O Mestre da Masmorra Brasileira

Autor(a): Eduardo Goétia


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 12: Pós-luta

Acordei cedo no outro dia. Tomei um banho acompanhado do Lobo Branco e treinei um pouco o meu corpo e minha técnica de lança. Já conseguia ver alguns músculos se formando onde antes não havia nada.

O dia anterior tinha sido glorioso. O total de pontos recebidos pelo confronto era sensacional para o estágio em que estava.

Poderia facilmente aumentar meu poder em várias vezes, mas me contive. Apesar de tudo, em breve as goblins grávidas dariam à luz.

Isso por si só já aumentaria minhas forças. Com isso em mente, decidi não gastar pontos na compra de mais goblins.

Além do mais, após a luta de ontem, coisas novas ficaram disponíveis.

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[Goblin | Raridade: Comum | Pontos: 50]

[Coelho Chifrudo | Raridade: Comum  | Pontos: 50]

[Esqueleto | Raridade: Comum | Pontos: 50]

[Goblin Mágico | Raridade: Comum | Pontos 100]

[Lobo | Raridade: Comum  | Pontos: 150]

[Hobgoblin | Raridade: Incomum | Pontos: 500]

[Goblin Campeão | Raridade: Comum  | Pontos: 3000]

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Preciso organizar isso melhor. Acho que organizarei por raridade e preço, do menor para o maior.

Ordenei a morte do campeão, pois seria muito mais produtivo ter ele disponível como uma invocação. Além disso, aparentemente, havia um goblin mágico entre os mortos.

Diferente dos normais, goblins mágicos tinham talento para magia desde que nasciam. Característica essa que a maioria nunca viria a utilizar.

Sendo jogado à merce do mundo, poucos deles poderiam descobrir esse talento. E, além disso, eles eram fisicamente, um pouco apenas, mais fracos que os normais.

Suspirei e olhei para a próxima tela.

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Masmorra

Nome: Nenhum | Tipo: Torre

Raridade: Único | Grau: 1

Servos: 11

Andares: 2 | Andares Subsidiários: 0

Pontos: 11100

Requisito para próximo Grau: 1000 Pontos | Monstro Incomum | Monstro de Grau: 2

[Bônus]

Monstros Dominados e Domados tem um chance de receber a habilidade Mente Calma

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A quantidade de pontos quase duplicou de um dia para o outro, algo sensacional, diga-se de passagem. Um sentimento encantador brotou no meu peito.

Estou avançando pouco a pouco.

Um sorriso brotou no meu rosto e olhei para todos os bons espólios que recebi. Ver os espólios era uma das melhores, senão a melhor, coisa dessa minha classe.

Terminado de examinar isso, levantei do trono e chamei pelo lobo branco.

— Chame Gleen e diga que estou pronto para o julgamento.

Escutando minhas palavras, ele uivou baixo e saiu correndo. Voltei a sentar e aguardei. Logo, ele retornou, mas não sozinho.

Após o lobo passar, seguiram dez pequenos goblins e, atrás deles, Gleen. Eles estavam todos amarrados por cordas e me olhavam enquanto tremiam e empurravam uns aos outros.

Houve apenas um deles que entrou de cabeça baixa e seguiu com calma até mim. Parecia ter aceitado o seu destino.

Gleen tomou a dianteira e começou a me dar seu relatório.

— Mestre, assim como pediu, conclui a tarefa que me foi dada... — Ele continuou explicando todos os detalhes da batalha, como ele lidou com tudo e que não houve feridos do nosso lado. — Bem, isso é tudo, mestre Kayn. Aqui estão os prisioneiros.

Durante todo o processo, mantive um rosto inexpressivo e uma voz silenciosa. Queria incutir um tom sombrio; pura encenação. Era apenas para impor dominância.

— Obrigado, Gleen — agradeci, ele acenou com a cabeça e continuei: — Meu nome é Kayn, o mestre dessa masmorra. Vocês ousaram invadir meu território e, como previsto, foram completamente eliminados!

Com a palavra “eliminados” a maior parte ficou branca. As pernas tremiam e o desespero abatia as pequenas bestas burras.

— Mas! — Meu grito lhes chamou atenção, inclusive daquele que estava de cabeça baixa. — Dar-lhes-ei uma chance de se redimir. Eu darei a vocês uma chance de continuarem vivos. Tudo o que precisam fazer é me servir como seu único e verdadeiro mestre.

