Magic Genesis Brasileira

Autor(a): Rafaela R. Silva


Volume 2

Capítulo 31: A proposta

Dois enormes jatos de ar e poeira cortavam o chão. A pressão foi tão grande que os que assistiam precisaram se proteger dos detritos que o vento lançou sobre eles. Com uma força impressionante, Ector usou seu machado para repelir o ataque, lançando-o entre a maga e o druida, formando uma barreira de aço. Encravada no chão, a arma não se moveu nenhum milímetro após receber o golpe. Quem não presenciou a cena diria que aquele ele enorme machado sempre esteve ali. Lentamente, as ondas de poeira foram se dissipando, revelando o cenário a todos os presentes.

— Belo golpe! Mas a batalha acabou — disse Ector enquanto se aproximava a passos lentos, apoiado em sua bengala.

Lenna abria os olhos que, por instinto, havia fechado instantes antes. O brilho acinzentado já não se fazia mais presente. Suas pernas tremiam e ela engolia seco. Estava claro que o jovem druida estava sério em acertá-la.

— Tsc... — murmurou o soldado enquanto olhava para o chão, pendendo levemente a cabeça para o lado.

Lenna tentava entender o que havia acontecido e, ao seguir o olhar de seu oponente, percebeu o motivo da interrupção de Ector. Ela havia ultrapassado a linha quando tentava bloquear o golpe do druida. A pequena maga acabou cedendo ao tremor de suas pernas quando viu que havia perdido, indo ao chão sem dizer uma só palavra.

Ector olhou para ela com um semblante tranquilo. A todo momento ele esteve atento, observando cada movimento da maga. Avaliando e pontuando cada passo.

— Você tem talento, garota. Mas precisa se impor mais e controlar essa força. Você se deixa ser subjugada. Precisa mostrar mais daquela mulher que gritou na sala do Conselho Mundial, ignorando a presença do maior líder do reino. Isso, sim, foi uma atitude corajosa. Pare de se esconder — disse Ector, enquanto estendia sua mão para levantar a garota.

Lenna não respondeu de imediato. Ela sabia que ele estava certo. Não era a primeira vez que ela se deixava levar pelas emoções. Precisava ser mais estratégica e agir mais pela razão, se manter da mesma forma já não era mais uma opção.

— E você, garoto? Qual o seu nome? — Ector se dirigia ao soldado druida que permanecia parado, aguardando ordens.

— Galgard, senhor! — respondeu o homem, prontamente.

— Pois bem, Galgard. Achei interessante como você luta. Mas como você causou tudo isso sem uso de magia? — Ector estava curioso.

O rapaz, da mesma forma que os outros do grupo, também era especialista em combate corpo a corpo, mas apesar de não usar magia em seus golpes, ele conseguia causar tanto estrago quanto.

— Uso o que chamamos de a dádiva de Gaia. Nasci com a capacidade de absorver e canalizar a essência da magia da natureza e fundi-la à minha própria força. Não consigo manipular ou criar elementos, como nosso líder, mas, em contrapartida, meu corpo é muito mais resistente que o normal.

Lenna observava em silêncio, ainda absorvendo as palavras de Ector. Olhando para o semblante inabalável de Galgard, enquanto ele explicava como conseguia ter total controle na batalha. Chegava a ser irritante a forma que ele se comportava, sem sorrisos, nem explosões de raiva. Um soldado impecável.

— Você... consegue aumentar a força de seu ataque físico com magia? — disse Lenna, colocando finalmente os pensamentos no lugar.

— Não. É complicado explicar, mas não é magia como a sua. É como se a essência de Gaia fluísse pelos canais da terra e, de alguma forma, eu consigo absorver essa essência e usá-la ao meu favor. — Apesar de respondê-la, ele mantinha seu olhar fixo em Ector.

— Você pode me ensinar como fazer...

— Não! — respondeu Galgard secamente.

— Eu ficaria muito grat... Não? Mas eu nem havia terminado de falar. Por que não?

Galgard, agora a observava com desconfiança. Havia algo mais em seu olhar, um julgamento que era difícil ignorar.

