados aparecendo por toda a extensão da ilha que estava a sua retaguarda.
Os números eram absurdos.
— Magos de terra, alterem o terreno! — ordenou Kira, apontando para o solo a frente dele.
— O que precisa que criemos? — Perguntou um dos magos.
— Cavem uma trincheira com magia de terra o mais fundo que conseguirem e o mais largo possível. — ordenou Kira.
— Para que vai servir isso? — Perguntou Saito.
— Atrasar as tropas e podermos causar ainda mais confusão na batalha que Michael está neste momento. — afirmou Kira.
— Mas se os magos estiverem com eles conseguiram passar sem problemas. — questionou um dos aventureiros.
— Eu só quero um pequeno atraso para podermos trazê-los até aqui. — respondeu Kira.
— Não seria melhor então deixar eles vir? — disse Saito interrompendo.
— Sigam as minhas ordens e vamos ajudar Michael. — ordenou Kira.
As ordens dadas por Kira ainda pareciam não fazer o menor sentido para os aventureiros, mas obedeceram.
Imediatamente os magos começaram a pronunciar os encantamentos de terra para abrir uma cratera como Kira ordenou.
Cada mago conseguia fazer um buraco de cerca de 3 metros com encantamentos mais longos.
A trincheira começara a se formar.
Mas os magos só pararam quando a trincheira era quase do tamanho do exército que vinha até eles e tinha cerca de 30 metros de profundidade.
— Agora. Vamos ajudar os Kerraton. — gritou Kira.
E assim que o grito de Kira finalizou, os guerreiros foram correndo na direção da batalha onde Kerraton e Raijin estava ocorrendo.
Os guerreiros sempre iam à frente.
Kira saiu junto a eles e deixaram as ruínas ao centro da ilha de Rikerhan.
Os soldados ainda nem haviam se aproximado da trincheira feita pelos Magos de Hanz.
Enquanto isso, Michael e os aventureiros de seu reino estavam em batalha.
Michael sorria a cada golpe que acertava e sorria ainda mais quando algum golpe ou magia conseguia acertá-lo de surpresa.
A batalha estava intensa.
Os magos estavam misturados aos guerreiros e conseguiam pronunciar os encantamentos quase sussurrando e vestidos com armaduras parecidas com os guerreiros.
A única diferença possibilidade que eles tinham eram se esconderem com capacetes cobrindo o rosto para que fosse quase impossível perceber eles entoando os encantamentos.
Os ninjas de Hanz estavam acertando magos aos poucos na retaguarda, mas um dos soldados percebeu o que estava acontecendo e falou — Tirem as linhas coloridas dos capacetes dos magos ou todos tiramos os capacetes, estão atacando os magos para diminuir a nossa força.
Ao escutar o comentário do soldado, os capitães ordenaram.
— Magos, se misturem, camuflagem. — gritaram os capitães.
Ao escutarem as palavras dos capitães, os soldados se movimentaram para proteger o rei, mas todos começaram a correr passando uns pelos outros.
A tática permitia que os magos se perdessem da vista e assim poderem ficar com capacetes iguais.
Os magos apenas imbuíram magia nas listras que os definiam como magos e elas desapareceram.
Assim que as listras sumiram dos capacetes, os ninjas de Hanz resolveram recuar.
Começaram a se esgueirar pelo caminho de volta.
Passaram próximo à batalha onde Michael acertava um soldado com espada e escudo com força que o mandara para longe.
Isso sem ao menos usar sua magia de fortalecimento corporal.
— Aquele cara é um monstro! — afirmou Saytco.
Os outros ninjas acenaram com a cabeça em tom afirmativo.
E continuaram seus caminhos para onde Kira estava.
Enquanto isso, Michael gritava — Cadê você, seu Diamante miserável? Venha me enfrentar.
Arthen Raijin escutava as palavras de Michael e o tilintar das espadas e adagas, as magias sendo entoadas e lançadas de ambos os lados.
Cada vez o som se tornava mais difícil para ele continuar escutando, mas se segurava para não ir ao encontro de Michael.
Michael corria pelas forças de Raijin derrubando diversos soldados e sendo acertado por magias de fogo, terra, vento, água e nada parecia fazer o menor efeito.
Às vezes, mesmo sem a barreira, ele só recebia o ataque o passava a sua mão para limpar.
