Volume 1
Capítulo 66 - A Guerra se Inicia!
Ryusaki e Sankay apareceram no convés do navio encharcados e ofegantes. Os seus companheiros suspiraram coletivamente e se sentiram aliviados com a repentina aparição dos dois, mas respiraram aliviados pelo retorno de ambos e a evolução da velocidade do navio.
Com o surgimento dos irmãos e a repentina aceleração do navio, todos sabiam que a ideia de Sankay tinha atingido o objetivo.
Ao mesmo tempo que Ryusaki e Sankay apareceram no convés do navio, a guerra na ilha de Rikerhan se iniciava.
Arthen Raijin mandou que os seus comandantes naquela direção da ilha se dirigissem ao centro da ilha onde se encontravam as ruínas.
Os soldados seguiam marchando diretamente ao centro da ilha.
Com isso, um dos generais enviou um corvo aos navios que faziam o cerco da ilha para que se aproximassem da ilha a fim de bloquear a saída de qualquer pessoa.
A marcha dos mil soldados comandados por Arthen Raijin ecoava por toda a ilha, chegando aos ouvidos dos aventureiros que se encontrava ao centro da ilha.
Os soldados marchavam em filas com os guerreiros a frente levando espadas e escudos.
Mais atrás ficavam os magos.
Com o início das movimentações dos soldados, Kira também se preparava.
— Ninjas! Se preparem. — pronunciou Kira.
Assim que a ordem de Kira foi dada aos ninjas, os mesmos saíram imediatamente ativando magias de vento e água em conjunto para formar névoas e eles se camuflarem na ilha.
Alguns ninjas pronunciaram magia de vento e outros, magia de agua.
Imediatamente um nevoeiro antes de chegar ao centro de Rikerhan se formou.
Com o nevoeiro surgindo, os ninjas de Hanz saíram para emboscar os soldados de Raijin.
— Guerreiros, permaneçam alertas. Magos preparem barreiras e sobreponham umas as outras caso um ataque aconteça. — Ordenou Kira.
Uma confirmação veio com a movimentação dos aventureiros e de Hanz montando uma formação de batalha em formato de flecha.
A primeira fileira sendo de guerreiros e a segunda de magos.
Michael apenas observava os movimentos dos pés dos soldados.
O som dos passos ecoava cada vez mais perto deles.
Com o nevoeiro estava difícil de enxergar alguma coisa se movimentando ou até mesmo se aproximando.
Imediatamente Wervy Kerraton começara a murmurar algumas palavras de encantamento.
O encantamento era dito em palavras que os outros próximo a ele não compreendiam.
As palavras de Wervy eram uma espécie de mantra que o permitiria aumentar a sua concentração e poder sentir a mudança na energia mágica próximo a ele.
Assim que terminou de recitar o seu mantra, ele começou a escutar os passos dos soldados com mais intensidade e com maior clareza.
Além disso, podia identificar quantos magos havia entre eles pela diferença de energia magica presente nos corpos.
— Temos cerca de 300 magos entre os soldados a caminho daqui. O restante são apenas guerreiros com pouco potencial mágico. Eles estão se aproximando daqui. — disse Wervy.
Michael olhou para seu irmão e disse — Eu não sei por que precisamos saber quem é mago e quem não é. Basta esmagar todos e a batalha se encerra.
Fanallys começou a sorrir concordando com seu pai.
— Eu sei como você age, mas essa informação é para evitar que outras pessoas morram de forma desnecessária. — afirmou Wervy.
— É só atacar primeiro e não permitir que os fracos morram. — finalizou Michael com um sorriso de confiança.
Foi nesse momento que Kira se aproximou e perguntou.
— Você identificou 300 magos dessa distância?
Wervy acenou para afirmar a pergunta.
O olhar de Kira foi de surpresa, afinal ele não conseguia um controle tão delicado de magia a ponto de identificar magos e não magos a esta distância.
— Essa é uma excelente informação. Você sabe quantos são? — perguntou Kira.
— Pelo que consegui contar são cerca de mil soldados e parecem ter 3 junto aos mil que creio serem comandantes. — disse Wervy tentando se concentrar.
Kira tocou no ombro de Wervy em tom de agradecimento e saiu para se aproximar de seus aventureiros.