Os goblins pararam de tremer por um segundo. Eles se olharam por um tempo confusos. De repente, aquele que estava de cabeça baixa ficou de joelhos e estendeu os braços ao chão.

Em seguida, os demais fizeram a mesma coisa. Com um sorriso cínico, levantei do trono e proclamei ao grupo:

— Domar!

Um a um utilizei minha habilidade. Ao final, todos os dez sobreviventes passaram a ser meus servos. O lobo os guiou ao primeiro andar e continuamos apenas eu e Gleen.

Voltei a me sentar, soltei um longo suspiro e olhei para o Hobgoblin.

— Gleen, você agiu muito bem ontem.

— Não foi nada, mestre. Apenas servir o senhor já me agrada.

Ele era leal; leal até demais.

— Quero lhe recompensar pelo que você fez.

O hobgoblin abriu um enorme sorriso. Aparentemente ele ainda mantinha a ganância intuitiva da época que era um goblin.

— Agradeço, mestre.

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Pontos: 11100

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Eu tinha uma quantia boa de pontos, então comprei algumas coisas para ele. Comprei três poções de cura, uma túnica e um cajado mágico.

Eram todos itens comuns de grau 1, mas serviriam como uma recompensa boa por ora.

— Você tem talento mágico, então desejo que utilize essas coisas para se tornar mais forte e continuar me servindo.

— Sim, mestre Kayn! — Ajoelhou-se. Logo, pegou suas coisas e o despachei de volta aos seus afazeres. Ele parecia mais alegre que o normal.

Audiência terminada, voltei aos planos. A ameaça passou, então era de suma importância voltar a rondar os arredores, buscando por outras ameaças e mapeando a região.

Gleen também contou no relatório que a caverna onde vivia os goblins não era tão longe e ainda havia alguns vivendo lá.

O lobo logo retornou. O chamei e saímos até o primeiro andar. Gleen retornou ao trabalho de construir a pequena vila que faziam anteriormente no primeiro andar, agora com um pouco mais de mão de obra.

— Lobo, chame aquele goblin — ordenei.

O lobo obedeceu meu comando e chamou o primeiro invasor. Ele rapidamente se ajoelhou e baixou a cabeça, submisso.

— Quero que nos leve até a caverna onde moravam.

Ele respondeu com um aceno de cabeça e fez um gesto para segui-lo. Seguimos para fora da masmorra. Do lado de fora, ele nos guiou para o nordeste. Caminhamos por cerca de trinta minutos até uma caverna escondida.

— Eu vou na frente, lobo — Dei um olhar para o lobo. Enviei uma mensagem que significava que ele tinha que ficar de olho no goblin.

O goblin pareceu perceber isso, mas não fez nada. Apesar de ter aceitado rendição, eu ainda tinha que me precaver. Mantive minha lança de madeira na mão e entrei na caverna.

Estava escuro, o ar era denso e úmido. Pedras e passagens escuras poderiam esconder inimigos, então mantive a atenção no auge. Passei pela escuridão, andei com calma e de repente escutei um som.

Cortei com a lança na direção, mas o teto baixo da masmorra impediu o meu ataque e me deu um rebote para trás. Encarei a fonte do som e suspirei por não ter acertado.

Era um pequeno goblin bebê. Devia ser um recém-nascido. Após algumas horas, eles já eram capazes de andar por aí.

A criaturinha me olhou e eu também o olhei.

Bebezinho horroroso.

— Estamos chegando. Continuem.

O goblin invasor pegou o bebê, carregando-o, e continuamos andando. Finalmente chegamos ao fundo da caverna. Era um área aberta mais ao fundo.

Uma dúzia de goblins femininas estavam escondidas no fundo. Me olhavam com medo e olhos de ameaça. Vários bebês eram protegidos por elas.

— Existe mais algumas? — perguntei para o invasor. Ele acenou negativamente. — Onde ele guardava suas coisas?

Falava do Campeão. O goblin pensou por um momento e apontou para um buraco no fundo, onde a luz de fora não tocava.

Me aproximei e retirei um saco de pano que era maior do que eu. Só isso já era uma surpresa; pano. Dentro estava cheio de coisas inúteis.