Fanallys e seus irmãos atacavam com a mesma frequência que seu pai, mas com grande diferença de que se não desviassem das magias ou as bloqueassem bem aconteceria o mesmo que ocorreu com os aventureiros.
Mas antes que o ataque chegasse a uma contagem difícil, Arthen ordenou — Tragam o nosso trunfo 1.
Quando a ordem de Raijin foi lançada, uma bola de Luz vinha da direção do navio.
Todos a observaram, mas Michael percebeu o que era e disse — Se protejam com as barreiras mais fortes que tiverem.
Assim que a ordem foi dada, a bola de luz parou no ar e começou a sair raios de luz para a direção dos aventureiros de Kerraton.
Ao tocar nos escudos, os mesmos explodiam.
Muitos aventureiros de rank mais baixo que os principais foram lançados ao chão e mandados para longe.
— Pai, o que é aquela coisa? — Perguntou Fanallys.
— Um canhão de armazenamento mágico configurado com encantamento para atacar seus inimigos. — explicou Michael.
O ataque do canhão mágico havia acertado vários aventureiros, acertou alguns soldados de Raijin também.
Os que estavam protegidos eram os principais do reino de Raijin.
— Como é que eles podem fazer algo assim? — Perguntou Fanallys.
— Eles só querem uma guerra e se escondem atrás de forças que não são deles. Todos os Raijin são assim — disse Wervy Kerraton demonstrando seu rancor quanto a família Raijin.
Michael não se importou muito com a conversa e saiu dali e foi na direção de onde escutou a voz do Rei de Raijin.
Enquanto isso, Kira estava se aproximando com seus aventureiros.
Quando Wervy viu Kira chegando, ele percebeu que os aventureiros tinham um olhar preocupado com a retaguarda.
Kira se ia à frente junto com os guerreiros.
Ao se aproximarem da batalha foram vendo o caos que estava.
Soldados feridos e caídos ao chão.
Aventureiros com cortes e sangramentos.
As cenas da batalha não eram nenhum pouco agradáveis a quem nunca havia visto uma guerra de perto, mas Kira quando olhou os machucados e ferimentos de todos ordenou — Deem poções de cura aos que estiverem com ferimentos mais graves. Agora!
Com a ordem de Kira, os magos de seu reino correram e saíram dando poções aos que encontravam.
Michael olhou de relance para Kira e disse — Resolveu vir participar, seu elfo maldito. Já está atrasado e logo vou acabar com isso.
Kira lançou olhar para Mickael Kerraton e não disse nada, só pegou suas armas e o acompanhou.
— Você está atrás do Rei, onde ele está? — Perguntou Kira.
— Eu estou procurando aquele covarde, mas você não precisa me ajudar. Eu vou matar aquele idiota que ousou nos desafiar. — pronunciou Michael.
— Só precisamos parar as peças-chave desse reino e o resto se resolverá. — disse Kira.
— Não tó nem aí. Vou matar e passar por todos que tentarem me atrapalhar. — finalizou Michael.
Kira continuou acompanhando Michael na busca por Arthen Raijin que desapareceu desde o canhão mágico.
Enquanto os aventureiros santos iam ao encontro do Rei, Os aventureiros se dividiram e começaram a juntar as forças para derrubar a quantidade de soldados.
Com a reunião dos dois reinos e uma guerra acontecendo e ocupando o tempo dos aventureiros santos, Wervy e os outros 8 olharam uns para os outros concordando com o que precisavam fazer.
Todos os 9 saíram se distanciando da batalha e indo para a direção do porto.
Quando se aproximaram de um local mais tranquilo e sem movimentações, todos se curvaram uns aos outros.
— Que bom que podemos nos juntar de novo. Os generais podem assumir os seus papéis assim que Dadb retornar. — Disse Wervy Kerraton.
— Primeiro precisamos confiar que todos sabem os seus papéis em nosso plano todo. — disse Gaius Sirup.
Quando Gaius finalizou isso, todos que estavam ali presentes começaram a olhar mutuamente.
O primeiro a começar foi Bortos Cratos, ele se aproximou de todos e levantou a manga de um dos braços mostrando o símbolo dos 12 generais e disse — Sou 1 dos 12 e sigo o rei da igualdade que foi enganado, mas o conhecem como o Rei demônio.
