Volume 8
Capítulo 768: Porta Metálica Misteriosa
Banhado pela luz sagrada e brilhante, o exército de criaturas decidiu interromper seu avanço. Elas apenas ficaram ali paradas, observando o rinoceronte se erguer novamente como o sol nascente.
Embora a luz fosse intensa, não machucava os olhos ao encará-la. Pelo contrário, era quente e acolhedora. Enquanto Han Sen observava as chamas, os ossos se desfaziam como pétalas de flores ao vento.
Conforme os ossos eram desintegrados, a criatura diminuía de tamanho e a luz se intensificava. Os ossos que restavam brilharam como jade.
O rinoceronte, que antes era tão grande quanto uma montanha, foi reduzido à medida que seus ossos se transformavam em pó. Não demorou para que seu tamanho se igualasse ao de um rinoceronte comum da Terra. Seus ossos foram refinados em cristais transparentes, pelos quais fluía uma luz sagrada.
Dentro dessa luz sagrada, Han Sen presenciou algo absolutamente inacreditável. Os ossos estavam gerando carne nova. Pele e músculos retornaram, como se o rinoceronte estivesse renascendo.
— Rooooooar! — O rugido soou com vigor renovado, sem nenhum vestígio de raiva ou sofrimento. Era como um grito de alívio, ou como o piar de um filhote rompendo a casca do ovo para nascer de verdade.
Incontáveis criaturas o observavam, inclusive a fênix de chamas negras e o qilin verde, que o encaravam em reverência.
Com a luz sagrada fluindo como água, o corpo do rinoceronte se recompôs em grande velocidade. Não demorou muito para que seu corpo fosse completamente restaurado, com a carne totalmente regenerada. A única diferença em relação à sua aparência anterior era o tamanho reduzido, e, ainda assim, sua presença sagrada e aura estavam mais fortes do que nunca.
Flocos de neve começaram a cair do céu, mas Han Sen percebeu que estava enganado ao olhar melhor. Não era neve, e sim os dentes-de-leão luminosos que retornaram, criando a imagem de uma nevasca pairando sobre o deserto.
Os dentes-de-leão luminosos pousaram sobre as criaturas e se fundiram à pele delas, infundindo-as com uma aura sagrada também.
Han Sen viu os dentes-de-leão luminosos pousarem sobre si. E à medida que penetravam seu corpo, ele se sentia mais puro do que jamais sentiu antes. Ele segurou um deles nas mãos, que se fundiu suavemente aos seus dedos.
Uma energia purificadora percorreu seu corpo, como se o lavasse por dentro. A impureza no interior se dissipou e seu corpo se sentiu maravilhoso e em paz.
— Esses dentes-de-leão luminosos parecem mais eficazes do que antes. A que nível esse rinoceronte evoluiu? — Han Sen olhou para ele com surpresa e admiração.
O rinoceronte sagrado bradou novamente para o céu, e a luz sagrada dentro dele entrou em erupção como um vulcão. Um feixe de luz sagrada disparou para o alto, como uma coluna que buscava os céus.
Boom!
A luz sagrada atingiu o zênite do mundo, e foi então que uma porta metálica e misteriosa apareceu. Símbolos e inscrições estranhos surgiram sobre ela, adornada com engrenagens e rodas dentadas. Lentamente, a porta começou a se abrir.
Ela abiu apenas um pouco, mas uma sensação horrível se espalhou. Era uma força malévola, que dava a impressão de que o céu cairia para esmagar o mundo abaixo. Todas as criaturas foram jogadas ao chão, inclusive a fênix de chamas negras e o qilin verde.
Han Sen e a fada pequena também sofreram, sentindo-se como se estivessem sendo esmagados pela própria atmosfera.
Somente o rinoceronte sagrado permaneceu firme, parado em desafio enquanto sua luz sagrada brilhava como um farol. Com olhos serenos e graciosos, ele olhava para a porta no alto.