Restos de armas quebradas, ossos e pedras brilhantes que não serviam para nada. Além do lixo, havia algumas coisas interessantes. Dois livros, algumas moedas de prata e bronze, um par de adagas de algum bom material e outras coisas menores.

Joguei o lixo fora e pus o restante nas costas.

— Traga os bebês e as goblins. Vamos levar todos para a masmorra.

Voltamos, todos, para a masmorra. Usei domar nas goblins e nos bebês. O número chegava a mais de 50, então fiquei exausto.

Gleen lidou com o restante enquanto eu voltava a sala do trono. Uma mensagem me deixou feliz.

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[Habilidade Domar subiu de Nível]

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A sensação de crescimento era sensacional.

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Masmorra

Nome: Nenhum | Tipo: Torre

Raridade: Único | Grau: 1

Servos: 74

Andares: 2 | Andares Subsidiários: 0

Pontos: 11350

Requisito para próximo Grau: 1000 Pontos | Monstro Incomum | Monstro de Grau: 2

[Bônus]

Monstros Dominados e Domados tem um chance de receber a habilidade Mente Calma

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Sentei no trono e olhei para minhas recompensas. Primeiramente, os dois livros. Um deles era um livro de contas, mercadorias e preços; o outro, um conto de fadas sobre um Herói que derrotou um Rei demônio.

Para minha surpresa, os dois eram extremamente interessantes.

Com o livro de contas, descobri como funcionavam a moeda desse mundo, qual era o preço de produtos, como funcionava o mercado e interações entre comerciantes.

O conto de fadas era ainda mais interessante. Era claramente feito para crianças, mas contava uma história que achei estranhamente familiar.

O herói era irrelevante, um arquétipo vazio, quase como se o autor tivesse se colocado no lugar do personagem, ridículo.

 O vilão também não era grande coisa. Mal por ser mal e sem personalidade alguma além da falta de empatia patológica.

Não havia perda, nem conflitos interessantes ou desenvolvimento de personagem. Era um conto infantilizado, de fato.

Porém o que me chamou a atenção era como o vilão surgiu. No livro era dito que ele surgiu em uma floresta do nada. Mas o detalhe era que ele comandava um exército de monstros e vivia em um castelo.

— Castelo era uma das opções de masmorra e exército de monstros...

Em Vangloria eu era o único mestre da masmorra. Não havia nenhum outro jogador ou monstro parecido com o que eu podia fazer. Contudo, neste mundo, as coisas pareciam ser diferentes.

— Então existem outros como eu?

Deixei o conto de lado e voltei ao livro de contas. Pelas anotações, conseguia saber mais e mais detalhes. Portanto, passei o restante do dia em minha investigação.

Descobri o nome de três cidades e provavelmente o que havia acontecido com o antigo dono desse livro.

 Aparentemente ele partiu de um condado chamado: Wave, entrou na floresta pelo baronato Ferros, tentando chegar ao condado Edyard.

No caminho, sofreu um ataque de monstros e pereceu. Havia manchas de sangue e um último pedido de entrega de vinhos raros.

— Isso explica os ossos e o lixo... — comentei

Pelo estado do livro, já havia se passado um tempo considerável. Aquele livro estava há muito tempo lá. Pela distância e modo como ele conservava os produtos, a viagem duraria ao menos 5 dias.

— De carroça deve ser umas duas vezes mais rápido... estimando o tamanho da floresta...

Estimei o tamanho da viagem e fiquei surpreso com vários fatores.

— Essa floresta deve ser realmente enorme.

Conclui meus estudos, treinei mais um pouco a lança e descansei. Sempre mantive os meus olhos no lobo. Ele era praticamente meu guarda costas.

— Acho que já está na hora... — Ainda tinha mana o bastante, então tomei uma decisão. — Chame Gleen e esses quatro aqui.

O lobo seguiu minhas ordens e, depois de alguns minutos, retornou. Com ele estavam Gleen, o goblin invasor, o goblin que lutou brutalmente com o coelho, aquele que foi ferido e o único esqueleto que invoquei.

Todos estava na minha frente.

Calmamente me levantei do trono. Eles se ajoelharam. Dei algumas voltas e proclamei:

— Vocês demostraram inteligência, força, resiliência e poder, mas, principalmente; lealdade. Acima de qualquer coisa, peço por lealdade — discursei com a pura verdade. — Por isso, mostrarei a vocês que a sua lealdade não será vazia.