— Sou obrigado a ensiná-la, senhor? — questionou Galgard a Ector.

O silêncio que se seguiu fez com que Lenna sentisse um calafrio percorrer sua espinha. E então, Ector finalmente respondeu, gesticulando em negativa com a cabeça.

— Só estou pedindo uma chance. Precisamos nos unir contra esses demônios, não é hora de ser mesquinho.

— Você acha que está em posição de pedir algo? — A voz de Galgard era firme e carregada de uma frieza cortante. — Não é assim que as coisas funcionam.

Lenna deu um passo atrás, confusa. Ela esperava resistência, mas não dessa magnitude.

— A existência de sua raça é uma afronta aos ensinamentos de Gaia. Jamais ajudaria, por livre e espontânea vontade, alguém cujos semelhantes dizimaram vários inocentes, incluindo meu povo.

— Você está falando da guerra, não é? — Ela respirou fundo, tentando se recompor.

Galgard a interrompeu de forma áspera, como se a tentativa de uma justificativa fosse irrelevante.

— Não me importa o que você não é. Me importa o que sua raça fez. Vocês causaram uma guerra que destruiu milhares de famílias. A vida é o nosso princípio. A inocência. Mas vocês arrancaram isso das pessoas. E para quê? Simples para ter poder, dominar e subjugar.

— Mas não foi nossa culpa... nem todos foram responsáveis. Eu não...

— Chega, garota. — Ector a interrompeu, antes que a maga falasse demais — Ele está no direito dele.

Após a ordem do guerreiro, Galgard se retirou, indo em direção à fila onde estavam aguardando os demais soldados.

— E se... e se eu te vencer em um teste de resistência?

Galgard parou por um instante.

— Ok. Agora você tem minha atenção. Como planeja fazer isso?

Lenna, que antes parecia desnorteada com o resultado do treino, agora se demonstrava firme. Sabia que enfrentar um teste físico seria algo imprudente, porém, ao ver sua reação, tinha que aproveitar a chance.

— Você quebrou com facilidade meu escudo da última vez. E se fizermos outro duelo de cinco minutos? Se eu conseguir resistir sem tomar nenhum ataque seu, você me ensina a como canalizar a energia.

— Tudo bem.

— Tudo bem? — Lenna não esperava que o druida concordasse tão rápido com o desafio.

— Porém, se você perder... — Galgard lançou um olhar fixo aos olhos de Lenna — Desistirá de participar dessa unidade e desertará desse reino.

— Calma aí, amigo! — Vladmyr tentou intervir.

— Ela fez a proposta, ela assume os riscos. — Galgard estava irredutível.

— Tudo bem. Eu aceito. — A voz de Lenna estava calma, mas a tensão em seu rosto transmitia o peso da proposta.

— Então, vamos ver do que você é capaz de fazer, garota. — disse Galgard. Sua voz soava como uma ameaça disfarçada de convite.

Tanto Vladmyr quanto Eduardh estavam apreensivos com a decisão da maga.

O cenário estava montado. Os dois estavam a poucos metros um do outro. Galgard tinha um olhar frio e penetrante, ele parecia saber cada passo que a pequena maga daria antes mesmo de começarem a lutar. Lenna se mantinha firme, tentando ignorar os olhares que eram lançados sobre ela.

— Cinco minutos. Comecem! — Ector deu a ordem.

Nesse momento, toda a atenção estava voltada para os dois. Lenna engolia seco, enquanto conjurava seu escudo. Ela se concentrava apenas em resistir e evitar, a qualquer custo, o ataque do druida. Num piscar de olhos, um enorme estrondo. O escudo de Lenna se desfazia em milhares de fragmentos. Galgard se moveu de forma tão rápida, que a pequena maga mal conseguiu acompanhar. Porém, dessa vez, sua barreira ergue-se quase que instintivamente. Com a seriedade com que o druida atacava, não parecia apenas querer vencer o desafio. Era fácil perceber suas intenções, ele não fazia questão de esconder.

Galgard franziu levemente o senho, como se estivesse surpreso em não atingir seu alvo em cheio. Um sorriso de canto de boca se formou em seu rosto, dando, logo em seguida, lugar a novamente uma expressão calculista.

