Super Gene Chinesa

Tradução: Pumpkin

Revisão: Pumpkin


Volume 8

Capítulo 703: Batalha da Divindade

Fang Mingquan entrou na arena de batalha a partir do seu abrigo e encontrou seu assento. Ele olhou para o centro da arena, aguardando o início da Batalha da Divindade.

Embora Fang Mingquan estivesse em um abrigo real que abrigava meio milhão de pessoas, a arena em si tinha poucos lugares sendo usados.

Os humanos no Segundo Santuário de Deus não demonstravam muito entusiasmo pela Batalha da Divindade. O principal foco dos humanos, quando se tratava desse evento, estava nas batalhas sagradas travadas entre os próprios humanos em seus respectivos abrigos — era assim que decidiam quem era o mais forte. Mas, em relação à Batalha da Divindade propriamente dita, o interesse diminuía drasticamente.

Muitos humanos optavam por desistir logo após se qualificarem, já que as lutas que viriam adiante eram de vida ou morte. Se enfrentassem espíritos poderosos, estes geralmente eram impiedosos; e como os humanos só possuíam uma vida, não podiam desperdiçá-la em combates que provavelmente perderiam.

As mortes de lutadores humanos eram uma tragédia frequente na Batalha da Divindade, pois os espíritos não demonstravam misericórdia em sua brutalidade. Por isso, todo o evento não era algo amigável nem apropriado à participação humana. A audiência era baixa, em forte contraste com a sua popularidade no Primeiro Santuário de Deus.

Nem mesmo a mídia dava muita atenção à Batalha da Divindade. Afinal, nenhum humano tinha se tornado um Filho de Deus até então, de modo que não existia interesse em gastar tempo e recursos relatando vitórias de espíritos. Uma simples lista de nomes geralmente bastava.

Quem realmente assistia à Batalha da Divindade eram os altos escalões das grandes facções da Aliança. Eram pessoas com poder suficiente para conquistar abrigos espirituais, então observar os espíritos que participavam da Batalha da Divindade era uma forma de coletar informações úteis para enfrentá-los diretamente algum dia.

Fang Mingquan assistia à Batalha da Divindade com a esperança de que Dólar estivesse participando. Dólar estava no Segundo Santuário de Deus, e era provável que um lutador tão habilidoso quanto ele aceitasse o desafio.

Ainda assim, Fang não tinha muita esperança. Dólar estava nesse santuário fazia pouco tempo. Por mais forte que fosse, os espíritos provavelmente o subjugariam; como acontecia com qualquer humano que quisesse testar suas habilidades por lá.

— Fang Mingquan?

Enquanto esperava o início das lutas, Fang Mingquan ouviu alguém chamando seu nome por trás. Ao se virar, viu um rosto conhecido.

— Sr. Hua? — Fang Mingquan se aproximou rapidamente e apertou sua mão.

O nome completo do Sr. Hua era Hua Ping. Ele estava no Segundo Santuário de Deus fazia cem anos. Era um dos primeiros evoluídos. Atualmente, também trabalhava na mídia e era supervisor do Fang Mingquan.

— Você está interessado na Batalha da Divindade? — Hua Ping o olhou com uma leve surpresa. Fang Mingquan era o comentarista mais conhecido da Aliança.

O fato de que ninguém podia gravar vídeos ou tirar fotos da Batalha da Divindade era a fonte da surpresa de Hua. Se Fang desejasse fazer reportagens ou comentários, tudo teria que ser falado ou escrito. E esse tipo de conteúdo não era muito atrativo, considerando a quantidade de sofrimento e derrotas que compunham cada reportagem. Esse era outro motivo pelo qual o evento recebia tão pouca atenção da mídia.

— Estou sim. Por isso vim assistir. Hua, também veio para cobrir a Batalha da Divindade? — perguntou Fang Mingquan.

Hua sorriu e respondeu: — Uma vez a cada dez anos, eu cubro. Este será meu décimo terceiro artigo sobre a Batalha da Divindade. Pouca gente lê, então dificilmente alguém saberia disso.

— Por que ainda insiste nisso se é tão mal valorizado assim? — perguntou Fang Mingquan, visivelmente confuso.

