O Último Eldoriano Brasileira

Autor(a): Gustavo M. P.

Revisão: OUltimoEldorianoOficial


Volume 1

Capítulo 22: O Conselho Élfico


[Reino Élfico, 30 de junho de 812 da Era Mágica]

 

Todos estavam devidamente sentados em seus lugares, havia um total de cinco elfos em volta da mesa circular. Ao nosso redor estavam as pilastras brancas que seguravam a cúpula acima de nós. O enorme jardim florido ostentava uma enorme variedade de flores e plantas por todos os cantos. Eldrion estava sentado na ponta da mesa e sua filha permanecia ao seu lado. Também estavam presentes três novos rostos das quais era a primeira vez que estava vendo. O primeiro se tratava de um Elfo de cabelos negros, pele extremamente clara, vestia trajes elegantes nas cores roxa e branca, seus olhos eram extremamente marcantes e na cor púrpura, posicionado ao seu lado também havia um cajado ornamentado com cristais de ametista.

A segunda figura era uma Elfa, que seguia um padrão bem próximo do que já estava me acostumando, pele clara, cabelos longos, loiros e ondulados. Seus olhos eram acinzentados e suas vestes me lembravam muito a de uma combatente focada em furtividade. Suas botas de couro marrom eram bem longas, subindo até acima de seus joelhos, vestia shorts justo e relativamente curto na cor verde, mantendo uma adaga acoplada em cada uma das suas grossas pernas. Na sua cintura havia dois cintos que faziam um X e preso a eles em suas costas estava a bainha da adaga que ela alisava em suas mãos. Sobre seu busto havia uma blusa branca trançada em seu decote, cruzando seu peito havia o cinto que prendia a placa de metal e toda a ombreira que a protegia. Suas manoplas eram simples, tendo seu couro se estendendo até um pouco abaixo dos seus cotovelos. Por cima disso tudo ainda havia seu manto curto com entalhes em dourado, que continha um capuz ao qual a mesma não usava.

A terceira e última Elfa nova a ser apresentada diante a mim era um figura um tanto misteriosa, se eu fosse leigo no assunto facilmente a confundiria com algum tipo de deusa ou entidade maior. Sua beleza era incomparável e todas as suas características me diziam que era alguém extremamente calma, sábia e de grande importância para aquele Reino. Sua veste era um lindo e provocador vestido azul escuro com detalhes em dourados e brilhos brancos por todo o tecido. Havia duas fendas para suas pernas, além de plumagens costuradas nas barras de seu traje. Seu cabelo era tão loiro que parecia brilhar com os raios do sol, bem como seus olhos que pareciam ter a mesma exata cor. A pele era extremamente clara e trazia consigo algumas tatuagens tribais simples em volta de seus braços. Pulseiras, brincos, adornos e colares estavam espalhados por seu corpo, trazendo cores douradas e cristais azuis marinhos, sempre mantendo pingentes no formato de sol ou lua crescente. Em seus pés havia uma sandália azul escura com tiras que subiam trançando seu tornozelo até um pouco abaixo dos seus joelhos. O olhar calmo dela era bem reconfortante e acolhedor.

— Magnus! Ainda bem que você chegou, estávamos esperando você. — Aralyn gritou meu nome enquanto me aproximava. Ao olhar a minha volta, percebi que aquele local estava guardado por vários oficiais, cada um para uma coluna da estrutura, e assim que entrei no local, Miriel Eothiel se posicionou na última pilastra restante que ainda tinha um guarda. — Por favor, sente-se! Vou lhe servir um chá.

— Eu agradeço... — Após eu me sentar, Aralyn se aproximou de mim colocando a bebida para mim em uma xícara.

— Muito bem! Acho que podemos começar essa reunião! — Disse o elegante elfo ao se ajeitar em seu acento. — Acho que devemos nos apresentar devidamente antes de qualquer coisa. Você deve ser Magnus Wingsfield, o tal príncipe viajante...

