Volume 7
Capítulo 376: Repreendidos por Mare
— O que Mare e os outros estavam fazendo?
Fran e a princesa sentaram-se no jogo de cadeiras e mesa que Kuina tinha arranjado de acordo com a etiqueta da empregada, enquanto bebiam chá e se reportavam sobre o que vinham fazendo desde que haviam se separado.
Na verdade, bifes foram servidos como lanches e chá foi o acompanhamento. Tomando chá em uma mão enquanto mastigava um bife grosso. Já era mais uma refeição em vez de hora do chá, não era? No entanto, era uma visão comum no País dos Homens-Fera. Kuina, que agia como a pessoa responsável, também não disse nada.
Para ser honesto, imaginei que não havia problema em compartilhar informações depois que entrássemos na capital real, mas... parecia que nenhuma das duas poderia esperar.
Explicamos como as habilidades se tornaram difíceis de usar e sobre minhas modificações.
— Então as habilidades alcançaram o nível avançado, mas o poder de luta diminuiu? Não é uma situação muito séria!?
— Nn, muito terrível.
— Mas não é totalmente inédito, é?
"É mesmo?"
— Sim.
De acordo com Kuina, este era um fenômeno que muitas vezes acontecia quando uma habilidade de aprimoramento sensorial ou físico atingia o mais alto nível e mudava para uma habilidade de nível avançado.
Parecia que as habilidades que usamos de forma intuitiva eram mais confusas quando elas se transformavam em sua versão mais aprimorada.
— Bem, mesmo assim, não posso te dar nenhum conselho, porque geralmente não é possível que mais de uma habilidade mude para um nível avançado ao mesmo tempo, como o que aconteceu com você.
"Entendo. Mas como se supera isso?"
— Treinando.
Foi uma resposta muito breve. Mas era a única maneira. E se houvesse uma maneira mais fácil de superar isso, Asura teria nos contado.
A próxima coisa que Mare ouvir depois de explicar sobre as habilidades foi a história de que meu corpo exterior era originalmente a espada divina Querubim. Segundo a Princesa, Kuina também estava muito surpresa.
— Nunca pensei que encontraria tantas espadas divinas em tão pouco tempo...
— Sim. Estou surpresa.
"Eu devolverei essas palavras para você. Só estou no nível de uma antiga espada divina ou uma espada semidivina, mas vocês têm uma real em mãos."
— Não, não, não, é uma espada semidivina e uma arma inteligente, além disso, parece ter mais alguns segredos, não? Isso não é muito melhor?
"A espada divina não é muito melhor?"
Mare e Kuina estavam me olhando com expressões perplexas por alguma razão, mas não havia o que fazer depois que Asura me mostrou a capacidade da Espada da Terra Gaia.
Não era totalmente, mas imaginei que não poderia dizer que era melhor que uma espada divina. Llinde ainda não mostrou seu verdadeiro poder, então a percepção de Mare sobre ele podia ser um pouco ingênua. Ou melhor, era assustador pensar em que tipo de monstro Llinde se transformaria quando recuperasse sua verdadeira forma. Afinal, eu era apenas uma espada semidivina.
— Quando murmurei algo assim, Mare olhou para mim de forma severa.
— Mestre, você não está se rebaixando demais? Não importa se você é uma espada divina ou não. Você salvou este país! Se orgulhe!
— Nn! Mestre é uma espada incrível!
"É-é mesmo?"
— Isso mesmo! Além disso, a espada é classificada pelo seu dono, se lembra? É um dos talentos de um aventureiro encontrar um equipamento excelente e ser capaz de usá-lo!
Então foi isso. A sorte fazia parte do talento, ou talvez fosse apenas porque a reputação do aventureiro se baseava na força do equipamento que estava usando.
— Mestre, se você continuar se rebaixando, vai minar as conquistas de Fran! Estufe seu peito... não, você não tem nenhum, mas deve se orgulhar de quem você é!
"Estou me rebaixando demais…? E Fran será…"
— Isso mesmo! Aliás, pense nisso! Você sozinho derrotou um enorme exército de feras demoníacas e seres malignos que poderiam destruir o país, derrotou os perversos que estavam puxando as cordas nos bastidores e conquistou o calabouço, o que resultou na salvação da nação.
Bem, se você olhasse de forma objetiva, era mesmo algo incrível. Se não soubesse, pensaria que ela estava falando sobre algum Herói.
"Entendo… eu sou... nós somos incríveis!"
— Isso mesmo! Incríveis!
Fran disse algo parecido ao citado por Marmanno, aparentemente, era algo que se aplicava a mim também. Ele disse a Fran para não ser humilde, mas eu também estava me rebaixando demais.
Podia entender o motivo. A espada divina. Com Gaia diante de mim, tomei a liberdade de me avaliar e pensei que não poderia vencer agora. E pensei que eu não era nada demais.
Jurei que um dia alcançaria a espada divina. Isso significava que admiti que não era bom o bastante agora, e que estava perdendo. Não era de se admirar que não poderia superar a espada divina, mas uma grande parte de mim estava sentindo-se frustrada e derrotada sem que me desse conta.
Parecia que meu complexo de inferioridade com a espada divina tinha me feito me depreciar mais do que o necessário.
Mas, como Mare disse, se não fosse bom o suficiente, isso significava que Fran estava usando uma espada ruim. Além disso, Fran e eu estávamos sempre lutando juntos. Se menosprezasse minhas realizações, isso significaria que desprezava até as realizações dela. Não podia deixar isso acontecer!
"Sinto muito. Estou bem agora."
— Um. Isso é bom.
Não queria ser vaidoso, mas ficaria mais orgulhoso de mim mesmo a partir de agora. Como era próprio à espada de Fran.
— Mas você disse que ele lhe mostrou Gaia? Asura mostrou a você o estado liberado?
— Nn, só um pouco.
E quando contei a ela a história da nossa batalha simulada, Mare sentiu muita inveja de nós. Pensando bem, foi um duelo contra um aventureiro rank S. Como poderia a maníaca por batalhas Mare não ter inveja?
— Eu-eu gostaria de poder ter enfrentado o Lorde Asura também!
Parecia que a toalha de mesa estava prestes a ser mastigada. Mas, ao que parecia, um tapinha na cabeça e Quina a trouxe de volta aos seus sentidos. Ela limpou a garganta com uma tosse e mudou de assunto.
— Mas quer saber, o equipamento parece muito bom. Você disse que teve seu equipamento original modificado por Alistair-dono, como está o desempenho?
Mare olhou para a nova armadura de Fran e apertou os olhos. Mesmo sendo viciada em combates como Fran, ela gostava de coisas fofas.
— Nn. Perfeito.
— Entendo. Fufu.
— Qual o problema?
— Não, não é nada.
Mare sorriu de repente. Qual é o problema? A fofura de Fran afetou você?
— Senhora, por que você não diz honestamente que está feliz por ter equipamentos combinando, já que ambos foram feitos por Alistair-sama?
— Uaa! Do que você está falando, Kuina!? Eu- eu não penso nesse tipo de coisa, de jeito nenhum!
— Sua expressão está ficando mais suave.
— Ca-calada!
Então, isso era o que parecia ser. Kuina continuou a ficar calma e expondo a garota.
— Mes-mesmo assim, do que estávamos falando?
— Nn.
Ela estava envergonhada. Foi Mare quem forçou a conversa de volta ao assunto.