Produzir um programa que ninguém assiste vai contra os princípios de quem trabalha com mídia.

Um supervisor experiente insistir em cobrir esse evento a cada década era, no mínimo, curioso.

— Devo admitir que audiência é importante. Mas como um homem da mídia, acredito em relatar aquilo que tem significado para o progresso da raça humana. É verdade que os humanos não se saem bem na Batalha da Divindade, mas ainda assim existem fagulhas de inspiração e admiração. Pessoas talentosas vêm até aqui a cada dez anos, em busca de honra e glória para a humanidade. Vencendo ou não, são heróis altruístas.

Hua Ping suspirou e continuou falando: — Mas temo que hoje a glória tenha se tornado mais importante do que tudo. Só vitória e sucesso definem o valor de alguém. Humanos que falham são desprezados, e isso é algo que ninguém consegue suportar. Registro essas batalhas para que os futuros competidores da Batalha da Divindade possam aprender alguma coisa.

Fang Mingquan o saudou com respeito. Um jornalista com tais valores e integridade era raro, e nem mesmo ele tinha certeza se conseguiria fazer o mesmo. Fang Mingquan era um homem comum, não muito sentimentalista, e nunca pensava nessas coisas. Ainda assim, isso não o impedia de admirar a nobreza de seu colega.

Os dois continuaram conversando enquanto esperavam a luta começar. A arena tinha capacidade para cem mil espectadores, mas apenas alguns milhares compareceram.

Outros abrigos humanos estavam na mesma situação. Tirando os lutadores, figuras importantes e oficiais das grandes organizações da Aliança, poucos humanos estavam dispostos a assistir uma luta que, provavelmente, terminaria em derrota para sua raça.

Os que vencessem teriam seu momento de destaque, mas o mesmo não se podia dizer daqueles que, mesmo se esforçando e lutando com afinco, não alcançavam o sucesso que tanto desejavam.

Os humanos adoravam heróis, mas frequentemente se esqueciam de que as vitórias deles vinham das derrotas sofridas no passado. Nas lendas dos heróis, as falhas não importavam. Eram detalhes pequenos e insignificantes no panorama geral.

A Batalha da Divindade estava prestes a começar. Aqueles que ficaram em primeiro lugar nos abrigos humanos e espirituais agora entravam na arena.

A arena era gigantesca, dividida em diversas menores, alinhadas lado a lado, o que permitia até mil combates simultâneos.

Humanos e espíritos eram separados, sem permissão para interagir. Isso servia para evitar conflitos fora das batalhas organizadas.

Como muitos humanos e espíritos participavam do evento, era difícil localizar alguém em específico. Fang Mingquan examinava atentamente a lista de participantes, esperando encontrar o nome de Dólar.

Hua Ping, ao seu lado, usava uma caneta para anotar os registros. Sua expressão estava seríssima.

— Ele realmente está aqui! — exclamou Fang Mingquan, ao encontrar o nome do Dólar na lista de combatentes.

Hua Ping franziu a testa, confuso, então se virou para Fang e perguntou: — Um amigo seu entrou na Batalha da Divindade?

— Sim! — Fang respondeu com entusiasmo.

Apesar de nunca ter encontrado Dólar, nem mesmo trocado uma palavra com ele, Fang Mingquan o considerava um bom amigo. Na verdade, seu melhor amigo.

Não sabia explicar esse sentimento de forma clara, mas era assim que se sentia.

— Qual é o número da arena do seu amigo? Vou verificar se ele enfrentará um espírito — disse Hua Ping.

Fang Mingquan passou o número rapidamente. Hua Ping era um especialista e conseguiria dizer, em poucos segundos, quem seria o oponente do Dólar.

— Dólar contra Ouro-Negro. Seu amigo não teve sorte pelo visto. Vai enfrentar um espírito logo na primeira luta. Ouro-Negro é um espírito real muito poderoso. Ele possui uma armadura quase impenetrável. Até mesmo armas de Linhagem Sagrada têm dificuldade em causar dano a ela — Hua Ping falou enquanto dava uma olhada.

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