“Interessante”, o druida parecia empolgado.

A terra ao redor parecia reagir a essa empolgação. Lenna sentia uma pequena vibração em seus pés. Era quase visível o fluxo de energia que envolvia o druida. Rapidamente ela refez seu escudo. Estavam muito próximos, e isso era uma clara desvantagem para ela. Porém, antes que pudesse bolar algum plano, Galgard a acertou em cheio. Toda a energia que, antes, ela vira levemente no ar, se concentrou rapidamente na mão direita do druida. Lenna voou por metros. O impacto só não causou mais dano, pois o escudo havia amortecido boa parte do dano.

A maga se recompunha rapidamente. Enquanto tirava as longas madeixas do rosto, se deparou com Galgard disparando em sua direção. O jovem parecia se mover como vento, uma delicadeza que sumia assim que seu punho se colidia com o escudo. Lenna se lembrou da luta com o Cérbero, a sensação esmagadora de que sua vida estava por um fio.

Lenna balbuciou algumas palavras e seu escudo brilhou de forma diferente. Dessa vez, após o ataque poderoso do druida, ele não se desfez, porém, o forte impacto foi absurdamente mais forte que o anterior, a lançando veementemente contra a parede. Dessa vez, Lenna não se levantou tão rápido. Sua feição transmitia a forte dor que sentiu no impacto. Talvez, se não tivesse reforçado seu escudo, não estaria de pé agora.

— Certeza que deseja continuar? — disse o druida, calmamente. Ele não parecia preocupado com o tempo.

— Você ainda... ainda não me acertou... — Lenna retrucou, um pouco ofegante.

A resposta petulante da maga engatilhou a reação do druida. Que, novamente, disparou em sua direção. Ele girou sob seus pés e desferiu um poderoso chute, na altura da cabeça da maga. Lenna, por sua vez, conjurou rapidamente seu escudo, o usando para desviar o golpe do soldado. Galgard não pareceu surpreso e continuou a onda de ataques. O soldado parecia não se cansar. Sua postura era excepcional, não era à toa que os demais o consideravam um exemplo a seguir.

Os olhos da maga, a cada golpe, cintilavam um brilho tímido acinzentado, quase um tom prata. Lenna se sentia na obrigação de vencer. Mais importante que vencer, era conseguir resistir. Um segundo de distração e o druida poderia derrubá-la com um único golpe.

O tempo passava lentamente, e ela não sabia mais quanto já havia se passado. Seu corpo estava exausto, dolorido e cheio de hematomas, mas ela se mantinha firme. Os ataques do druida estranhamente diminuíram de intensidade, aparentemente Galgard havia percebido que, de alguma forma, a garota havia aumentado sua magia e seus escudos estavam cada vez mais resistentes. Não adiantaria continuar da mesma forma.

— Tudo bem. Estão mais resistentes. Mas até quando consegue mantê-los?

Galgard iniciou uma série de ataques rápidos. Incrivelmente, a velocidade não diminuiu a potência de seus golpes. As pessoas se amontoavam ao redor para ver o desfecho da batalha. Cada onda de ataques do druida era como se enormes navalhas talhassem o chão de terra seca e batida. As marcas profundas na arena se faziam cada vez mais e mais presentes.

Lenna mal conseguia manter o foco. A pressão era imensa. Mas, apesar de tudo, ela estava conseguindo acompanhar o ritmo. Pela expressão de Ector, o tempo parecia finalmente estar chegando ao fim. Tudo indicava que a pequena maga atingiria seu objetivo.

— Chega de brincar! — disse o soldado druida. Sua voz, como sempre, era fria e seca.

O druida aparentava um ar mais sério e concentrado do que nunca. Lenna pode ver, dessa vez com clareza, uma espécie de energia envolvendo os punhos de seu adversário. E então, um enorme estalo ecoou pelo ar, seguido por um som estrondoso, como se o próprio espaço estivesse sendo rasgado. O escudo reforçado da maga, que, até o momento, estava contendo os violentos ataques de Galgard, se estilhaçava em milhares de pedaços.