— De fato, é um prazer conhecê-lo. Vim aqui com o intuito de alertar e ajudá-los a combater a praga Algardiana que vem se alastrando por todo o continente de Thâmitris. — Olhei firmemente em seus olhos púrpura, o que o fez arquear uma sobrancelha.

— Você parece uma pessoa... Calma e racional, senhor Magnus. Você é... Uma pessoa calma e racional? — Um sorriso de canto apareceu momentaneamente em seu rosto durante aquela pergunta.

— A situação em que eu me encontrar... Irá me dizer se eu precisarei ser naquele determinado momento. — O respondi a altura. Um breve silêncio pairou sobre aquela mesa, a Elfa das facas parou de girar e alisar a que estava em suas mãos, já Aralyn por sua vez parecia um pouco tensa.

— Hum... Gostei de você garoto, tem coragem. Meu nome é Orion Belmont. Sou o Líder da Ordem Arkaluz, a ordem dos magos arcanos élficos. Além disso, também sou um dos cinco Conselheiros do Reino Élfico. — Ele estendeu sua mão a mim, e então o cumprimentei em resposta.

— Eu me chamo Elysia Zephiros, sou a Líder da Ordem dos Assassinos, temos a função de espionar, adquirir informações e executar alvos que considerarmos riscos eminentes ao Reino e a Floresta Sagrada. — A Elfa das facas revelou sua identidade, guardando sua faca na bainha a suas costas em seguida. Sua voz era séria e madura, com a frieza e a força de alguém que já havia visto muita coisa em sua trajetória. — Prazer conhecê-lo, Magnus Wingsfield.

— Meu nome é Astrid Isildur, sou a Sacerdotisa Mestre do Templo da Ordem Sacro Mágica. Sou a responsável por manter o contato dos deuses com os mortais. — Assim como sua imagem, a voz daquela mulher era calma e aveludada. Tudo nela trazia um ar de sabedoria sem igual. — Estamos aqui reunidos nessa ocasião por conta de você... Por favor, nos diga o que veio anunciar.

— Muito bem... — Suspirei profundamente. — Há dois anos, meu lar foi invadido por monstros, soldados e demônios a comando de Joaquim D'Algardia e meu tio materno, Edward Aion. Mesmo com toda a força e bravura que os soldados de Eldoria tinham dentro de si, infelizmente não foi o suficiente para conter o exército Algardiano. Eles deixaram um rastro enorme de sangue e carnificina após o ataque desferido, e naquele dia eu perdi meu pai, meu irmão, minha mãe... Minha família. Uma criança inocente morreu em meus braços, meu pai foi decapitado diante dos meus olhos e fui o obrigado a me refugiar para o Norte de Thâmitris.

— Me deixe ver se entendi... Então tudo isso aconteceu muito antes de você estar aqui diante de nós, correto? — Belmont me questionou sobre a história que acabei de contar.

— Sim, de fato. Porém, Algardia não começou sua campanha militar por Eldoria. Desde que teve seu início, vem conquistando terras de forma covarde por onde seus soldados passam de forma brutal e avassaladora. — Todos ali na mesa entreolharam-se ao ouvir minhas palavras perturbadoras. — O que estou tentando dizer, é que Algardia está de olho naquela árvore colossal ali atrás, e não só nela, em seus segredos e quem reside acima dela também.

— A Ordem Sacro Mágica e os deuses que a compõe. — Eldrion completou meu raciocínio. — Depois que o Imperador Dragão desatou laços com a ordem, ninguém nunca mais teve qualquer notícia sobre ele ou sobre seus objetivos pessoais quanto ao continente de Thâmitris. Mas, uma coisa é certa, nenhum dos deuses o querem por perto, ainda mais uma criatura tão cruel, fria e vil quanto ele.

— Está me dizendo que houve algum tipo de conflito entre os deuses? — O questionei quanto a sua resposta curiosa.