Primeiro, o esqueleto. Ele era praticamente uma marionete controlada por Gleen. Como um simples esqueleto, ele estava limitado ao grau 1 pela eternidade. Mas ainda havia a opção de crescimento em caso de evolução.

Por ora, ele não tinha sentimentos, mas poderia vir a ter. Então decidi nomeá-lo, quase como no desejo de fazê-lo obter esses sentimentos.

— Aaron — nomeei.

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[Você nomeou um Monstro]

[O Esqueleto assumirá o nome de: Aaron]

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A energia saiu do meu corpo e penetrou no esqueleto. Ele não absorveu aos poucos como o goblin que sugava feito um buraco negro.

Foi instantâneo.

Outra diferença, foi como ele evoluía. Os ossos não mudaram. Uma energia começou a sair dos ossos e a se tornar um miasma negro com feixes roxos de luz.

Cobriu então o esqueleto da cabeça aos pés. Quando desceu, o esqueleto estava com uma armadura simples e uma lança, ambas feitas de osso.

Hm. Não é grande coisa, mas vai servir.

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[Esqueleto evoluiu para Soldado de Ossos]

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A diferença na aparência era muito pouca, mas ele estava claramente mais forte. Eu conseguia sentir isso.

O Esqueleto se movia com mais naturalidade e deixou de ser uma simples marionete. Os soldados de ossos podiam se tornar mais fortes e tinham boas habilidades, então foi algo bom ele se tornar um.

[Informações]

Nome: Aaron

Raça: Soldado de Ossos | Nível 1/10

Raridade: Incomum | Grau: 2

Emblema: Morto-vivo | Bestial

[Estatísticas]

Força: 10/41 | Velocidade 10/40 | Vigor 10/41

Destreza: 10/40 | Inteligência 5/40 | Mana 10/40

[Habilidades]

[Ativa]

Manipulação de Ossos | Miasma

[Passiva]

 Mente Calma | Ossos Aprimorados

[Especial]

Absorção de Osso

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Com a evolução, ele recebeu uma série de habilidades. Reconheci todas e olharia seus detalhes em outro momento, mas por agora precisava terminar o que comecei.

Sorri com satisfação e passei para o próximo.

O próximo foi o Goblin ferido, decidi dar-lhe um nome normal. Ele era super dedicado, mas não tinha um potencial tão grande.

—  Ian — nomeei.

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[Você nomeou um Monstro]

[O Goblin assumirá o nome de: Ian]

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Este absorveu um pouco de energia, mas não ocorreu nenhuma mudança perceptível. Porém, o sistema ainda notificou.

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[Goblin subiu de Grau para Goblin Elite Grau 2]

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Ele recebeu uma habilidade chamada Força Aprimorada e um leve aumento nas estatísticas, e mais nada demais.

O seguinte foi o Goblin brutamontes. Ele que havia destruído o coelho completamente e que usou o arco e flecha durante o combate contra os invasores.

— Kaio — nomeei.

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[Você nomeou um Monstro]

[O Goblin assumirá o nome de: Kaio]

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Para a minha surpresa, esse carinha devorou minha energia. Fiquei até um pouco tonto no processo.

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[Goblin subiu de Grau para Goblin Caçador Grau 2]

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— Oh! — exclamei surpreso por não conhecer essa evolução de Grau.

[Informações]

Nome: Kaio

Raça: Goblin Caçador | Nível 3/20

Raridade: Comum | Grau: 2

Emblema: Bestial

[Estatísticas]

Força 5/21 | Velocidade 4/20 | Vigor 5/20

Destreza 4/21 | Inteligência 3/20 | Mana 3/20

[Habilidades]

[Ativa]

Ataque Aprimorado

[Passiva]

Reprodução | Mente Calma | Sentidos Aprimorados | Força Aprimorada | Maestria com Arco

[Especial]

 Nenhuma

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Ele era, de longe, o mais talentoso goblin em combate. Apesar de não ser tão inteligente quanto o Gleen, tinha ótimas capacidades.

Os dois poderiam agir em conjunto no futuro...

Retirei esses pensamentos e olhei para o último; o invasor. Como forma de ganhar confiança dos novos goblins, decidi nomear esse pequeno.

