Volume 1
Capítulo 75 - A Benção de Sartre!
— Você acredita mesmo que vai me acertar? — Perguntou Kira.
Antes de responder, Arthen começou a sorrir.
— Eu vou feri-los, seja sozinho ou com ajuda. — disse Arthen com um sorriso em seu rosto.
Quando Arthen disse essas palavras, tanto Kira quanto Michael começaram a sorrir.
— Podem sorrir, mas vocês serão derrotados. — afirmou Arthen.
Imediatamente ele começou a se preparar, segurando a adaga que ele acertou em Michael.
Michael estava sem conseguir ficar em pé com força total.
Kira, que estava se sentindo mais forte, disse — Eu vou acabar com você aqui mesmo, mas antes disso preciso saber o que você fez ao Michael.
Arthen começou a sorrir descontroladamente e então disse — Eu não preciso te contar nada sobre isso. Venha e tire a informação de mim.
Assim que terminou de falar essas palavras, ele começou a preparar um encantamento.
Os sussurros do encantamento mal deram para Kira e Michael escutarem, mas sabiam que ele estava preparando algo.
Kira não conseguiu permanecer parado e começou a ir na direção de Arthen.
Arthen percebeu a movimentação de Kira vindo na sua direção e começou a correr e continuou murmurando o que parecia ser um encantamento.
Kira utilizou magia para elevar as habilidades de seu corpo e assim ficar mais rápido.
No momento em que ele se aproximou de Arthen, o mesmo já estava pronto para se defender.
Quando Kira o atacou com suas adagas, Arthen conseguiu defender.
Os golpes trocados entre Kira e Arthen pareciam ser cada vez mais rápidos.
Enquanto Michael sentia as dores do golpe que sofreu em sua costela que causava dor.
Mas com um esforço ele conseguiu ficar de pé.
Quando ele juntou todas as suas forças, ele disse — Isso é só um pequeno machucado.
Imediatamente apos dizer isso, ele começou a correr na direção da batalha entre Arthen e Kira.
As dores a cada passos faziam com que Michael andasse ainda mais devagar, mas sua vontade de lutar e de acabar com aquele merda de Raijin era maior.
Antes que Michael conseguisse chegar próximo de Arthen ele escutou um grito e viu Arthen sendo cortado por uma das adagas de Kira.
Quando ele viu a cena disse — Aquele maldito do Kira roubou a minha chance de acabar com o Arthen.
Mas Arthen tinha sido acertado apenas de raspão.
Mais uma vez Arthen se afastou, mas Kira continuava pressionando ele com todas as forças.
Kira atacava Arthen por todos os lados.
Arthen tentava defender dos ataques, mas quando não conseguia defender com a adaga ele esquivava seu corpo.
A movimentação de Arthen parecia algo fora do comum para ele.
Michael observava enquanto se aproximava deles.
Quando ele se cansou de tentar chegar até Kira e Arthen, Michael começou a tentar pronunciar o encantamento para fortalecer o corpo.
Mas desde o momento em que ele iniciou o encantamento, sentiu algo diferente.
Ele continuou, mas assim que finalizou o encantamento nada aconteceu.
Michael ficou sem entender o que havia acontecido.
Imediatamente tentou mais uma vez, depois mais uma vez e de novo.
Foi somente ai que ele percebeu que não era o encantamento o problema.
Michael começou a ficar irritado e desesperado com o que havia acontecido.
Ele deu um grito com toda a sua força.
Arthen e Kira escutaram claramente o grito de desespero e raiva que Michael emitiu.
— Parece que ele já descobriu um dos efeitos dessa faca. — disse Arthen com um sorriso no rosto.
Quando Kira escutou essas palavras, ele se virou imediatamente para Michael.
Michael estava em fúria e descontrolado.
Mesmo sem utilizar sua magia para fortalecer o seu corpo, ele conseguia bater no chão e fazer com que as pessoas próximas sentissem que ele estava no lugar.
Kira, percebendo e já conhecendo como Michael reagia, disse — Acho que você não devia ter mexido com a magia dele e muito menos ter deixado-o tao irritado e bravo.
Antes que Kira terminasse de falar, Michael se posicionava como uma fera e com os olhos que mais pareciam os de uma fera quando está com os olhos fixos em sua presa.
Arthen sabia que algo ruim estava prestes a acontecer.
O Rei de Raijin começou a correr e sair o maís rápido dali, mas Michael parecia mais rápido do que quando estava usando seus encantamentos.