— De fato... Caro Magnus, muito antes de todos nós, os deuses acabaram entrando em uma relação conflituosa e conturbadora por conta do Imperador Dragão. As histórias dizem que ele estava querendo dominação completa sobre os cargos e poderes que cada um deles tinha de forma individual. — Astrid calmamente começou a explicar um ponto crucial de toda essa história. — Após várias batalhas e tentativas sem resultados, os deuses decidiram dar um ultimato em seu agressor, e tendo isso em mente, optaram por se esconder em escolhidos para serem seus receptáculos por todo o continente. Em troca, eles abençoariam seus sucessores para que se tornassem os heróis que um dia iriam parar o Imperador Dragão Tiamat, que por sua vez se exilou após ver que não havia mais jeito de tomar pra si aquilo que almejava, e desde então nunca mais foi visto...

— Até o presente momento no caso... Há um traidor da Ordem Sacro Mágica trabalhando com Joaquim D'Algardia. Pelo menos é essa informação que tenho até agora... E se for mesmo Tiamat, ele deve estar buscando se vingar pelos seus fracassos do passado, caçando novamente os deuses já que se passou tempo suficiente para que os filhos desses receptáculos já tivessem nascido, além de sua ganância que ainda aparenta ser a mesma. — Todos se espantaram com aquela informação.

— Essas histórias já têm mais de trinta anos de existência... O que mais você sabe sobre esse caso Magnus? — Elysia se apoiou na mesa levantando-se de sua cadeira. — Mesmo com meus assassinos espalhados pelo continente de Thâmitris, não havia recebido qualquer informação sobre um ex-membro da Ordem Sacro Mágica entre os Algardianos.

— Eles silenciaram seus subordinados. A resposta é muito simples, se não estiverem mortos nesse exato momento... Então devem estar sendo mantidos reféns a fim de obter informações sobre as vulnerabilidades do Reino Élfico. — Olhei para ela seriamente que agora parecia estar realmente entendendo a gravidade da situação em que todos ali estavam. — Escutem... Algardia já dominou boa parte de todo o continente, está usando de métodos expansionistas radicais para forçar pessoas trabalharem para eles e os mantém em uma vida miserável. Sem falar na política genocida ao qual matam e executam todos aqueles que não concordam em seguir as ordens marciais do Imperador. Eles não têm pena e muito menos misericórdia de suas vítimas, pode ser homem, mulher, criança, Demi-Humanos... Elfos. Tudo o que importa para eles é o poder e o que podem ganhar com a conquista daquele território.

— Você tem alguma prova de que eles estão prontos para nos atacar? — Aralyn perguntou a mim com certo nervosismo em sua voz.

— Infelizmente... Sim. — Peguei as cartas que foram interceptadas pelo Sr.Draves do meu bolso, e então as joguei sobre a mesa. — Essas cartas foram interceptadas por um mestre em espionagem da Resistência Leonina, uma organização que está fazendo tudo ao seu alcance para parar os avanços de Algardia. Estão dando seu sangue e suor pelas vidas dos inocentes, e abrigando todos que procuram um lugar seguro para se esconder do exército vermelho. Eu os ajudei em suas campanhas, e vi o quanto eles podem ajudar o Reino Élfico e defender esse solo sagrado.

Eldrion pegou as cartas e começou a ler atentamente cada mínima frase que era dita em suas linhas. Sua expressão mudava drasticamente durante o movimentar de seus olhos diante a cada palavra lida, ele não parecia nada feliz. A mistura de sentimentos em seu rosto se tornava cada vez mais visível, até que ele baixou a carta fechando os olhos em um desapontamento completo. Entregando a carta a Astrid, ele olhou diretamente para mim, deixando apenas um grande silêncio tomar conta daquela mesa. Algum tempo depois, todos haviam lido as cartas, e pareciam incrédulos com as informações.

— Isso é um ultraje... Não podemos aceitar! — Gritou Elysia ao levantar-se na cadeira.

— Elysia se acalme, precisamos pensar de forma conivente com as situações ao nosso redor. Se agirmos de forma imprudente... — Eldrion tentou acalmá-la, mas foi interrompido pela mesma.

