Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Volume 1

Capítulo 76 - O Avanço de Ryusaki e Sankay!

Enquanto o exército de Dadb se encaminhava na direção de onde o navio de Raijin estava, passavam por vários soldados. 

Ryusaki e Sankay observando essa quantidade de pessoas, achavam estranho uma coisa. 

— Por que Raijin tem tantos soldados? — perguntou Ryusaki. 

— Eu nunca soube que a População de Raijin tinha aumentado. Até por que precisam manter um equilíbrio entre as nações. — disse Kuros enquanto atacava com magia alguns soldados. 

Ao escutar a explicação de Kuros, Sankay ficou observando os soldados que atacavam eles. 

Mesmo observando cada um dos que ele atacava, ainda estava em dúvida se eram realmente pessoas. 

— E se não forem pessoas? — perguntou Sankay. 

Kuros, Lina e Excia ao escutarem a pergunta de Sankay sentiram curiosidade em entender do que ele estava falando. 

— Você está querendo dizer que eles são o quê?  Monstros, Golems, magia? — Perguntou Lina curiosa. 

— Na realidade eu só sei que não são pessoas, mas conheço alguém que parece saber de tudo. — finalizou Sankay olhando para Ryusaki. 

— Eu não sei de nada não. — disse Ryusaki tentando se explicar para Sankay. 

— Não é você! Estou falando do Ivy. — disse Sankay. 

A expressão no rosto de Ryusaki mudou imediatamente, se lembrando que Ivy sempre apareceu no momento certo e sempre sabia o que deveria fazer. 

— Agora você entendeu? — perguntou Sankay. 

Ryusaki apenas acenou de forma afirmativa com a cabeça. 

Enquanto os dois pareciam estar na mesma página, os outros pareciam confusos. 

Mas enquanto conversavam tentavam acompanhar Dadb que parecia ter perdido a paciência que estava tendo até o momento e começou a avançar na frente do exército junto com seus doze generais. 

Dadb e os seus generais não tinham preocupações quanto a quem aparecia na frente. 

Atacavam com a força que conseguiam e usando o que podiam para tirá-los do caminho. 

Encantamentos, espadas, machados e socos eram suas principais armas. 

Algumas flechas chegavam aos soldados de Raijin que continuavam andando como se nada os tivesse atingido. 

Enquanto todos iam à frente tentando eliminar as forças de Raijin, Sankay e Ryusaki discutiam sobre ir para a masmorra e falarem com Ivy. 

Lina, Kuros e Excia iam junto com os irmãos. 

— Podem ir, nós seguramos as pontas aqui. — disse Kuros para os dois. 

Quando eles olharam para os outros, também fizeram um sinal dizendo que concordavam com ele. 

Assim que receberam o apoio dos outros, Ryusaki se aproximou de Sankay e disse — Vamos. 

Antes que Sankay percebesse, eles já se encontravam novamente na masmorra. 

Não só apareceram na masmorra como estavam no mesmo local onde Ivy estava. 

— Vamos falar com ele agora. — disse Ryusaki. 

Os dois irmãos se dirigiram para Ivy. 

Quando se aproximaram de Ivy, começaram a se preparar para falar, mas Ivy os interrompeu. 

— Eu já sei que precisam de informações sobre aqueles soldados eternos de Raijin. — disse Ivy. 

— Como sabe disso?  — Perguntou Sankay. 

Ivy não respondeu à pergunta de Sankay. 

— Se querem saber, aqueles soldados são apenas uma magia de alto nível utilizada por alguém que está além de um nível santo. Mas para acabar com os seres que estão retornando, vocês precisam derrotá-los usando combinações de magias. — explicou Ivy. 

Desde o momento em que Ivy disse a palavra acima do nível santo, tanto Sankay quanto Ryusaki ficaram pensativos, pois até onde eles sabiam só existiam os níveis santos como os mais fortes de todo o mundo. 

— Como assim mais forte que nível Santo?  O que você quer dizer com isso? — questionou Sankay. 

— Ainda não posso dizer sobre isso, mas o que importa é que vocês precisam utilizar magias em conjunto para poder causar dano nos soldados eternos. Principalmente nos seus corações que são o núcleo de força. — explicou Ivy. 

— Mas como assim, basta juntar duas magias e conseguirei derrotar os soldados? — Perguntou Sankay. 

— Basta conjurar encantamentos com pelo menos três magias distintas. Mas nem todos os magos podem usar 3 magias diferentes. — complementou Ivy. 

— Só preciso juntar três elementos de magia para causar danos nos soldados eternos? — Perguntou Ryusaki. 

— Isso mesmo, mas o mais importante é que vocês ajudem a Dadb a chegar até o Rei de Raijin. — disse Ivy. 

