Volume 8

Capítulo 443: O fim da batalha na praça

A batalha terminou devido ao ataque de Aiwass, e agora o alívio estava sendo transmitido por aqueles que estavam seguros. A paralisia foi removida há muito tempo, mas alguns deles já estavam feridos.

No entanto, apenas Aiwass correu para o resgate de Fran.

— Garotinha! Aquela foi uma magia impressionante!

Ele falou com Fran com um brilho nos olhos. Mas não havia nenhum indício de ciúme ou uma sensação de derrota em seus olhos. O que havia ali era intensa curiosidade e inquisição.

— Eu não esperava isso, você é extremamente boa em Magia do Trovão!

Nn.

— Nun-nunca seria capaz de controlar aquela coisa por conta própria... você contou com a ajuda de algum tipo de ferramenta mágica?

— Segredo.

— Vo-você não pode fazer uma exceção?

— Não.

Kuh. Então, qual é a sensação? Quanto de mágica é usada? Quão difícil é controlar? Por exemplo, quanto é consumido comparado a outras magias?

Fran se esquivou da enxurrada constante de perguntas de Aiwass, respondendo de forma preguiçosa. Não, Fran estava séria, mas ela só respondeu com “Muito” ou “Muito mesmo”.

Para o teórico Aiwass, ele não entendia nada disso. Por fim, o velhote desistiu.

— Mas ainda assim, o que isso significa? Isto é mesmo uma rank C? Os olhos da Guilda são cegos? Não, talvez seja porque ela é uma criança? A propósito? Com qual Guilda você afiliou-se?

— Afiliada?

— Você só está viajando por aí? Então, você conhece o nome de Klimt ou Amanda? Ou você tem ligação com Aressa?

— Conheço os dois, virei aventureira em Aressa.

— Entendi.

Aiwass parecia convencido.

— O que significa?

— Amanda e Klimt não concordam em enviar crianças para o campo de batalha. Eles são realmente poderosos neste país. Se o apoio deles for visível, poucas pessoas estarão dispostas a subir seu rank.

Imaginei que eles não estavam impedindo Fran de aumentar seu ranking. Mas, se uma criança estava registrada em Aressa e houvesse informações de que ela era próxima de Amanda, um Mestre da Guilda normal não pensaria em tirar vantagem dela.

— Se você subir acima do rank B, os nobres vão se tornar irritantes. Eu parei de ser um aventureiro por causa disso.

Ao ponto em que essa mesma imagem de insolência o irritava?

— Nobres, tão irritantes?

Hmm. A rede de inteligência deles é infalível. Seus mensageiros surgirão do nada quando souberem que você subiu para o ranking B. Alguns são baixos e outros são arrogantes, mas todos têm uma coisa em comum: eles querem que você esteja abaixo deles. Não importa quantas vezes você diga não, eles não vão desistir.

— Mesmo se disser não?

— Acho que eles têm ouvidos especiais que só conseguem ouvir o que é conveniente.

Era isso que eles diziam sobre não gostar de pessoas semelhantes a si mesmo? Estava começando a achar que eles eram como Aiwass, hein?

— Não importa em qual cidade eu fui, ou até mesmo fora do país. Há nobres por tarde à parte. Especialmente porque eu fiz um nome como um matador de dragões... quanto mais poderoso você for, maior será a probabilidade de ser recrutado.

— Não desejo servir a um nobre.

— Eles não vão se importar com o que você quer. Eles são nobres, não são? Eles nunca esperam ser rejeitados. Então, se você fizer isso, eles vão se ressentir. Hmmph, isso é ridículo.

Ele estava farto de ter que lidar com nobres todos os dias, então desistiu de ser um aventureiro. Havia uma maneira de ele se tornar um Mestre de Guilda como Gamud e Dias, mas ele recusou.

— Isso me deixaria sem tempos para meus experimentos.

Fora isso, parecia que a norma era se associar com nobres com moderação, receber apoio com moderação, e ser blindado por outros nobres, como Amanda e Forrund.

Mas não achava que Aiwass fosse capaz disso. E eu também não achava que Fran pudesse fazer o mesmo. Podia imaginar um futuro em que ela explodiria e se encrencaria. Talvez fosse normal deixar as coisas como estavam até que Fran crescesse um pouco mais.

De qualquer forma, Klimt era mesmo tão influente? Ele era forte, claro, mas não parecia ser um aventureiro rank A de elite. Como Mestre de Guilda, ele estava aprovado porque esteve trabalhando por muitos anos?