— Acalmar?! Conivente?! Enquanto estamos aqui conversando e discutindo as ações desse imperador sem escrúpulos, eles se preparam para destruir tudo aquilo que construímos e amamos! — Ela em uma atitude de pura raiva, cravou com força sua faca na mesa deixando bem claro seu estado de espírito. — Eu me recuso a ficar aqui, sentada, deixando tudo acontecer ao bel- prazer de um crápula assassino de inocentes como esse! Meus companheiros estão nas mãos desse monstro, como você espera que eu fique calma!? Confie de mais nas habilidades e competência dos meus subordinados ao ponto de não perceber a pior possibilidade possível!

Novamente o silêncio pairou sobre aquela mesa redonda, e eu só pude observá-los enquanto Elysia mostrava para mim que até mesmo o mais racional dos Elfos, poderia ter um momento emocionalmente complicado diante das adversidades.

— Com ou sem vocês, eu irei fazer minha parte e investigar tudo isso! Não vou ficar aqui perdendo tempo enquanto poderia estar agindo. — Deixando sua faca cravada em cima da mesa, Elysia saiu do local batendo o pé indo em direção ao castelo.

— Magnus, acredito que com todas as informações que nos trouxe, não há dúvidas de que sozinho o Reino Élfico não terá chances contra um exército de tamanha magnitude. O que você nos sugere? — Belmont foi extremamente direto ao ponto em sua forma de ver a situação.

— Como diria o líder dos Rebeldes de Coração Leonino... Eu estava esperando vocês me perguntarem isso. — Me levantei diante deles me apoiando sobre a mesa com as mãos. — Vou lhes dizer quais serão os próximos passos que iremos tomar.

[...]

 

Ao cair da tarde, a reunião foi finalizada com todos os pontos acordados, dessa forma todos se levantaram, se cumprimentaram e voltaram aos devidos afazeres. Enquanto caminhava em direção ao castelo, comecei a pensar que o planejamento que tínhamos em mãos era muito bom e funcional, mas não seria o suficiente, e por isso iríamos precisar de um pouco mais de ajuda, nós precisaríamos de auxílio divino. Havia chegado o momento de cumprir com o chamado de Halwking, mesmo que ninguém daquele Reino ainda tenha conhecimento de que eu era o escolhido abençoado pela deusa.

— Ei! Magnus! Espera! — Aralyn correu até mim, se juntando ao meu caminhar. — Você foi muito bem durante a reunião... Você realmente acredita que temos alguma chance?

— Quero crer que sim, mas para isso preciso de um exército bem treinado, uma logística militar organizada, e uma liderança confiável. — Parando de imediato, olhei para ela que estava muito interessada em minhas palavras. — Seu pai ainda está relutante quanto a envolver pessoas de fora nesse assunto, mesmo que tudo já esteja sendo preparado... Eu preciso que você converse com ele, e o convença do contrário.

— E-Eu? Eu não sou diplomata... Eu só tento guiá-lo... Meu pai é um homem velho com antigos hábitos, ele está tentando entender meus motivos e minha visão de mundo... Mas... — Ela baixou a cabeça como quem não tinha plena confiança em suas habilidades. — Eu não sei se consigo fazer isso...

— Aralyn, escute-me. — Peguei em seus ombros com firmeza, o que a fez corar ligeiramente ao me aproximar. — Você é a princesa desse reino, é o futuro que eles aguardam. Você nasceu com essa responsabilidade, quer queira você ou não! Eu também não pedi pra nascer um príncipe, e muito menos para ter tanta burocracia em minhas costas... Mas as pessoas confiam em mim pelo que jurei proteger e amar, e o mesmo serve para você aqui nesse reino. Se não quiser que seu Reino caia com todos aqueles que você ama. Então é melhor pensar em um jeito de convencer seu pai, porque isso vai salvar a vida de um líder de estado.

