Volume 6

Capítulo 285: Um curso intensivo sobre matar goblins

Voltamos ao pedregulho onde todos os outros homens-fera estavam escondidos. Lá, descobrimos que todos estavam olhando para nós com expressões atordoadas em seus rostos.

— Todo mundo, por aqui. —, disse Fran.

— Tá-tá legal.

O grupo seguiu Fran de modo obediente. Eles começaram a murmurar no momento em que viram os vários goblins espalhados pelo mato.

— In-incrível!

— Como esperado da Princesa do Raio Negro!

— Nossa! Gatos-Negros evoluídos são incríveis!

— Agora entendo por que há tanta expectativa em torno da evolução.

O guarda cão-vermelho se aproximou de Fran.

— Eu estava certo em não julgá-la como outra gata-negra qualquer. —, disse ele. — Você faz jus à sua reputação.

Ele manteve sua expressão calma e composta, mas seu rabo tremia feito louco e seus olhos queimavam de admiração. Ele estava tão empolgado e impressionado quanto os outros.

De repente, um grito rasgou o ambiente.

— Aaaaaa! Este ainda está vivo.

— O quê? Ah não! Este aqui também!

— Vamos todos morrer!!

Os gatos-negros ao redor enfim perceberam que alguns dos monstros ainda estavam respirando. Todos empalideceram ao pensar que estavam em pé ao redor de monstros que ainda estavam vivos.

— Deixei vivos para vocês. —, disse Fran. — Acabem com eles.

— Quê?

— Deixando vocês matarem. —, repetiu Fran.

— Quê!? Por quê?

Os gatos-negros responderam com choque. Muitos pareciam devastados. Era quase como se eles pensassem que Fran os traiu.

— Goblins, seres malignos. Matar para evoluir. E também ganhar confiança. —, disse Fran.

Nenhum dos gatos-negros respondeu. Todos continuaram olhando-a horrorizados.

Bem, eles provavelmente nunca usaram armas antes, então não deviam ter força mental para matar algo tão de repente. O máximo que eles fizeram foi caçar. Eles não tinham a mentalidade forte de guerreiro compartilhada por Fran e pela maioria dos outros homens-fera.

— Depressa. —, repreendeu Fran. — Paralisia se esgotando.

— Ó-ó Deus!

— Vocês três! — Ela apontou para três jovens gatos-negros na beira do grupo. — Façam isso.

Os três gatos-negros deram um pulo de surpresa, quase largando suas armas.

— Sem chances! Atacar monstros é assustador!

— Vou fazer isso na próxima. Eu prometo.

— Eu nunca segurei uma arma na minha vida! Por favor, me poupe disso!

— Não! — Fran deu um passo intimidador adiante. — Façam isso. Agora.

— Mas...

— Paralisia acabando.

— Qual-qualquer coisa menos isso!

— Agora!

— Sim-sim, senhora! — Um dos jovens avançou em direção aos goblins. Seu medo se dissipou sob o olhar intimidador de Fran.

— Vocês dois. Sigam ele. — disse Fran.

— Ó Deus, por que isso está acontecendo?

— Nós-nós não temos escolha senão fazer isso.

Goblins eram os subordinados do Deus Maligno. Na verdade, seria moralmente errado não matá-los. Eu tinha certeza que esses gatos-negros entendiam isso. Seu medo devia decorrer da ideia de levantar uma arma e infligir dano a outro ser vivo.

Os três gatos-negros se posicionaram ao redor de um único goblin caído. Cada um levantou sua arma acima da cabeça e se preparou para atacar. Seus rostos estavam cobertos de suor.

— Agora golpeiem!

Os três fecharam os olhos e abaixaram as espadas. Houve um barulho quando as espadas ricochetearam na armadura do goblin. O monstro soltou um guincho de dor. Ao ouvir isso, os três gritaram e voltaram para trás de Fran.

Que diabos! Esse ataque foi fraco demais! Esqueça cortar goblins. Puta merda, você não poderia nem cavar um buraco na terra com esse tipo de golpe. O medo deles estava mesmo atrapalhando suas habilidades.

— Nn. Coloquem os quadris no movimento. — disse Fran.

— Mas-mas…

— De novo. Use quadril. Assim. — ela disse, me balançando algumas vezes.

— Sim senhora...

— Ugh…

— Não posso fazer isto! Não posso mais aguentar isso.

— Você tem que fazer cara. Qual é! Não nos deixe esperando.

Sobrepujados pela aura vigorosa de Fran, os três mais uma vez ficaram na frente de um goblin, ergueram as espadas e as abaixaram. Desta vez, eles contaram com todo o corpo e também apontaram para a cabeça e outras partes expostas. Demorou trinta segundos, mas eles conseguiram matá-lo.

— Haa… hahh…

— Como foi?

— Nós… conseguimos…?

— Nn. Bom trabalho. Goblin morto. — disse Fran.

— Isso aíííííííí!

Os três levantaram as mãos e deram um grito de alegria! Eles se amontoaram e começaram a chorar, sua alegria exibida de forma evidente em seus rostos.

Fran se intrometeu antes que eles começassem a ficar fora de controle.

— Ruim. Ficando convencido. Três atacando, um goblin. Ainda precisaram de dez golpes. — ela apontou. — E goblin imobilizado. Precisa de um golpe para matar.

— Urk… si-sim, eu acho…

— É… ela está certa.

— Droga. Estávamos nos deixando levar...

— Mas nada mal pela primeira vez. —, disse Fran. — Se treinarem e escolherem habilidades, podem ser mais fortes que os goblins.

— Sim, senhora! — os três gritaram em uníssono.

Fran estava se tornando uma professora muito boa. Ela estava empregando o método da cenoura e a vara de maneira muito eficaz, fazendo com que os gatos-negros sentissem tanto medro quanto adoração.

— Próximos três. — disse Fran.

— Sim-sim senhora!

Os gatos-negros restantes se juntaram em grupos de três e exterminaram um goblin cada. A maioria dos grupos posteriores já havia concluído seus preparativos mentais quando foram chamados. Eles sabiam o que estava chegando; eles já haviam assistido seus companheiros realizarem o mesmo ato. Poucos resistiram tanto quanto o primeiro grupo. Os gatos-negros começaram a tagarelar de forma muito barulhenta no momento em que o último goblin caiu.

— A Princesa do Raio Negro disse que eu passei de nível!

— Eu também! Eu também!

— Ahh… isso não é justo! Ela deixou você bater na cabeça! Tudo o que fiz foi bater nos pés.

— Vou começar a treinar quando voltar para casa!

— Fique à vontade. Eu estou completamente acabado. Não aguento mais nada.

Fran reuniu os aldeões.

— Bom. Sem monstros por perto. Voltando para a vila. —, disse Fran.

— Tá, mas e os cadáveres?

— Vou guardá-los por enquanto.

Fran se aproximou e logo colocou os cadáveres no meu armazenamento dimensional antes de se virar e liderar o grupo de volta à aldeia.



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