— Caralho! O que está acontecendo? O que é essa porta metálica?! — Han Sen ficou paralisado ao observar. Tudo o que tinha acontecido até então ia contra todas as suas expectativas.
Ele jamais ouviu falar de nada remotamente parecido com isso. A porta metálica não foi nem mesmo aberta completamente. Estava apenas entreaberta, e ainda assim a presença que emanava era absurdamente intimidante. Era quase como uma agressão. Han Sen sentiu como se uma força viva existisse atrás da porta; uma mais tentadora do que o fruto do cacto.
— Para onde essa porta leva? — Han Sen ainda estava preso ao chão, mas conseguiu manter os olhos fixos na porta.
À medida que ela se abria lentamente, o que havia por trás era um borrão. Por mais que tentasse, sua visão não conseguia penetrar o véu para enxergar o que havia além. Uma presença aterrorizante escapava de lá, e vida fluía do interior para a atmosfera ao redor.
No meio deste Deserto Negro severo e árido, algo estava despertando. A vida surgiu em abundância, e o lugar parecia renascer às pressas. Logo, grama e flores cobriram todo o chão. O local foi transformado, e sua beleza era tamanha que evocava a sensação de estar passeando pelo Jardim do Éden.
Era difícil imaginar que antes existia um deserto árido onde Han Sen estava.
A fadinha tremeu em uma mistura de medo e entusiasmo, enquanto observava a porta e o rinoceronte.
A fênix de chamas negras e o qilin verde estavam na mesma situação. Olhavam com inveja para o rinoceronte, desejando estar no seu lugar.
A porta metálica finalmente foi aberta por completo. Han Sen se esforçou para ver o que havia ali, mas não conseguia distinguir nada com clareza.
Ele podia ver algo vagamente, mas nada em detalhes nítidos. Achava ter visto um corpo humano emergir do borrão atrás da moldura da porta.
— Tem humanos ali dentro? — Han Sen ficou pasmo, sem esperar ver um humano sair de uma porta metálica tão misteriosa.
Mas Han Sen não podia ter certeza de que o que saiu era realmente um humano. Os detalhes eram escassos, e apenas a forma humanoide era visível.
A sombra da figura se aproximou cada vez mais, e parecia mesmo ter o formato de um humano. Mas a energia que emanava era aterradora e opressiva, fazendo Han Sen sentir que deveria se prostrar perante ela. Ao olhar com seus olhos humanos insignificantes, Han Sen teve a sensação de estar cometendo uma blasfêmia, como se não fosse digno dessa visão.
Muitas criaturas, como a fênix de chamas negras, o qilin verde e a fada, estavam prostradas no chão. Tremiam, sem ousar lançar sequer um olhar.
Boom!
A sombra emergiu do vazio, com um pé para fora da porta. Han Sen se forçou a olhar melhor, então viu uma perna revestida de metal negro. Parecia assustadoramente poderosa, dando a impressão de que racharia o mundo se tocasse o chão.
Rapidamente, o corpo todo saiu pela porta e Han Sen conseguiu ver claramente. Era um homem vestido com uma armadura negra. Parecia frio, mas belo. Continha um ar sagrado. Tudo o que seus olhos viam não tinha importância para ele.
Seu corpo exalava uma aura terrível, que fazia todos os que o olhavam quererem se esconder em temor. Até mesmo o rinoceronte, que permaneceu firme o tempo todo, abaixou a cabeça com a sua chegada.
Han Sen ficou chocado com o que viu, pois soube que essa pessoa não podia ser um humano de verdade. Han Sen viu asas negras nas suas costas, e elas não eram uma Alma de Besta. Pareciam fazer parte do seu próprio corpo.
— É um espírito? — Han Sen ficou maravilhado com toda essa reviravolta, mas ainda precisava questionar como um espírito podia ser tão poderoso. Comparado a isso, o Filho de Deus do Elemento Luz tinha a presença de um inseto.
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