Volume 8
Capítulo 394: Retorno a Ulmut
Depois de terminarmos nossos negócios em Barbola, nosso próximo destino antes da capital era Ulmut.
Em primeiro lugar, fomos para a Nação dos Homens-fera em nome do chefe da Guilda dos Aventureiros de lá, Dias.
Sendo mais específico, a missão de encontrar uma aventureira desaparecida do clã dos Gatos-Negros. Em outras palavras, a vovó Kiara.
Embora eu tenha assumido a posição de que a segurança de Fran era fundamental para mim, depois de um encontro pessoal com Kiara, e vendo sua morte com meus próprios olhos, seria impossível não relatar isso a Dias.
Como o Torneio Artes Marciais ainda não desapareceu da memória dos locais, Fran se encontrou nos holofotes. Enquanto andávamos pelas ruas da cidade, as pessoas constantemente olhavam para ela. Se tivéssemos parado, eles teriam nos cercado. Além disso, quase todos eram aventureiros.
Parecia que os aventureiros que haviam chegado à cidade para o Torneio De Artes Marciais ainda estavam lá.
— Por que você está olhando para aquela garota assim?
— Oh, você não sabe?
— O quê?
— Aquela é a Princesa do Raio Negro!
— Como? Ela? Parece uma garota-fera comum!
— É porque você é um iniciante...
Em vários pontos, as pessoas trocaram declarações semelhantes. Não havia nada a ser feito, um iniciante não poderia olhar para alguém e entender seu verdadeiro poder. Por muito tempo nada aconteceu conosco, e não muito longe da Guilda, enfim nos metemos em apuros.
— Ei, garota. Sua espada é boa demais para uma iniciante!
— Espere, vamos conversar!
Provavelmente, esses eram aventureiros que estavam no fundo do poço, apenas esperando por uma chance de enganar os recém-chegados que estavam indo para a guilda.
À primeira vista, eles pareciam bandidos. Para que servem esses coletes de pele, para proteção ou para se aquecer? Em especial aqueles três, um careca e dois com moicanos, pareciam particularmente pouco amigáveis.
Embora eles fossem fracos, insignificantes. Parecia que logo chegariam aos 40 anos, mas não aprenderam nada... pelo visto, não ousando enfrentar os perigos, os homens passavam os dias apostando e caçando animais fracos para de alguma forma viver mais. Em geral, pessoas com sede de aventura que não tinham força de vontade nem visão de futuro.
Eu não diria que isso era muito ruim. Muitas pessoas se tornavam aventureiras apenas para ter um sustento. Mas se você incomoda os outros com seu comportamento, então é outra história.
— Ei, venha aqui!
— Depressa, estou dizendo!
Quando os homens começaram a nos cercar com movimentos experientes, atraindo-nos para um beco próximo à guilda. Se em vez de nós fosse um recém-chegado comum, ele não teria sido capaz de ir contra a multidão de homens fortes, e teria obedecido.
— Ghe-he-he, em Ulmut, parece que tem um monte de fracotes.
— É. Ei, por que você está parada como um pilar?!
— Venha aqui rápido!
Quando Rumina, a Senhora do calabouço de Ulmut, que ajudou Fran a evoluir, usou seus poderes, o calabouço em si enfraqueceu. Por isso, o nível dos monstros que surgiam caiu, e com isso a extração de materiais a partir deles.
Como resultado, a renda da Guilda e dos aventureiros individuais caiu, por isso, para compensar as perdas, a Guilda começou a convidar recém-chegados para este lugar. E esses idiotas estavam esperando por eles aqui, como algum tipo de presa.
— Ei garota! Por que você está parada, nos d-... ghhh!
— Oh, você! Agora... ghaaa!
— Ei, vo-... bhaa!
Era bom que Fran estava de bom humor agora. Acontece que ela bateu em todos de uma vez. E tudo porque ela comeu bastante antes de vir para a cidade. Se estivesse de mau humor, talvez ela tivesse me usado.