Quando Michael apareceu na frente de Arthen, ele se assustou e recuou.
Michael parecia não pensar muito bem e imediatamente deu um soco em Arthen.
Quando o soco acertou Arthen ele caiu no chão com a força que Michael colocou em seu soco.
Antes que Arthen conseguisse se recuperar e tentar se levantar, Michael começou a socá-lo ainda mais.
— Agora preciso ficar de olho e tomar cuidado para que eu não seja atacado. — sussurrou Kira para si.
Enquanto Michael socava Arthen sem dar tempo dele conseguir se defender ou dizer alguma coisa.
Arthen era acertado com socos em seu rosto, suas costelas, seu peito e em vários locais, repetidas vezes.
Mas em dado momento ele começou a tentar dizer algumas palavras.
Michael não deu a mínima atenção, pois ele estava fora de si.
— E… Eu… Preciso… D… de… A… Ajuda! — gaguejou Arthen.
Mesmo apos sua tentativa de pedir alguma ajuda nada aconteceu.
Suas forças estavam acabando e ele estava quase ficando desacordado e com o sangue escorrendo pelo seu rosto.
Foi nesse momento em que ele juntou as forças que tinha para dizer uma única palavra.
— Sartre! — pronunciou Arthen.
No momento em que ele finalizou a sua fala, uma luz apareceu rapidamente fazendo com que Kira e Michael ficassem sem conseguir ver nada.
— O que é isso? — Disse Kira confuso.
A luz que apareceu não só fez com que Michael parasse o ataque, mas ele começou a voltar a si.
Quando a luz cessou e Kira e Michael abriremos olhos, não viram Arthen no chão.
— Onde ele está? — Perguntou Michael que tinha recobrado a razão.
Kira e Michael olharam ao redor, mas não conseguiram encontrá-lo.
— Ele não conseguiria fugir assim tão rápido no estado em que estava. — disse Kira.
E foi nesse momento em que Kira sentiu um soco acertando em seu rosto.
Mas não conseguiu ter nenhuma reação.
O soco o mandou para longe.
Michael olhou na direção de onde Kira tinha saído, mas não viu ninguém.
— Eu vou acertá-lo agora. — disse a voz de Arthen.
Michael sabia que a voz era de Arthen, mas ao olhar ao redor nem mesmo conseguiu vê-lo.
— Você está quase morto. — afirmou Michael.
E imediatamente ele sentiu um soco acertar de forma certeira na costela onde a adaga tinha o perfurado.
Michael caiu com dor extrema e o sangue voltando a sair novamente de seu corpo.
— Agora eu recebi uma benção nova e vocês vão pagar por terem me desprezado. — disse Arthen com confiança.
Kira conseguiu se levantar com dificuldades e Michael começou a apertar onde estava sangrando, a fim de conter o sangramento.
Mas quando eles olharam para Arthen Raijin, não só ele estava sem nenhum arranhão, mas sua aura e sua magia estavam diferentes.
Não só ele tinha se recuperado, mas parecia mais forte do que antes.
— Que merda você fez dessa vez? — Perguntou Kira.
Arthen começou a sorrir descontroladamente, mas se controlou por um momento e disse — Eu sou o escolhido do nosso Deus e recebi uma benção divina entregue por suas mãos.
A expressão no rosto de Kira e Michael que tentava conter o sangramento foi de desconfiança, mas não sabiam o que ele estava falando.
— Você quer dizer que o Deus Sartre ajudou um merda como você? Você só pode estar brincando que ele ajudou alguém como você. — disse Michael.
Arthen novamente sorriu, mas dessa vez só disse uma única coisa.
— Vocês nem mesmo conhecem o nosso Deus, o famoso Sartre, que nos deu a vida e nos afastou do mal e de toda a doença. — disse Arthen Raijin.
— E você por acaso conhece quem é o Deus Sartre. — questionou Kira.
Os sorrisos de Arthen se tornaram ainda mais potentes e descontrolados.
Mas Kira só estava tentando ganhar tempo.
Michael já estava se levantando.
Imediatamente Arthen saiu do lugar onde estava e disse sussurrando no ouvido de Kira — Eu o conheço mais do que você imagina. São vocês que nem mesmo o conhecem de verdade.
Quando Kira olhou para onde escutou o sussurro, ele não estava lá.
Ele tentou encontrar Arthen em todos os lugares, mas ele não conseguia encontrar.