Mesmo com as afirmações de Ivy, os dois irmãos ficaram pensativos sobre o que ele tinha falado sobre um nível mais alto que o Santo. 

Além de se questionarem sobre isso, eles ficaram pensando sobre quem realmente é o Ivy Kirllian. 

— Agora vocês precisam voltar lá, estão precisando da ajuda de vocês. — disse Ivy. 

A expressão no rosto de Ryusaki e Sankay foi de confusão, mas ambos se prepararam para retornar. 

— Estamos voltando, mas precisamos de algumas explicações. — disse Sankay antes de desaparecer junto com seu irmão. 

Imediatamente eles retornaram para o ambiente de batalha. 

Quando apareceram viram Kuros sendo cercado por vários soldados. 

Lina sendo pressionada por 5 soldados. 

Excia estava cansada e os soldados começaram a cercar ela. 

Quando Ryusaki e Sankay perceberam isso, partiram para ajudar. 

Ryusaki se preparou imaginando o que Ivy tinha dito para ele. 

Eu preciso juntar três elementos, talvez fogo, vento e terra ou talvez seja melhor juntar Luz, fogo e vento. Preciso imaginar o que vai gerar essa magia. Imaginar uma camada de vento e o fogo por cima dessa camada e depois adicionar a luz para aumentar a potência. 

Enquanto pensava em todos esses pontos que Ivy tinha dito, ele começou a aplicar a magia na espada. 

As magias começaram a aparecer na espada, mas quando ele cortou um dos soldados, nada aconteceu. 

— Mas o que houve. — murmurou Ryusaki para si. 

Enquanto Ryusaki tentava entender os motivos de não ter dado  certo a magia, Sankay pegou suas adagas e começou a imaginar o que Ivy tinha falado para ele. 

Se eu quiser fazer a junção de elementos, eu preciso pensar bem em como fazer isso. Talvez se eu pensar que cada elemento se comporta como um líquido de tinta que se mistura. Mas se for pensar em misturar algo, talvez faça mais sentido misturar elementos que podem ser líquidos ou tenham uma certa afinidade. 

Enquanto Sankay pensava utilizava as magias tentando juntar os elementos. 

Testou primeiro utilizar magias de aguas e vento, mas as adagas começaram a congelar partes do corpo do soldado. 

Mas não causava um dano real aos soldados eternos. 

Testou novamente com luz e sombras, mas não conseguiu manter as duas juntas. 

Foi nesse momento em que ele percebeu outra coisa. 

Talvez eu não precise juntar as magias sobrepondo uma à outra, mas juntar as energias elementais pensando em cada elemento. Algo como uma barreira sem camadas, mas com partes de elementos. 

Quando ele pensou nisso, ele começou a colocar energia mágica nas suas adagas e o brilho dela era diferente do que normal. 

Uma energia que era de algumas cores diferentes. 

Quando ele acertou a adaga no soldado, ela o cortou, mas não só cortou como antes. 

Quando a adaga passou pelo braço do soldado, o mesmo começou a sentir dores. 

Com o braço cortado, o soldado começou a ficar irritado e partiu para cima de Sankay, mas ele acertou sua adaga cortando o peito do soldado. 

A adaga tinha cortado superficialmente o peito do soldado, mas o soldado começou a gritar e caiu no chão. 

Imediatamente Sankay compreendeu que tinha conseguido fazer o que Ivy havia orientado para ele e seu irmão. 

O soldado parou de sofrer e não levantou mais. 

Assim que ele parou, sua pele e seu corpo começaram a se tornar cinzas. 

Lina e Kuros olharam para Sankay sem entender o que ele havia feito, mas se sentiram aliviados pelo que ele havia conseguido. 

— Como você fez isso?  — Perguntou Lina. 

— Precisa usar magias elementais em conjunto para causar danos a eles. Mas pelo que sei precisam de 3 elementos. — respondeu Sankay. 

Imediatamente ele foi na direção de seu irmão explicar a ele como fazer. 

Quando chegou onde Ryusaki estava, o viu conseguindo fazer o mesmo que ele. 

— Então você entendeu?  — Disse Sankay. 

— Aprendi vendo você fazer. — respondeu Ryusaki. 

Os dois se prepararam e começaram a atacar mais e mais soldados com a técnica que haviam conseguido entender. 

Lina, Kuros e Excia os acompanhavam ajudando a levar os soldados para a direção deles e eles conseguirem derrotá-los. 

Os monstros da masmorra batalhavam com os soldados, mas ambos pareciam imortais. 

Principalmente os zumbis e os mortos-vivos. 

Mas após algum tempo, todos chegaram próximo a Dadb e os generais e todos estavam se divertindo tentando derrotar aqueles soldados. 

Sankay foi correndo na direção de Dadb. 