— Soldados de Hanz, temos uma batalha com mais de mil soldados que estão vindo em nossa direção. Dentre eles temos cerca de 300 magos. Eles devem estar na retaguarda ou misturados entre os guerreiros, mas o nosso objetivo e reduzir os números. Por isso, foquem em derrubar o máximo possível desde o início. Deixem a retaguarda para nossos ninjas. — ordenou Kira.
O apoio dos aventureiros foi imediato.
Enquanto os aventureiros de Kira estavam todos posicionados esperando, Michael saiu de perto de seus aventureiros e foi na direção de onde vinham os sons do exército.
— Eu não vou perder tempo esperando. Vou atacar aquele Rei mimado. — disse Michael.
Em pouco tempo antes de finalizar a sua fala, os seus aventureiros se posicionaram junto a ele na linha de frente.
Nenhum dos aventureiros de Kerraton disse uma palavra.
Michael olhou para todos e deu uma risada confiante de que todos sabiam que a melhor defesa e atacar primeiro.
Imediatamente Michael segurou seus machados e saiu correndo na direção do nevoeiro.
Com ele foram todos os aventureiros de Kerraton.
Ao mesmo tempo que Michael e seus aventureiros saiam correndo em direção ao inimigo, Kira se sentia mal, pois agora teria que se preocupar em não ferir aqueles idiotas do reino dos malucos por lutas.
— Esperem o nevoeiro passar ou os inimigos surgirem. — disse Kira.
Enquanto isso, os ninjas avançavam em direção aos soldados que saiam da praia e iam na direção das ruínas de Rikerhan.
Os ninjas perceberam que tinham muitos soldados e que cerca de 150 deles estavam a cavalo.
Ficaram observando todos os mil soldados caminhando na direção de onde vieram.
Entre os ninjas estavam Saytco e Astryx.
— Precisamos diminuir os magos na retaguarda. — sussurrou Astryx.
— Não podemos simplesmente aparecer na retaguarda de um exército e simplesmente sumir com algumas pessoas. Precisamos identificar os magos e depois montarmos uma estratégia. — disse Saytco.
Astryx olhou mais uma vez na direção do exército e começou a pensar.
— Você se aproxime de onde o exército está passando e me diga se consegue perceber se tem diferenças na armadura de algum deles. Mas tome cuidado para não o perceberem. — disse Astryx.
Assim que recebeu a orientação, o ninja saiu de perto e seguiu na direção dos soldados.
Era difícil se aproximar, afinal, mesmo com a nevoa séria difícil conseguir identificar mudanças sutis como Astryx orientava.
A cada passo que o ninja dava se aproximando do exército era uma aceleração a mais em seus batimentos cardíacos.
Com a aproximação silenciosa e cuidadosa do ninja, ele conseguiu acompanhar e seguir.
Olhava atento para todos que estavam no exército e as suas armaduras pareciam iguais.
Todos com espadas nas cinturas e armaduras parecidas.
Até que percebeu uma coisa em alguns capacetes.
Em alguns capacetes tinham cores diferentes e a maioria deles tinham uma cor igual.
Viu soldados com capacetes com faixas azuis, faixas amarelas, faixas marrons, faixas verdes, faixas negras e faixas metálicas.
Sendo as faixas metálicas a maioria.
Ao perceber isso, o ninja tentou retornar de mansinho para próximo a Astryx e o Saytco.
Quando chegou junto a eles disse — percebi que temos a maioria dos soldados com uma faixa metálica no capacete, mas alguns têm outras cores. Devem ser magos com especialidade em cada elemento.
Ao escutar as informações de um dos ninjas imediatamente Astryx perguntou — Você sabe se eles estão misturados ou na mesma linha de ataque?
— Eles estão misturados para dificultar a visão dessa pequena diferença. — disse o outro ninja.
— Qual será nossa estratégia agora? — Perguntou Saytco.
— Nossa saída vai ser começar a diminuir os magos de forma rápida. Quanto menos magos, mais fácil será para os nossos guerreiros e magos. — explicou Astryx.
Os outros ninjas concordaram.
A névoa criada por eles começava a se dissipar, mas isso ocorria principalmente por um dos magos do exército que entoava um encantamento que criava uma zona de calor próxima evaporando a nevoa.
— Parece que teremos uma certa dificuldade. — afirmou um dos ninjas ao se aproximarem.
Astryx e Saytco não deram ouvidos a isso e foram se aproximando devagar da retaguarda do exército.
Os passos dos ninjas não produziam nenhum som e seu controle era tao intenso que até mesmo conseguiam ocultar sua magia a quase nada.