— Eu... Eu... Eu entendi, darei meu melhor. — Ela respondeu um tanto quanto espantada com minha atitude, mas então a soltei e voltei a caminhar em direção ao castelo. — Espera! Aonde você vai!?

— Eu tenho um escudeiro para treinar! — Sem olhar para trás, respondi deixando-a naquele enorme jardim.

Adentrando o castelo, comecei a caminhar em direção ao salão de treino local onde havia sido liberado para meu uso. Ao chegar lá, Yusuf estava observando o local ao seu redor, sua orelha mexeu mirando em minha direção e então logo ele percebeu minha presença. Peguei uma espada de madeira enquanto retirei minha própria espada da bainha.

— Eu cheguei um pouco mais cedo... O que viemos fazer aqui Lorde Magnus? — Eu apenas o observei de longe enquanto me aproximava sem dizer uma única palavra — Ah... Lorde... Magnus?

Assim que cheguei perto o suficiente, joguei a ele minha própria espada, deixando apenas a de madeira sobre minhas mãos. Ele a pegou com um pouco de dificuldade, me olhando assustado com a ocasião incomum.

— Senhor... Mas eu sou um arquei... — O interrompi de forma direta.

— Em guarda! — Me posicionei entrando uma base de combate, apoiando a lâmina de madeira sobre meu braço. — Hoje terá a oportunidade de aprender tudo que irei te ensinar.

— C-certo... — Ele então entrou em uma guarda toda torta e mal posicionada.

Nós nos encaramos por alguns segundos, até que finalmente investi contra ele em um primeiro ataque. Ele desviou facilmente ao utilizar o poder auditivo de percepção que tinha por suas orelhas, mas para o azar dele, não demorou muito para que o já estivesse no chão após uma rasteira.

— Você confia de mais em suas orelhas. — Coloquei a ponta de madeira sobre seu pescoço. — Melhore seu posicionamento, mantenha o foco em seus olhos.

Sua expressão demonstrou uma leve raiva por entre seus dentes cerrados e cenho franzido, assim ele levantou-se rapidamente entrando em guarda de novo. Sua impaciência o fez vacilar por mais uma vez ao me atacar sem pensar, não foi nada estratégico e inteligente, foi apenas selvagem e feral. Antes mesmo que sua espada pudesse entrar em meu campo de combate, eu aparei seu golpe fazendo com que a espada caísse ao chão e então o desarmasse tomando-a para mim.

— Você é impulsivo, e sente raiva... Muita raiva. — Joguei a espada para ele novamente. — Pode ser o melhor arqueiro do mundo, mas se não melhorar sua conduta, uma hora você irá errar um alvo, e esse alvo irá lhe custar uma vida inocente. Diga-me Yusuf... Do que é que você sente medo?

Sem dizer uma única palavra, ele ficou me encarando por alguns segundos até entrar em guarda novamente. Ele tinha força de vontade, mas sua técnica era péssima, precisaria de auxílio e orientação. Ele novamente veio em minha direção brandindo sua espada, mas sem pensar duas vezes eu avancei contra o ele travando sua espada acima de sua cabeça, acertando uma joelhada em seu estômago. Em seguida o virei dando-lhe um chute atrás do seu joelho, o fazendo cair ao chão para então desarmá-lo.

— Vai aprender a lutar e a cuidar de si mesmo comigo... Algardia não terá pena de você em campo de batalha, e eu preciso que você esteja preparado garoto. — Guardei a espada em minha bainha novamente. E assim que me virei para começar a ir embora, obtive uma grande surpresa.

— Eu tenho medo... De perder novamente aqueles que são iguais a mim. — Ele se levantou aos poucos novamente. — Tenho raiva de quem retirou tudo de mim! Mas admiro e tento proteger todos aqueles que decidiram confiar mim! Eu... Só não quero ter que ficar sozinho e desistir mais uma vez.

— Amanhã seu treinamento começa às 8 horas... Esteja aqui, vou lhe ensinar a proteger quem você ama. — Assenti com a cabeça para ele, e então segui meu caminho em direção aos meus aposentos.

 

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