Volume 8
Capítulo 722: Abrigo Azul
As pupilas do Han Sen se contraíram. No topo da montanha, ele avistou um abrigo azul misterioso. Sua presença ali lembrava a de um castelo suspenso nos céus.
Mas o abrigo azul parecia estar em ruínas. Muitas partes da construção tinham desabado. Até mesmo o portão da muralha tinha caído, soterrado por um monte de poeira. O local parecia ter sido abandonado há muito tempo.
— Abrigo? Como pode ter um abrigo aqui? Será que é um abrigo humano ou espiritual? — Han Sen observou o abrigo de longe, tentando captar o máximo de detalhes, mas não conseguiu ver muito. Embora mostrasse sinais da passagem do tempo, ainda parecia sólido; talvez até funcional.
— Parece que nenhum humano ou criatura vive ali. Caso contrário, por que estaria nesse estado? Mas então por que a centopeia de sangue tem tanto medo disso? Nem sequer se aproxima dos sopés montanha. Será que tem alguma criatura assustadora residindo no abrigo?
Enquanto ponderava as perguntas que se acumulavam em sua mente, Han Sen viu a centopeia de sangue se movendo de novo. Após o abrigo em ruínas se revelar por completo, a criatura parecia ter recuperado a coragem, visto que subiu a montanha furiosamente na direção dele.
Han Sen congelou por um instante, mas logo disparou em subida. A criatura provavelmente acreditava que o abrigo ainda estava inteiro, o que retardou seu avanço inicial.
Mas sabendo que o abrigo estava abandonado agora, a centopeia avançou sem hesitar.
Han Sen não tinha outra opção a não ser continuar subindo. Acelerou o passo, escalando em direção ao abrigo. Apesar da aparência decadente e do fato de parecer desabitado, se ainda houvesse um portal de teletransporte funcional lá dentro, poderia escapar de volta para a Aliança.
Mas antes de usar o portal de teletransporte, Han Sen pensou que seria melhor comer o ovo.
A centopeia de sangue se aproximava rapidamente enquanto ele chegava no abrigo azul. Percebeu que a estrutura era feita de um metal azul. Com uma construção tão resistente, Han Sen se perguntou que eventos teriam levado à sua destruição.
Uma muralha metálica de vinte metros de altura e alguns metros de largura se estendia por vários quilômetros. Ao longo de seu comprimento, havia rachaduras e trechos destruídos em muitos pontos.
Observando o abrigo coberto de poeira, Han Sen se perguntou quantos anos se passaram desde que alguém pisou ali pela última vez.
Ficou eufórico com a descoberta de um abrigo abandonado. Agora só precisava encontrar um portal de teletransporte e escapar. Não importava o quão poderosa a centopeia fosse, ela não conseguiria segui-lo por um portal de teletransporte.
Han Sen entrou correndo no abrigo, atravessando a poeira espessa acumulada no chão, tão densa que parecia neve.
A centopeia de sangue o seguiu até a entrada, hesitou por um instante, mas acabou entrando também.
O abrigo metálico azul possuía muitos prédios tombados, com várias estruturas reduzidas a uma ou duas paredes desmoronadas. Algumas estavam cortadas ao meio, e outras não tinham nem mesmo teto.
Han Sen continuava correndo, desviando entre os escombros dos antigos edifícios para escapar da centopeia perseguidora. Mas já estava ficando exausto. Então, invocou a Arcanja e entregou o ovo para ela, pedindo que voasse para o outro lado do abrigo.
A centopeia de sangue zumbiu para Han Sen, mas se virou e passou a perseguir a Arcanja.
Han Sen finalmente conseguiu um momento para respirar. Passou a explorar os arredores destruídos em busca de um portal de teletransporte funcional.
Revirou várias construções em ruínas, ainda impressionado com a destruição. O local todo estava um caos de estilhaços e metal distorcido espalhados por todos os cantos. Infelizmente, até o momento, não encontrou nenhum portal de teletransporte em bom estado.
Durante a busca, entrou numa praça onde havia uma torre de sino parcialmente desmoronada no centro. O sino era feito de cobre azul e emanava uma aura mística. Entalhes estranhos cobriam seu corpo metálico, muitos deles lembrando insetos.
Ao ver o sino azul, Han Sen se questionou: “Se esse lugar realmente estava abandonado, como houve seis badaladas?”
Olhou ao redor, observando a poeira espessa que cobria cada fissura do abrigo abandonado. Não havia pegadas nem sinais de presença recente. Até o sino azul estava coberto por poeira e fuligem. Han Sen acreditava que fazia anos desde a última vez que alguém badalou o sino.
— O sino que badalou não pode ter sido este — murmurou, antes de abrir as asas e voar até o topo da torre para examinar de perto.
Foi então que teve uma surpresa. Dentro da torre havia um corpo com aparência humana, vestindo roupas esfarrapadas. O tempo tinha reduzido aquilo a pouco mais que um esqueleto coberto de pó.
Han Sen invocou uma lança e cutucou as roupas do falecido. Bastou um leve toque para que os trapos e ossos se desfizessem em cinzas.
— Era um abrigo humano que foi atacado por alguma criatura terrível? — Han Sen desceu da torre e passou a caminhar pelo abrigo com mais cautela.
Invocou sua Super Armadura, caso algo ruim acontecesse. Como não existiam outros humanos por perto, não seria visto nem reconhecido por ninguém.
Prédios metálicos desmoronados estavam por toda parte, e ele não encontrou nenhuma construção intacta. A maioria das casas não possuía portal de teletransporte, e os que encontrou estavam quebrados, inutilizados.
Mais adiante, Han Sen descobriu outros esqueletos, semelhantes ao primeiro. Por algum motivo, todos se desfaziam completamente ao menor toque.
Já explorou metade do abrigo e ainda não encontrou um único portal de teletransporte funcional. A Arcanja continuava do outro lado, mantendo a centopeia ocupada. Não queria ter que voltar por aquele caminho.
— Estranho. Tirando o sino de cobre azul, não tem nenhuma outra torre de sino por aqui. Nem mesmo outro sino. De onde vieram aquelas badaladas?
Enquanto se perdia nesses pensamentos, Han Sen ouviu novamente as badaladas misteriosas; desta vez com a força de um trovão. O impacto foi tão intenso que ele quase caiu.
Rapidamente, ativou o Sutra Dongxuan para conter a energia no corpo. Ao levantar a cabeça, viu que o sino da torre estava se movendo sozinho. Nenhum vento soprava, mas ele badalava mesmo assim.
— Por que isso está acontecendo? Por que o sino está tocando sozinho?
Han Sen se esforçou para conter a energia em seu interior, enquanto mantinha os olhos fixos no sino.
A Arcanja e a centopeia de sangue também tinham parado de lutar, como se ambas tivessem sido afetadas pelas badaladas.
Dong!
O sino azul soou novamente, com uma intensidade ainda mais assustadora. O som explodiu nos ouvidos do Han Sen como se uma bomba tivesse detonado bem ao seu lado.
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