Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 65 - O Cerco em Rikerhan!

Assim que os sorrisos pararam, Wervy apareceu próximo a Michael e disse — Eu os conheço. São alguns amigos que mandei vigiar Raijin. 

— Tinham que ser amigos seus mesmo. Só você para se aproveitar de ratos como esses. — disse Michael. 

Imediatamente Kira escutou barulhos maiores. 

— Cadê os nossos guardas? — perguntou Kira. 

— Nós vimos eles serem atacados por um barco de Raijin. — disse Gaius. 

A expressão no rosto de Kira foi de preocupação, pois eram seu povo e imediatamente se virou para os aventureiros e disse — Formação de batalha agora. Raijin começou o seu ataque. 

Michael, que não tinha a menor preocupação, disse — Aquele que conseguir matar mais guerreiros ou cortar a cabeça de Arthen fica sendo o mais forte. O que acha?  

— Não é uma hora para uma aposta como essas. Precisamos nos preparar. — pronunciou Kira. 

Imediatamente os aventureiros de Hanz começaram a se preparar. 

Mas os aventureiros de Kerraton não se moveram nada. 

— Os guerreiros de Kerraton podem atacar quantos soldados de Raijin quiserem, mas se um de vocês conseguirem matar ou ameaçar alguém como Arthen Raijin, vai ganhar uma chance de luta comigo. — expressou Michael. 

Os aventureiros de Kerraton começaram a se animar e sentir a adrenalina de poder batalharem com o seu rei era o que a maioria deles queria. 

Wervy e os filhos de Michael foram os que mais se sentiram animados. 

— Não se anime, pois Dadb vem até aqui. — sussurrou Gaius para Wervy. 

O rosto de Wervy demonstrou a sua insatisfação com essa informação, mas sabia que isso aconteceria. 

Enquanto os aventureiros ficavam a postos para um ataque, os aventureiros enviados como guardas retornavam. 

Um deles muito machucado e o outro o carregando nos ombros. 

— Usem poções de cura nele. Imediatamente — ordenou Kira. 

— Me desculpe Rei, mas já usei uma poção, mas só amenizou a dor. — disse o aventureiro. 

— Como isso aconteceu?  — Perguntou Kira. 

— Nós estávamos olhando para o barco que havia chegado, mas não encontramos ninguém e foi aí que fomos atacados de surpresa por magos que sabiam magias avançadas. — disse o aventureiro. 

Kira observou o aventureiro explicar e imediatamente gritou — Se preparem. Raijin está a caminho. 

Ao escutarem o aviso de Kira, os aventureiros se preparam e se posicionaram com armas e com as orientações de seu rei aguardaram. 

Os aventureiros de Kerraton ainda aguardavam orientações de Michael. 

Enquanto Michael ainda permanecia sem pronunciar nenhuma ordem direta aos aventureiros, Kira já dava as orientações. 

— Especializados em ataques de curto alcance a frente. Magos ficam atrás e os ninjas vão se camuflar e atacar os soldados por onde eles não podem ver.  

— Os magos precisam estar cientes que enquanto os guerreiros estão longe do inimigo devem priorizar magias avançadas, pois terão tempo para falar o encantamento, mas a medida que eles se aproximarem devemos ir mudando e fazendo encantamentos com rápida ativação. — finalizou Kira. 

Os aventureiros do Reino de Hanz foram se preparando. 

Ao mesmo tempo, Gaius e Darian ficavam aos comandos de Michael Kerraton que não disse nada até agora. 

— Aventureiros, sei que cada um aqui tem uma forma de lutar. Em Kerraton sempre priorizamos as forças e o seu poder em combate. 

— Neste momento estamos iniciando uma guerra e para mim é uma oportunidade para que vocês possam me demonstrar suas forças, por isso lutem do seu jeito e conquistem o meu respeito por você.  — Finalizou Michael. 

Ao escutar essas palavras, os olhos de Fanallys, Dacto e Alex Kerraton se animaram com a possibilidade de ganharem o reconhecimento de seu pai. 

Com os rostos renovados, eles se sentiram ainda mais animados para que a guerra que estava iniciando acontecesse de fato. 

Os aventureiros de Kerraton se animaram com as palavras ditas pelo seu líder que sempre foi o mais forte do reino e aqueles de sua confiança garantiriam um avanço em todo o reino. 

Fanallys Kerraton ficou animada com as palavras e ficou com seus olhos brilhando de animação. 