— Se vocês quiserem sair vivos daqui, precisam parar os seus protegidos e seus guerreiros. — disse Arthen.
Novamente os olhos de Kira percorreram por todos os escombros próximos e por todos os lados, mas nada fazia com que ele se sentisse aliviado.
Parecia que ele estava esperando um novo ataque ou algo assim.
— Deus Sartre está ao meu lado e ele me deu a capacidade de me mover mais rápido que a luz e claro ver o futuro de outras pessoas. — disse Arthen.
Enquanto a briga de Arthen, Michael e o Kira conversavam e conseguiam informações.
Mas Dadb e os seus guerreiros e seu novo exército se encaminhava para a direção em que as batalhas ficavam mais tensas.
Dadb ia na frente com Ryusaki e Sankay.
Logo atrás vinham os generais dela.
Junto a eles estava Kuros, Lina e Excia.
E mais atrás estavam os exércitos dos sem-nomes.
Em meio a todos eles tinham diversos monstros que vieram diretamente da masmorra fantasma.
Por mais que Ryusaki se sentisse incomodado com essas coisas, ele sabia que isso era uma guerra.
E aquele não era o momento para que ele se preocupasse com os fantasmas ou com os monstros que o lembravam de seu medo.
A caminhada de todo o exército de Dadb não era simplesmente uma jornada para chegar ao destino, mas sim uma forma de neutralizar e apagar as pessoas que poderiam atrapalhar em sua batalha contra aqueles que a desprezaram e a aprisionaram.
O exército de Raijin os atacavam constantemente, mas a todo momento sofremos algumas baixas de pessoas que os ajudavam.
Mas o que era mais estranho não era somente a quantidade de pessoas, mas como elas ficavam após serem atacados.
Dadb caminhava na frente como se nada pudesse pará-la. Seus olhos demonstravam o desprezo absoluto por aqueles que um dia a subestimaram.
— Eles não aprendem… — resmungou Sankay enquanto desviava de um golpe desajeitado de um dos soldados que, mesmo com os ossos quebrados, se arrastava para tentar atacá-lo.
Ryusaki conjurou uma esfera de pura mana e a lançou, fazendo três soldados serem arremessados longe, mas, como se estivessem presos por algum tipo de maldição, os corpos deformados se erguiam novamente, como marionetes quebradas tentando cumprir um comando que nem mesmo sabiam qual era.
— Isso tá ficando doentio... — comentou Lina enquanto se defendia de uma parte do corpo de um guerreiro, só para vê-lo se juntar de novo, mesmo que parcialmente, e se arrastar em sua direção.
Kuros disparava suas magias mirando pontos vitais, mas nem isso parecia fazer efeito por muito tempo. Cada inimigo derrotado se levantava novamente, olhos vazios, boca cerrada, como se nem a própria dor os fizesse parar.
— Isso não é regeneração... — murmurou Excia, ativando um dispositivo que criava um campo mágico, paralisando alguns soldados. — Isso é uma aberração. Uma distorção mágica mantida por algo… ou alguém.
— Sartre... — respondeu Dadb em voz baixa, cerrando os punhos. — Esse maldito mantém essas marionetes ativas. Está forçando as leis da vida e da morte para segurar um exército que já perdeu.
Aquele comentário não foi só uma simples acusação, mas Ryusaki e Sankay olharam um para outro fazendo uma ligação dos pontos com o que eles tinham.
De repente, um dos soldados se lançou contra Ryusaki, que, com um único movimento, conjurou uma lâmina de vento que atravessou o peito do homem. Ele caiu, bateu contra o chão... e, segundos depois, seus braços começaram a se mexer de novo.
— Isso não vai ter fim, a menos que a fonte seja destruída. — disse Sankay com frieza.
Dadb parou por um instante, observando os corpos que insistiam em se erguer. Respirou fundo, se levantou e começou a atacar de forma desordenada e lenta.
— Eles não sabem nem mais o que são. — comentou Kuros, franzindo a testa.
Ryusaki observava tudo, segurando firme sua espada. A sensação de desconforto por estar cercado de monstros e mortos-vivos persistia, mas dentro de si ele entendia... essa era uma guerra que não permitia hesitações.
Dadb deu um último olhar para os escombros e disse:
— Abram caminho... Porque hoje, esse mundo vai entender o que é o verdadeiro significado ser desprezado e tratado como um ser maligno.
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