O esforço de Lenna em conjurar uma nova proteção parecia em vão. Os ataques do druida geravam ondas de força incontroláveis, cada uma mais poderosa que a anterior. As ondas cortavam o ar, fazendo a terra tremer sob seus pés. Lenna tentava bloquear os impactos, mas o poder de Galgard era esmagador. Cada soco fazia o escudo brilhar, vibrando sob a pressão das ondas e, novamente, se partindo em vários estilhaços reluzentes.

“Se ele me acertar, mesmo que só de raspão...” Lenna sentia o peso da falha de sua defesa.

Diferente dos combates simulados com Cázhor, nesse ela sentia um risco real à sua vida. Lenna nunca teve de se preocupar com ameaças desse tipo, até mesmo porque sempre esteve sob os cuidados e proteção de seu superior. Até mesmo a interação com outras pessoas era limitada, talvez uma forma do mago a proteger, mas isso acabou trazendo um nível de pureza exagerado à garota, que agora precisava mais do que palavras e descontrole para se defender.

— Já está ficando perigoso demais! — disse Vladmyr, baixinho, ao seu superior.

— Isso é entre os dois, garoto. Não interfira — respondeu Ector. Ele sabia que, intervir agora, só a faria se sentir incapaz.

— Mas...

Vladmyr se interrompeu quando uma grande lufada de poeira cortou a arena. Galgard lançou um golpe tão poderoso que a terra abaixo dos pés de Lenna parecia sucumbir. Sua força não vacilava, era como se a energia de Gaia o fortalecesse constantemente. O soco do druida atingiu escudo com uma força esmagadora, fazendo-o brilhar intensamente antes de se partir em milhares de fragmentos. A pressão jogou a maga para longe, arremessando-a para trás com um grito de dor. O chão a recebeu com um estrondo, fazendo uma onda de choque percorrer seu corpo e sua visão ficar turva.

— O tempo está quase acabando, e eu não pretendo perder. Por que não desiste logo? — Galgard disse de forma ríspida e sem alterações no timbre da voz.

Lenna mal conseguia manter os olhos abertos, ela tentava respirar, mas o ar estava espesso, sem contar a dor que tomava conta de seu corpo. As lesões dos ataques anteriores a afetaram mais do que ela imaginara. O consumo excessivo de mana para se defender dos poderosos golpes do druida gerava uma grande fadiga, coisa que aparentemente não afetava Galgard.

— Você... você ainda não me a-acertou! — retrucou a pequena maga enquanto se levantava com o corpo cambaleante, refazendo, mais uma vez, seu escudo.

De fato, ela estava certa, o objetivo era não receber nenhum ataque dele, e até então, o escudo cumpria essa parte do desafio. A afirmativa de Lenna trouxe uma leve expressão de irritação no semblante de Galgard. O soldado girou rapidamente seu corpo para trás da maga, aplicando novamente um poderoso ataque. Lenna rapidamente criou um novo escudo, lançando sua mão em direção ao golpe. O escudo quebrou-se como nos outros golpes, evitando que ela recebesse diretamente o ataque, porém o impacto a lançou fortemente contra um punhado de armaduras que estavam acumuladas em caixotes de madeira escurecida.

— Ele vai matá-la! — Caras e bocas de admiração se misturavam nas faces dos soldados que assistiam.

“Só mais um pouquinho...” Lenna se recusava a desistir.

A dor agora parecia ser a única coisa real em sua existência. Ela ainda se mantinha focada, mal percebendo o sangue que encharcava seu traje após ser atingida por uma espada, após cair em cima das armaduras.

Os golpes de Galgard eram pesados e implacáveis. Ele não mostrava misericórdia. Seus golpes tinham uma precisão de dar inveja, e Lenna mal conseguia se manter em pé. O som da pressão do ar se chocando contra o escudo, vibrando a cada impacto, soava como um tambor ecoando em sua mente. No estado no qual a maga estava, era difícil acreditar que ela aguentaria qualquer segundo a mais, mas Lenna se recusava a aceitar essa realidade.