Ele era habilidoso, inteligente e astuto. Também havia jurado lealdade à mim, então não me preocupava com retaliação.

— Orates — nomeei.

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[Você nomeou um Monstro]

[O Goblin assumirá o nome de: Orates]

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Foi como havia imaginado. Assim que o nomeei, cai, segurando-me no trono para não ir ao chão. Ele havia absorvido mais que os outros três juntos.

O corpo dele cresceu até ficar um pouco maior que eu e menor que Gleen. Ele se tornou mais humano, a pele ficou cinzenta e os cabelos cresceram na cor preta.

Os olhos enegreceram, mas as pupilas ficaram vermelhas.

[Goblin Mágico evoluiu para Ghoul]

Ele olhou para o novo corpo, erguendo os braços e ficando boquiaberto. Então, olhou para mim.

Mandei imediatamente um olhar para Gleen, foi por isso que o trouxe aqui, para caso algo desse errado.

 E, para quebrar minhas expectativas, o Ghoul apenas sorriu com os dentes afiados e sacudiu a cabeça em agradecimento.

— Consegue falar? — perguntei.

Ele pigarreou um pouco; tentou com força, mas nada. Nenhum um único som saiu.

Talvez seja mudo?

Havia essa opção.

[Informações]

Nome: Orates

Raça: Ghoul  | Nível 1/30

Raridade: Incomum | Grau: 3

Emblema: Bestial | Morto-Vivo

[Estatísticas]

Força 9/62 | Velocidade 8/60 | Vigor 10/60

Destreza 10/60 | Inteligência 7/60 | Mana 10/60

[Habilidades]

[Ativa]

 Ataque Aprimorado | Furtividade | Força Superior

[Passiva]

Maestria com Adaga | Força Aprimorada

Sentidos Aprimorados | Sangue Venenoso

Reprodução

[Especial]

Infecção

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Ghouls eram uma raça perigosa. Por conta do seu sangue venenoso, eles eram extremamente mortais. Também tinham talento para um tipo de magia especial de hipnose.

Eram assassinos letais e Orates tinha pré-disposição para o assassinato com sua habilidade de furtividade.

Além de tudo, também eram capazes de despertar uma força sobre-humana que poderia torná-los guerreiros incríveis.

Entretanto o que tornava-o tão perigoso era a habilidade Infecção que provinha do emblema Morto-Vivo.

A capacidade de tornar outros seres em Ghouls.

Podendo viver por quase o triplo do tempo de vida de um humano, eles mantinham sempre uma aparência jovem. Às vezes as diferenças entre as duas raças era imperceptível.

No caso de Orates, ele evoluiu de um goblin, então era um pouco mais aparente, mas, caso um humano se tornasse um ghoul, somente seus dentes e olhos teriam uma grande mudança.

A pele ficaria em um tom mais cinzento, mas isso poderia passar despercebido como uma palidez por conta de doença.

— Espero grandes coisas de vocês. Principalmente de você, Orates. Estão dispensados. Em breve, darei ordens — conclui a reunião.

A maioria foi embora; menos o lobo branco e Gleen.

— Não me esqueci de você. — Ele sacudiu o rabo.

Parei um pouco para pensar. Um nome que combinasse era necessário e não poderia tratar levianamente, assim como tratei os outros.

Bati a cabeça um pouco e decidi por um nome forte de um poderoso dragão a qual nunca consegui derrotar.

— Morbidus... — nomeei, mas nada aconteceu.

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[Lobo Branco recusou o nome]

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Isso era possível?

Me senti quase que ofendido. Mas pela expressão irritada do lobo, percebi que havia cometido um erro.

— Por quê? Não gostou?

— Mestre Kayn, se me permite falar — começou Gleen. — Acho que “ela” prefira um nome mais bonito.

Hm. — Parei por um momento para pensar. Os dois me encaravam e Gleen parecia suar frio. De repente, me toquei e lembrei da ênfase que ele deu ao “ela”.

Meus olhares entregaram tudo e a expressão de Gleen se aliviou. Rapidamente mudei para outro nome.

— Cristal — nomeei.

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[Você nomeou um Monstro]

[O Lobo Branco assumirá o nome de: Cristal]

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Neste momento, desmaiei de exaustão.



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