Enquanto corria, ele atacava os soldados com golpes certeiros em suas gargantas ou em suas pernas. 

Quando chegou em Dadb ela estava se divertindo acertando golpes de machado nos soldados que sempre retornavam, mas após tanto tempo empunhando o machado ela estava ficando devagar.

Foi nesse momento que Sankay chegou e matou o soldado que ia atacar ela. 

Dadb olhou para Sankay e não disse nada. 

— Descobri como derrotar os soldados eternos. — disse Sankay ofegante após sua corrida. 

Dadb não disse nada para Sankay, mas se aproximou dele e deu um beijo nele. 

Os generais não disseram nada, mas ficaram observando. 

Em pouco tempo Ryusaki chegou. 

— Isso não é hora para estar beijando. Estamos no meio de uma batalha. — disse Ryusaki. 

Dadb e Sankay pararam de se beijar. 

— Como derrotar esses soldados?  — Perguntou Dadb. 

— Você precisa usar as energias de pelo menos três elementos e imbuir uma arma para causar algum dano nesses soldados eternos. — explicou Sankay. 

Ryusaki e Sankay continuaram tentando derrotar o máximo de soldados eternos que viam. 

Dadb tentava usar essa magia. 

Chedipé observava a forma como os dois irmãos usavam a magia e se aproximou de Dadb e disse — Grande Rei, acho que sei como fazer isso. 

Dadb se virou para Chedipé com os olhos esperando que ela começasse a explicar. 

Chedipé demonstrou o que ela pensou entoando um encantamento. 

— Utinam elementum meum energiae meae obice et omnia elementa affinitatem mihi coniunctam in continua catena magicae praesentent. — Chedipé finalizou o encantamento. 

Assim que o encantamento estava finalizado, uma energia magica que alternativa entre as cores vermelha, negra e marrom começou a circular na arma de Chedipé. 

Mas como sua arma não era uma espada mágica, a mesma quebrou imediatamente. 

Dadb que observava a explicação, começou a tentar fazer o mesmo e então repetiu o encantamento. 

Sua arma começou a brilhar com cores de vermelho e preto. 

— Acho que consegui, mas vamos testar. — disse Dadb com um sorriso no rosto. 

E foi imediatamente na direção de um soldado que estava focado em atacar um monstro da masmorra. 

Quando o machado de Dadb acertou o soldado, o mesmo começou a sentir dor. 

— Agora sim. — afirmou Dadb animada. 

Os outros generais começaram a tentar também, mas antes que todos finalizassem o encantamento Wervy os interrompeu. 

— Parem. Se não pegarem armas mágicas, não vão nem conseguir usar. — disse Wervy Kerraton. 

Imediatamente Sankay apareceu ao lado deles e disse — Eu tenho algumas em minha bolsa magica. 

Colocou a mão em sua bolsa e começou a tirar várias armas. 

Espadas, Lanças, Arcos, Flechas e Adagas. 

Os generais de Dadb pegaram as armas e Sankay saiu imediatamente seguindo na direção de onde Dadb estava. 

Após isso as forças do exército de Dadb começaram a conseguir avançar. 

Mas, ao mesmo tempo, eles perceberam que algo estava diferente. 

Não tinham mais seres humanos em meio ao exército de Raijin. 

Nenhum sem-nome. 

— Não sei o que estava havendo, mas Raijin conseguiu nos distrair com alguns sem nome. — disse Kuros. 

— Pelo que imagino, deve ter sido algo para causar somente o número. — disse Lina. 

Excia interrompeu a conversa dizendo — Para aqueles nobres, os sem nome e os mestiços são somente instrumentos, nada mais. 

Após a fala de Excia, tanto Kuros quanto Lina não conseguiram dizer mais nada, mas seguiram na direção dos seus companheiros. 

O caminho foi mais rápido e os soldados iam diminuindo ao longo do tempo. 

Quando se aproximaram  mais da costa, eles avistaram alguns navios atracados. 

— Devemos estar perto. — disse Excia. 

Os outros afirmaram, mas Excia escutou alguns gritos e barulhos de explosões e magias vindos de outra direção. 

— O que está havendo? — disse Excia em voz alta. 

— Você está escutando algo?  — Perguntou Kuros. 

— Sim, estou escutando barulhos de magias e explosões naquela direção. — disse Excia apontando para o oeste. 

Quando escutaram Excia falar isso, os generais ficaram mais atentos. 

Wervy sabia que estavam no lugar onde a batalha estava acontecendo antes de se juntarem a Dadb. 

Então ele usou a sua magia que era capaz de captar as assinaturas de magia ao redor. 

— Tem várias pessoas naquela direção e muitos soldados como esses. — disse Wervy. 

Ao escutar isso, Dadb disse — Vamos ao ataque.