— Mas o quê...? — disse Vladmyr, espantando-se ao sentir apenas uma brisa atingi-lo e percebendo a ausência do elfo.

Galgard voltou a se concentrar, canalizando a energia da terra como fizera anteriormente. Uma onda imensa cercava seu ataque, uma pressão silenciosa e esmagadora avançava em direção à maga. Contudo, dessa vez, não havia nenhum escudo para impedi-lo.

Por essa, Ector não esperava. Apesar de ter dito ao seu pupilo para não interferir, ele precisava agir rapidamente, ou o druida realmente mataria a maga.

— Toque nela novamente, e eu arranco sua cabeça sem hesitar — rosnou Eduardh, se colocando entre a maga e Galgard antes que qualquer outro pudesse intervir.

O elfo apontava firmemente sua flecha para o centro da testa do druida. Sua marca, novamente, brilhava, agora, incontrolavelmente. Galgard parou, sentindo o peso da ameaça. Sua concentração não se desfez, mas a tensão aumentou. O olhar de Eduardh não vacilava, e a pressão que circulava a flecha arqueada era tão pesada quanto os golpes lançados pelo druida.

— Você venceu. Mas se insistir em continuar, eu mato você e quem mais tentar te ajudar — Eduardh estava implacável.

— Não preciso mais matá-la — disse Galgard, desfazendo sua postura de batalha.

A tensão ainda pairava no ar, o elfo parecia não ceder às palavras de Galgard. Ector percebendo que a situação estava prestes a explodir, usou a condição que os uniu ao seu favor.

— Todos aqui têm um papel a desempenhar — disse Ector, com firmeza. — Mas, se isso continuar, ninguém sairá ileso e o inimigo só se beneficiará com isso.

Eduardh, então, abaixou a flecha a contragosto.

— Eu... eu perdi. Eu tentei, mas de novo, não consegui. — Diferente das outras vezes, Lenna não estava inconsolável, apenas frustrada com sua falta de habilidade.

Uma poça de sangue se formava sob Lenna, escorrendo do ferimento profundo em sua barriga. Mas seu sangue não era o único que fluía. No ombro esquerdo de Eduardh, o selo pulsava dolorosamente, sugando sua mana constantemente. A magia agia como um anticoagulante, agravando a ferida do elfo e minando suas forças.

— Você não precisa provar mais nada a ninguém. Eu cuido de você. Vamos — disse Eduardh, convicto, enquanto pegava Lenna no colo.

— Calma aí, elfo. Pra onde você vai levá-la...? — Vladmyr tentava entender o que havia acontecido. Tudo ocorreu tão rápido que todos ainda juntavam os fatos.

Eduardh parou por um momento, seus olhos transbordavam uma fúria incontrolável ao encarar Vladmyr.

— Cale a boca, seu imbecil! Estou cansado de ver você cruzar os braços enquanto ela sofre! Já chega!

— Escute, eu... — Vladmyr começou, mas a fúria de Eduardh o silenciou imediatamente.

— Eu disse, cale a porra dessa boca! — disse Eduardh aos berros — Eu nunca vou te entender... Você já se importou com ela, alguma vez, de verdade?

A explosão do elfo surpreendeu até mesmo Ector, que arqueou as sobrancelhas em surpresa e depois ficou sem reação.

— Ela sempre dá o seu melhor, mas parece que nunca é o suficiente. — Eduardh olhava para Lenna, já desacordada em seus braços devido à perda de sangue. — Eu não vou deixar que mais nada a machuque.

Sem dizer mais nada, Eduardh fechou os olhos, sua mente focava em canalizar a mana que ainda lhe restava. A marca em sua mão brilhou intensamente, a luz se espalhava graciosamente, porém de forma irregular. O ar ao redor deles começou a tremer e, mesmo que o selo demoníaco sugasse fortemente a energia do elfo, sua mana não parava de fluir.

Antes que alguém pudesse reagir, um forte brilho ofuscou os olhares de todos. Quando a claridade diminuiu, Eduardh e Lenna haviam desaparecido, deixando apenas um leve resíduo de mana no ar.

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