Quando Fran mencionou a questão, Aiwass riu entredentes.

— Engraçado. Como você pode olhar para um Usuário de Espíritos Superiores com mero status? É como ter dezenas de feras demoníacas ocultas e transparentes à sua disposição.

Eu realmente não sabia o que um espírito era. Eu só vi um usado por Klimt uma vez. Aiwass disse que, usando espíritos difíceis de detectar, era possível lutar de várias maneiras. Ele disse que Klimt era um Espiritualista particularmente habilidoso.

— Em primeiro lugar, você sabe qual é o apelido dele? É Calamidade, Klimt, a Calamidade. Uma força destrutiva que traz destruição e infelicidade para amigos e inimigos sem distinção. Kukukuh. Bem, esse apelido não é verdadeiro, mas...

Ainda assim, sua habilidade é excelente mesmo entre ranks A. Não, ele está aposentado agora e costumava ser rank A, certo? De qualquer forma, dependendo de como ele lutar, poderia ficar em pé de igualdade com um rank S.

Eu-eu não sabia que ele era um grande aventureiro. Talvez a Magia Espiritual fosse ainda mais forte do que eu imaginava. Quando pensei nisso, podíamos encontrar uma dungeon nas Planícies do Lobo Demônio, uma área mágica de rank A, e o Reino Raidos. Aressa estava cercada de problemas por todos os lados. Podia ser necessário que você tivesse que ser muito bom para ser o Mestre da Guilda de lá.

— Bem, eu realmente não me importo com essa história.

Com isso, Aiwass olhou para Fran.

Hmm? Você gostaria de ser dissecada por mim? Vou te dar um milhão de moedas de ouro. Posso garantir que você continuará viva!

— Não quero.

— Dois milhões! Que tal dois milhões? Só por um segundo, abrirei a sua cabeça e observarei a transmissão mágica no seu cérebro!

— Não posso.

— Por-por favor?

Nn.

Enquanto estávamos tendo essa conversa, o Conde Bailleys veio correndo até nós.

— Princesa do Raio Negro. Agora este local está seguro. Eu quero que você vá para a residência do Marquês Ashtonah com os aventureiros. Você poderia nos acompanhar por favor?

— Entendido.

— Estou indo também!

— Não, preciso que você se junte ao corpo de magos.

Aiwass gritou, mas o Conde Bailleys não concordou.

— Nós não temos magos suficientes. Precisarei de você para instruir os magos sobre como lidar com os espadachins, e então vamos nos dirigir à residência do Conde Holmes.

— Você tem um mago da corte, não tem?! Não, espere. Agora é hora para aquilo, huh?

— Isso mesmo. Ashtonah provavelmente estava esperado por um momento em que a força da tropa da capital real seria reduzida.

Parece que metade dos cavaleiros e magos foram despachados para uma terra mágica perto da capital real. A terra mágica em si não era tão perigosa, pois era considerada uma área de nível C.

No entanto, uma vez a cada quatro anos, ocorria um grande surto de feras demoníacas em forma de gafanhotos. A fim de exterminar os gafanhotos, a força da capital real seria reduzida pela metade.

O Marquês Ashtonah sabia disso, é claro, e devia ter estimado sua rebelião para coincidir com esse período.

— Como prêmio, tentarei retirar a recompensa por sua cabeça!

— Recompensa?

Umu. É duro ser um homem livre, não é? Tenho certeza de que há uma recompensa ou duas pela sua cabeça.

— Entendi.

Pensei nisso ao mesmo tempo que Fran.

— Engraçado. Eu realmente não me importo com isso, e não ligo se você não a retirar. Mas, bem... quando você acabar com isso, vai me enviar os materiais que confiscou. E vou ficar com uma amostra, tudo bem?

— ... vamos fazer tudo o que pudermos para acomodá-lo.

Kukuh. Então que seja, vou cuidar dos magos.

— Por favor, não faça nada precipitado.

— Eu sei.

— ... você não parece entender. É por isso que eu tive que te lembrar.

O Conde Bailleys suspirou um pouco enquanto olhava para a praça onde o resgate ainda continuava.

Parecia que Bailleys estava ciente do caráter de Aiwass. Ele provavelmente não queria usá-lo, mas não havia como evitar contar com uma pessoa tão talentosa nessa situação. No fim, a única coisa que ele podia fazer era usar uma isca para atraí-lo.

— Eu te imploro, por favor.

Kukuh. Eu sei, eu sei.

Você não vai cumprir isso, vai?



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