Volume 8
Capítulo 769: Você É Meu
— Você me seguirá pelo caminho da evolução? — o homem disse com um tom frio, olhando para o rinoceronte.
— Roof! — o rinoceronte respondeu ao homem, então começou a voar em direção à porta metálica. Flutuando ao lado do homem, virou-se para olhar o deserto, como se fosse sentir falta deste lugar.
O homem sorriu e então levou o rinoceronte embora. Olhou ao redor casualmente e pareceu surpreso. Quando estava prestes a conduzir o rinoceronte pela porta, escaneou as criaturas no chão.
Han Sen sentiu subitamente que os olhos do homem estavam voltados para ele, e não havia como estar enganado quanto a isso.
“Ah, não! Por que fui olhar para ele? Esse homem leva quem quiser com ele. Até as Super Criaturas não ousam encará-lo. Parece que tudo o que faço é procurar encrenca!” Han Sen quis se dar um tapa.
Antes, tudo parecia estar correndo bem para ele. Mas Han Sen percebeu a tolice de ter olhado na direção do homem, de modo que agora foi notado pelo homem misterioso.
Han Sen ficou extremamente nervoso. Se pudesse correr, teria feito isso num piscar de olhos. Mas ele não era o único ainda preso ao chão; a fada, a fênix de chamas negras e o qilin verde também estavam. Sua chance de fuga era menor do que nunca.
Depois de ver onde Han Sen estava, o homem o observou com interesse, então apontou para ele com o dedo.
Um feixe de laser negro caiu sobre a cabeça do Han Sen.
“Ah, não! É o fim? Vou morrer?” Han Sen usou toda a força para tentar desviar, mas não conseguiu se mover nem um centímetro por mais que tentasse.
Boom!
O feixe de luz atingiu a cabeça dele, e seu coração congelou por um segundo.
“É o carma. Passei a vida batendo na cabeça dos outros. Agora chegou minha vez de ser atingido. Talvez eu mereça isso. Mas se eu perder a cabeça, será que alguém vai me reconhecer quando encontrarem meu corpo? Supondo que meu corpo continue inteiro, com todas essas criaturas por perto, logo vou virar comida. Duvido que sobre até os ossos. Nem posso me despedir da minha família?” Han Sen sentiu uma tristeza profunda no coração.
Mas então parecia que nada tinha acontecido. O feixe de luz não esmagou seu crânio, como esperava. Não sentiu nenhuma dor. Era como se o feixe de luz fosse apenas uma ilusão.
— Você é meu! — o homem disse com um leve sorriso, virando-se em seguida e atravessando a porta metálica.
O Rinoceronte Sagrado o seguiu lá dentro, e então a porta se fechou. Tão lentamente quanto apareceu, ela desapareceu no nada.
Han Sen finalmente conseguiu se mover, e a primeira coisa que fez foi tocar rapidamente sua cabeça. Para seu alívio, ela estava firme, quente e inteira. Ficou imensamente feliz, e pensou: “Minha cabeça ainda está aqui. Viva! Eu não morri.”
Mas, um segundo depois, não teve tempo para comemorações. Invocou seu Rosnador Dourado e, junto da fada, correu até a cratera de areia.
E não foi só Han Sen. Todas as criaturas, inclusive a fênix de chamas negras e o qilin verde, avançaram rapidamente. Restavam alguns ossos e pedaços de carne deixados pelo rinoceronte. Era carne de uma Super Criatura no topo, e claramente o alvo do desejo de todos.
A fênix de chamas negras e o qilin verde avançaram em disparada, lançando chamas e trovões pelo caminho. Qualquer criatura que tentava roubar deles era morta sem piedade.
Han Sen, no entanto, tinha a Arcanja e a fada para protegê-lo. Rapidamente, pulou em direção ao monte de carne. Invocou sua Badalada da Morte e a lançou dentro do sangue.
Em seguida, uma ideia surgiu na sua mente, e ele também jogou a cabaça lá dentro. Embora não soubesse se teria algum efeito, essa era uma oportunidade única que não queria deixar passar.
A fênix de chamas negras e o qilin verde se atiraram sobre a carne e começaram a devorá-la o mais rápido que podiam. Embora comessem com ferocidade, ainda conseguiam incinerar tudo que se aproximasse.
A fada também aproveitou para dar umas mordidas. Sua boquinha trabalhou incrivelmente rápido, engolindo bons pedaços de carne.
A Arcanja também garantiu sua parte. Então, Han Sen invocou o Meowth e o deixou se alimentar um pouco.
Han Sen se arrependeu profundamente de ter deixado a Raposa Prateada para trás. Se aquele pequeno buraco negro prateado estivesse ali, estaria em êxtase com toda essa comida.
O rinoceronte era incrivelmente grande, de modo que outras criaturas conseguiram se aproximar e comer de longe, mesmo com esses dois monstros matando criaturas por perto.
Han Sen deitou no chão para tomar um gole do sangue, mas cuspiu tudo imediatamente após provar. O sangue parecia ácido, quase derretendo sua boca e língua.
— O que é isso? Só as criaturas conseguem consumir? — Han Sen ficou desanimado, vendo todas as outras criaturas comendo alegremente até se fartar.
A Arcanja não teve nenhum problema também. Era só Han Sen que não conseguia aproveitar os restos do rinoceronte. Mas não queria desistir tão fácil. Em vez de tentar beber o sangue, pegou um pedaço de carne e deu uma mordida, só que tinha gosto de limão e queimou ferozmente sua boca. Cuspiu tudo na hora.
— Porra! O que está acontecendo? — Han Sen ficou muito triste, além de frustrado de raiva por não conseguir comer a carne.
De repente, Han Sen se lembrou de uma lágrima que o rinoceronte tinha derramado. Parecia ter se solidificado, então perguntou se ela ainda estava lá.
Pelo que se lembrava, ela tinha caído na poça de sangue. Ele se esgueirou até o local onde achava que ela tinha caído e começou a vasculhar. Se não tivesse derretido, ainda deveria estar ali.
Depois de um tempo, suas mãos tocaram algo redondo. Sentiu uma explosão de alegria e rapidamente puxou o objeto.
Era, de fato, a lágrima do rinoceronte. Transparente e do tamanho de um punho. Embora tivesse saído do sangue, não estava manchada. O que era estranho, considerando que a mão do Han Sen estava toda suja do sangue. Ainda bem que estava usando uma armadura de Alma de Besta. Caso contrário, imaginava que sua pele teria derretido completamente.
Han Sen segurou a lágrima e sentiu uma grande energia pulsando dentro dela. O item parecia incrivelmente sagrado. Apenas segurá-lo já acalmava sua alma, como se sua presença purificasse tudo ao redor.
— Agora sim, isso é algo bom! — Han Sen ficou eufórico e guardou a lágrima com cuidado.
Han Sen pegou uma bolsa e colocou um pouco da carne dentro, para oferecer à Raposa Prateada quando voltasse. Ele não podia deixar aquela criatura, que tanto amava comer, sem esse tipo de alimento.
Claro, Han Sen também tinha o desejo de ver a Raposa Prateada crescer mais rápido. Ela adulta certamente seria incrivelmente poderosa. Afinal, se nunca crescesse, todo seu investimento na criaturinha teria sido em vão.
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