Os homens já estavam caídos no chão, cuspindo sangue.
“Você parece ter exagerado um pouco.”, eu disse.
— Nn. Um pouco.
Fran planejava deixá-los ir com um ou dois ossos quebrados, mas parecia que ela acabou quebrando quatro ou cinco costelas de cada, danificando órgãos internos ao mesmo tempo. Ao que parecia, ela ficou um pouco nervosa e não controlou sua força.
Embora o primeiro recebeu um pouco mais de dano do que o terceiro. Talvez no terceiro o controle das habilidades foi um pouco melhor. Ela feriu o primeiro em 80% de sua vida e o terceiro em 70%.
Ela só planejava que eles desmaiassem e não recebessem tais ferimentos. Um completo fracasso de sua parte. Mas eu era um dos que amavam elogiar mais do que repreender.
“O terceiro sobreviveu a isso um pouco melhor do que os outros, não foi?”
— Nn. Ele provavelmente vai parar.
Em vez de apontar suas falhas, era melhor elogiá-la. E por que tantos idiotas ainda vinham até nós? Talvez se ela fizesse isso cem vezes mais, seria um bom treinamento de controle para Fran.
Bom, que seja. Aventureiros estão em todos os lugares. Provavelmente, os rumores estão se espalhados à custa do “tempo”.
Pelo visto, tendo ouvido o barulho do lado de fora, alguém deixou a Guilda.
— Ei, que barulho é esse?
— Erza?
— Hmm? Quem está aí... Fran! Há quanto tempo!
Um homem robusto saiu do prédio, que poderia ter sido chamado de machão se não fosse por seu penteado Afro vermelho permanente e a espessa camada de maquiagem. E as roupas apertadas também.
Era um aventureiro rank B, Bardu-... ou melhor, Erza.
Apesar de ser um machão com modos femininos, valia a pena contar com sua força. Considerando que aventureiros rank A e acima já eram considerados heróis sobre-humanos, Erza se elevava acima da maioria dos aventureiros.
Além disso, apesar de sua aparência, ela era bastante atenciosa, e ajudou Fran.
Não que isso expiasse sua aura transbimasoquista pervertida que se espalhava ao seu redor!
— Estou tão feliz que nos encontramos de novo!
— Nn. Dias aqui?
— Sim, lá dentro. Mas espere, aqueles caras no chão, eles te ofenderam de alguma forma?
— Nn.
— Bem, na verdade, eles não conseguem entender de forma alguma quem está diante deles... então a culpa é deles! Oh, tá legal. Eric, Kane.
— Sim!
— O quê?
— Vocês podem jogar esses caras na enfermaria com os outros? Eu preciso conversar com a Senhorita Fran.
— Entendido!
— Entendido!
Como sempre, os aventureiros desta cidade obedeciam a Erza sem questionar. No entanto, podia entender por que eles não queriam contradizê-la. Sob o olhar dos curiosos, por ordem de Erza, eles pegaram os idiotas e os levaram para algum lugar.
— Então, você tem algum assunto com o líder da Guilda?
— Nn.
— Ele, é claro, está no escritório, mas agora está conversando com o vovô Aurel. Você pode esperar um pouco? Pelo que ouvi, eles ainda não terminaram.
— Também preciso falar com Aurel.
— Hmm? É mesmo? Então posso perguntar a eles se a Fran pode entrar.
— Sim, por favor.
— Aha. Tudo para o bem da Fran!
Antes de sair, Erza não resistiu a dar uma piscada para Fran. Ooooh, eu não tinha suado tão frio por muito tempo! Eu estremeci um pouco.
— O que foi Mestre? — Fran perguntou.
“Fran, você não sentiu nada agora?”
— Agora?
“Deixa para lá. Não ligue para isso.”
Oh, é difícil para eu lidar com Erza.