Eles se aproximavam cada vez mais.
Os cinco ninjas de Hanz ao se aproximarem começaram a colocar as mãos em bolsas que carregavam.
Retiraram shurikens das mesmas ao mesmo tempo.
Com as armas em punho, eles se prepararam para jogá-las na direção dos alvos estabelecidos como prioridade.
Cada um mirou em um soldado que indicava ser um mago.
Imediatamente eles lançaram as suas shurikens com força e com um tipo de aprimoramento mágico para elas adquirirem potência e velocidade.
Em menos de 1 segundo as armas encontraram os alvos e 5 magos caíram ao chão.
Assim que 5 soldados caíram, um dos que estava na retaguarda foi gritar.
Mas antes que ele conseguisse pronunciar algo, foi interrompido.
Mãos agarraram em sua boca e o levaram para longe do exército enquanto se debatia.
Com isso outros perceberam o sumiço de alguns e soaram uma trombeta como um alerta.
Assim que a trombeta soou, os soldados começaram a entrar em formações de batalhas.
Fecharam as saídas formando uma fileira em formato oval que os permitia proteger o rei e os comandantes que estavam ao centro.
— Protejam o Rei, estamos sob ataque. — gritou um dos soldados.
O som da trombeta não avisava somente os soldados dali, mas ele ecoava para o navio.
Os navios formavam um uníssono avisando uns aos outros que a batalha se iniciava.
Com esse aviso, diversos barulhos de trombetas surgiram por toda a ilha.
Mas enquanto as trombetas tocavam, Michael Kerraton irrompia a nevoa como um leão correndo para agarrar sua presa.
Seus machados giraram em arcos brutais, arrancando cabeças e escudos como folhas secas.
— "ISSO É KERRATON!" — Rugiu, esmagando o crânio de um soldado com o pé enquanto bloqueava três lanças simultaneamente.
Seus aventureiros o seguiram como uma enxurrada.
Fanallys derrubando seus adversários como o seu pai utilizando a sua força bruta.
Outros aventureiros eram empurrados pelos soldados de Raijin.
Alguns foram surpreendidos com magias em suas direções.
A batalha se iniciava com uma intensidade que não era esperada.
Arthen Raijin sentiu que Michael o procurava em meio aquela batalha.
— Se posicionem e protejam o Rei. — ordenou um dos comandantes.
Michael a cada ataque com seus machados conseguia acertar alguns guerreiros, mas os magos sempre se distanciavam e tentavam lançar magias nele.
As magias mal eram ativadas e Michael já sabia como repeli-las.
A confusão causada por Michael e os aventureiros de Raijin fez com que os soldados perdessem o foco no ataque dos ninjas.
— Temos que aproveitar e acabar com o máximo de ninjas que pudermos. — disse Astryx.
Todos os 5 ninjas correram em silêncio no meio daqueles sons de espadas se chocando e lanças sendo paradas por escudos e gritos de dor pelas feridas.
A cena que ocorria era somente o início da guerra.
Kira escutou diversos barulhos e gritos e junto a isso os sons das trombetas que ressoavam por toda a ilha.
— O que está acontecendo aqui. De onde está vindo esse som? — disse Kira.
Foi nesse momento em que todos que aguardavam ali escutaram sons de passos vindo de onde estavam os seus navios.
— Estão nos encurralando para não fugirmos. Aquele maldito Arthen não planeja isso a pouco tempo. Se preparem. — disse Kira.
— Pai, temos tropas de Raijin vindo de todas as direções da ilha. — disse Saito Hanz.
O olhar de Kira foi de incerteza quanto ao que aconteceria com aquela batalha.
— Se preparem que isso não é uma simples tentativa de nos matar. Caímos em uma armadilha ao aceitar aquele campeonato. — explicou Kira.
— Pai, você está dizendo que Kuros estava mesmo ajudando o rei demônio? — sussurrou Saito.
Kira acenou de forma afirmativa, mas complementou — Arthen também está junto a ela.
— O que podemos fazer agora? — Perguntou Saito.
— Vamos ficar firmes e utilizar nossa inteligência. — afirmou Kira.
Kira ficou pensativo sobre a sua situação atual, mas parecia que a batalha que Kerraton iniciou se tornava cada vez mais intensa.
Foi nesse momento que ele se lembrou de algo.
— Já sei como vamos ganhar algum tempo. — disse Kira.
— Estou as suas ordens. — afirmou Saito.
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