Carlent But se aproximou com seu arco e mostrou a marca dos 12 generais e repetiu as mesmas palavras de Bortos.
Em seguida foi Torvyn Sigurd, depois Sirius Kreator que erá o conselheiro do Rei demônio.
Assim todos os generais que se encontravam no reino de Hanz apareceram e chegara a vez dos de Kerraton.
Wervy Kerraton começou falando as mesmas palavras de seus companheiros
Junto a Wervy estavam mais 4 pessoas:
Kretus sart, Zyon Torkus e Gaius Sirup eram os generais de Dadb no Reino de Kerraton, mas com eles ainda estava Darian Kartin.
Após todos confirmarem quem são que são seguidores de Dadb eles ficaram aliviados, começaram a conversa em um idioma demoníaco.
Os noves generais reunidos ali, sussurrava em língua demoníaca, suas vozes ecoavam como uma brisa leve que perde o som com o vento. Era um idioma antigo
Poucos no mundo ainda o compreendiam — apenas aqueles que haviam mergulhado nos segredos proibidos do mito de Fanheamadem e descoberto a realidade.
Todos os generais presentes seguiam um Rei e um mestre que fora retirado da história e que era tratado como um lixo, mas não por sua vontade, mas pela união que temos.
Enquanto os generais traçavam seus planos, a batalha principal rugia como uma fera ensandecida.
Fanallys Kerraton avançava como um redemoinho de lâminas, seus irmãos ao seu lado, formando uma muralha de aço e fúria. Seus golpes eram precisos, letais — cada movimento derrubava um soldado de Raijin, cada esquiva era seguida por um contra-ataque brutal.
— Mantenham a formação! — gritou Fanallys, bloqueando uma machadada que teria partido ao meio um guerreiro comum.
Seus irmãos respondiam em uníssono, suas espadas brilhando sob o sol manchado de fumaça. Um deles, Alex Kerraton, usava um estilo de luta mais pesado, esmagando soldados com golpes de sua espada e tomando o cuidado com os outros perto. O outro, Dacto Kerraton , era rápido como uma víbora, suas adagas encontrando gargantas e juntas de armaduras antes que os inimigos pudessem piscar.
Mas mesmo eles não eram invencíveis.
Uma flecha flamejante atingiu Alex no ombro, fazendo-o rolar de dor no chão. Fanallys não hesitou — girou, cortou o arqueiro ao meio com um golpe horizontal e puxou o irmão para trás das linhas.
— Magos de cura, agora! — ordenou, enquanto Dacto cobria sua retirada, abrindo caminho com uma série de estocadas precisas.
A batalha estava longe de terminar, mas os Kerraton não recuavam. Eles eram a espinha dorsal daquele ataque, e cada soldado que caía diante deles era um passo mais perto da vitória — ou da armadilha que Arthen Raijin certamente preparara.
Enquanto o sangue corria em terra, o mar começava a ferver.
Ryusaki, Sankay e os outros no convés do navio principal de Dadb observavam a ilha de Rikerhan se aproximando, suas silhuetas negras recortadas contra o céu avermelhado pelo crepúsculo.
— Estamos quase lá — murmurou Ryusaki, seus dedos apertando o punho de sua espada.
Sankay, sempre o mais cauteloso do grupo, franziu a testa.
— Algo está errado… O mar está quieto demais.
E ele tinha razão.
As águas ao redor da ilha não ondulavam como deveriam. Em vez disso, pareciam espessas, como se algo sob a superfície estivesse sugando toda a energia ao redor.
— Avise Dadb — ordenou Ryusaki.
Não foi necessário.
Dadb já estava à frente deles, seus olhos queimando como brasas sob o capuz negro. Kuros, Excia, Lina, Ivy, Ankatsu e Rikot se posicionaram atrás dele, cada um com suas armas em punho, prontos para o que viesse.
— A ilha está cercada e prestes a revelar a verdade. — disse Dadb, sua voz tão profunda que parecia vir das próprias profundezas.
— O que isso significa? — perguntou Lina, sua voz quase sumida diante da presença do Rei Demônio.
Dadb não respondeu. Em vez disso, ergueu uma mão, e o ar ao seu redor distorceu-se, como se o próprio espaço estivesse se curvando diante dele.
— Preparem-se.
E então, as primeiras estruturas da ilha começaram a tremer.
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