Mas antes que todos estivesse prontos, eles escutaram barulhos vindos da direção em que os aventureiros de Raijin atacaram. 

O navio de Arthen atracara na praia da ilha de Rikerhan. 

— Vamos atacar os aventureiros, mas sejam cautelosos em acabar primeiro com Michael e Kira. Nossas maiores ameaças são a destes seres. — declarou Arthen ao atracar na praia. 

Os soldados do Reino demonstraram alegria pelas palavras de Arthen. 

Todos os comandantes foram orientando os soldados e posicionando todos para preparem o ataque. 

— Montem uma frente unida de soldados aqui na ilha. — disse um dos comandantes daquele esquadrão. 

Um dos soldados se aproximou e perguntou — Os nossos alvos não irão fugir pelas outras saídas da ilha? 

Ao escutar a pergunta, Arthen se direcionou a frente de todos os soldados ali presentes e ordenou que todos fizessem silêncio.  

— Eu compreendo a preocupação de todos os soldados, mas não se preocupem, pois estamos usando a estratégia de guerra do Ceresco de Ferro.  — explicou Arthen. 

A expressão nos rostos dos soldados foi de confusão. 

Arthen percebeu que nem mesmo seus soldados tinham conhecimento algum de táticas de guerra e táticas navais. 

— A estratégia é bloquear as saídas dos continentes inimigos e já enviamos navios para os continentes. Enviamos também navios para cercarem a região da ilha fora o continente de Raijin. Assim todos ficaram obrigados a permanecerem na ilha ou então seguirem para o nosso continente onde nós poderemos liquidá-los sem dificuldade. — Arthen finalizou a explicação. 

Assim que as explicações sobre as táticas foram repassadas os soldados que estavam junto do Rei Arthen e seu filho que permanecia no navio, todos os soldados se sentiram aliviados pela estratégia organizada. 

Um urro de animação foi entoado pelos soldados gritando — Raijin! Raijin! 

Enquanto os gritos de guerra era pronunciado vindo da direção do continente de Raijin, os navios comandados pelos generais do Rei se aproximavam de Rikerhan. 

A ilha era cercada por navios e no porto de cada continente atracavam dois navios cheios de soldados. 

Os navios de Raijin estavam posicionados em um cerco perfeito, sendo dois em cada porto e uma formavam uma espécie de barreira pelo mar, com os navios cheios de soldados e de escravos de Raijin sendo colocados como descarte de batalha. 

Cada capitão matinha consigo um cristal de comunicação que foi uma criação de Chedipé para o reino. 

O cristal permitia que cada capitão pudesse conversar com os navios mais próximos a eles. 

Os cristais tinham um alcance de cerca de 70km. 

Enquanto a estratégia de Arthen e seus generais e comandantes seguia conforme o plano, Ryusaki e Sankay finalizavam os seus planos. 

Sankay terminava de produzir as suas hélices de forma improvisada. 

Ao sair da cabine em que estava, todos perguntam — O que você descobriu?  

— Vocês vão entender logo.  — Pronunciou Sankay. 

Ele se dirigiu para a borda do barco e pulou na agua. 

Todos olharam para ele na agua se questionando o que ele estava fazendo. 

Mas Ivy permanecia quieto. 

Sankay mergulhou e foi para debaixo do navio. 

Ao mergulhar olhou em direção ao leme. 

O leme de madeira estava novo, mas isso não o permitiria avançar na velocidade que eles precisavam. 

Sankay utilizou uma magia próximo a sua boca, fazendo com que o ar circulasse como uma bola ao redor de seu nariz e boca. 

Se aproximou do leme. 

Retirou uma das hélices que ele havia feito e a mesma continuou parada. 

Instalou a hélice colocando-a firmada por magia. 

Antes de finalizar, ele fez a mesma magia que o permitia respirar embaixo da agua  e utilizou em suas mãos e retirou um pano molhado com o frasco que ele usou anteriormente como teste. 

O pano foi colocado em cada uma das espadas. 

Assim que Sankay terminou a instalação de uma hélice, ela começou a se movimentar, mas não teve força o suficiente para girar abaixo na Agua. 

Ao perceber isso, ele nadou até onde havia pulado e colocou a cabeça fora do mar. 

Logo que todos viram Sankay aparecer fora do navio, sentiram um alívio, pois ele estava há algum tempo debaixo do navio. 

— O que você está fazendo aí?  — Perguntou Ryusaki. 

Sankay respirou fundo e finalizou sua magia. 

— Eu preciso da sua ajuda aqui embaixo. — pronunciou Sankay. 

— O quê? — disse Ryusaki sem entender bem. 

— Desça aqui e eu te explico.  — Disse Sankay. 

Antes que Ryusaki dissesse algo, ele foi empurrado por Ivy que chegou devagar atrás dele. 

Ryusaki caiu na agua. 

Todos olharam para Ivy e perguntaram por que ele tinha o empurrado. 

— Quanto mais demorarmos, mais atrasados para impedir mortes vamos estar. — respondeu Ivy com clareza. 

Ninguém disse nenhuma palavra sobre a explicação de Ivy. 

Assim que Ryusaki estava na agua seu irmão o segurou e disse — Utilize magia de vendo próximo ao seu rosto e suas mãos e siga tudo que eu fizer, assim vamos conseguir adicionar as hélices que criei, mas assim que usarmos o último ingrediente o navio vai sair do lugar e precisaremos nos teleportar para o convés do navio. 

— O que você está falando? — perguntou Ryusaki. 

— Preciso da sua ajuda agora. Vamos instalar as hélices. Use essas magias. — explicou Sankay de novo. 

Imediatamente os dois ativaram as magias e mergulharam em direção ao fundo do navio. 

Sankay foi fazendo o que ele precisava e Ryusaki repetia tudo com perfeita sintonia, não era necessária nenhuma conversa ou discussão. 

Dadb que ainda permanecia sem entender bem o que estava acontecendo, questionou Ivy — Me conte o que eles estão fazendo e por que ainda não saímos em direção à batalha? 

Ivy parou um momento e disse — Eu sei que estão curiosos, mas esse tempo que estamos parados aqui irá nos trazer uma aceleração que ninguém nesse mundo já viu. 

Todos no convés aguardavam o retorno dos irmãos com aflição e insegurança quanto ao que aconteceria. 

Foi nesse momento que eles sentiram um pouco de movimentação no navio. 

Mas essa movimentação não foi o suficiente para acelerar o navio e fazê-lo seguir. 

Ryusaki que percebeu que as hélices estavam com um bom funcionamento, mas ainda precisavam de alguma força. 

Ele nadou até seu irmão e escreveu com uma escrita mágica que viu ele usando para se comunicar. 

Seus dedos se movimentavam formando as frases da conversa com seu irmão. 

Eles conversavam sobre a forma de fazer com que as hélices utilizassem a força do vento ou a força da agua para fazer com que o navio acelerasse.

E quando Ryusaki estava dizendo isso, Sankay se lembrou de algo que havia lido em um dos livros. 

 Nesse momento, Sankay escreveu no ar para que Ryusaki escrevesse o mesmo que ele em cada uma das espadas. 

Imediatamente eles escreveram runas que fazia com que as energias mágicas do ambiente fossem absorvidas e convertidas em força nas espadas. 

Sankay começou então a desenhar as seguintes runas com uma escrita imbuída de magia para fixar na lâmina mágica: 

ᛉ  ᛞ  ᛗ ᚱ ᛊ ᚦ

Sankay traçou as runas com o dedo indicador, deixando um rastro luminoso que queimava temporariamente a madeira do casco. Cada símbolo completado emitia um som musical - ᛉ (um sino grave), ᛞ (um assobio agudo).

Assim que escreveu as runas na espada, a mesma começou a brilhar e parecia absorver energia do ambiente. 

Ryusaki fez as mesmas runas. 

Eles continuaram escrevendo nas 4 hélices que haviam instalado. 

Imediatamente após eles finalizarem as runas nas duas primeiras hélices, o navio começara a se mover. 

Com o movimento do Navio, Ivy abriu um sorriso e murmurou baixinho — Parece que agora eles conseguiram criar uma utilidade para o que estudaram. 

Os dois irmãos olharam um para o outro e compreenderam que deveriam acelerar o processo. 

Ryusaki e Sankay já estavam debaixo da água por mais de 20 minutos e o navio começara a se mover em direção a Rikerhan. 

Enquanto o navio se movimentava, Sankay e Ryusaki corriam escrevendo as runas nas espadas. 

Em pouco tempo eles finalizaram e o navio acelerou ainda mais e os dois foram ficando para trás, afinal não conseguiam nadas na mesma velocidade em que o navio se movimentava. 

Ryusaki foi na direção de Sankay e tocou em sua mão e utilizou a sua magia de teleporte para poder levá-los até o convés do navio. 

 

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