Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.


Volume 1

Capítulos 134: Punhos pesados

A aparição de Xiao Ah-kum foi recebida com grande surpresa por todas as partes. Seu único aliado naquele campo suspirou aliviado; os inimigos franziu o cenho e se seguraram para não deixar transparecer o espanto, no entanto. A atmosfera mudou e por um instante a sensação opressora causada pelos grandes nomes em batalha e a morte das estrelas desapareceu.

Sua chegada foi marcada por agressividade, a qual reverberou em forma de imponentes ondas sonoras toda vez que seus pés esmagavam o ar e seu corpo era impulsionado para frente.

― O que você está fazendo aqui?! ― grunhiu o 1º Ancião Dong, exprimindo um timbre receoso. Suas rugas se juntaram, formando uma carranca sombria ao passo que as narinas dilataram, acompanhando os olhos esbugalhados. ― Onde está Zi?! ― A preocupação pelo amigo podia ser percebida através de suas notas instáveis.

― Qual dos pedaços? ― Foi a resposta dada por ela, que estendeu o punho fechado de uma maneira insinuante.

― Maldita! ― rugiu ele, cujo rosto instantaneamente assumiu um tom rubro. Mesmo tentando se controlar, foi difícil esconder a fúria que sentiu.

O autoproclamado “Patriarca” não foi o único que reagiu à declaração. O semblante de Coo afundou, revelando o quão inesperada era aquela mudança, e sua atenção se desprendeu totalmente do legítimo líder dos Xiaos. Ele se virou para encarar o céu e avançou um passo rumo aos estrondos.

― Meus homens não eram fracos e muito menos lutadores inexperientes. ― Sua voz era pesada, como a de uma pessoa preocupada, externando os pensamentos corrosivos. ― Mesmo assim, você não parece estar ferida ou sequer cansada.

― Então é você, o Soberano?! ― rugiu a perigosa Anciã, que trazia em sua expressão um olhar afiado. ― Eu estava empolgada para encontrá-lo.

― Confesso que também estava um pouco curioso para conhecer a infame Caçadora Escarlate ― admitiu Coo com a cabeça erguida. Sua voz era calma, confiante, mas alterada por traços discretos de tensão. Por meio de um ato ostensivo de exibição, ele empurrou a capa presa no corpo devido aos fortes ventos, virou a cintura de lado, mantendo o pé esquerdo na frente, e cerrou o punho direito. ― Entretanto, as circunstâncias exigem de mim maior cautela. Serei rápido!

O impetuoso invasor ergueu a mão num ato grandioso. Sobre sua cabeça, um facho majestoso de luz verde-prateada se ergueu, alcançando incríveis metros de altura. A luz lançou vestígios em todas as direções, conflitando com os raios que ameaçavam destruir aquela terra. Em poucos instantes, um braço gigante foi moldado, repleto de perigo e hostilidade. O resultado final foi o surgimento de um membro colossal, pronto para esmagar qualquer ameaça usando seu punho extraordinário.

A mulher estava se aproximando rápido e em breve ele não teria outra oportunidade de atacar. Assim sendo, Coo balançou o corpo, guiando o punho desproporcional através de seus próprios movimentos. A mão gigante provocou uma agitação significativa quando mergulhou em direção ao ponto escarlate, esmagando o ar conforme abria passagem para alcançar o alvo.

Tratava-se de uma demonstração intimidadora, do tipo que faz uma pessoa sã repensar o próximo passo. Mas aquilo sequer fez a Anciã pestanejar. Em seu rosto se abriu um sorriso vigoroso, indomável e feroz.

Ah! Ah! Ah! ― soltou uma gargalhada selvagem. ― Vamos ver se um Soberano pode me impressionar!

Ela dobrou as duas pernas, curvou a coluna e juntou os braços. Todo o seu corpo encolheu feito uma mola sendo contraída ao limite. E quando o queixo tocou os joelhos, Ah-kum disparou feito um dardo mortal.

Sua extraordinária aceleração repentina foi dezenas de vezes mais explosiva do que qualquer chute que havia dado no ar até então. Assim que suas pernas foram esticadas e seu corpo voou mais rápido do que um pássaro poderia alcançar, uma onda sonora brutal foi liberada, acompanhada de uma incrível onda de choque que afetou tudo ao redor. A densa nuvem que se espalhava sobre a região foi rasgada, abrindo passagem para as estrelas espiarem os eventos no plano dos mortais. No chão, a grama foi amassada e a terra afundada, criando uma curvatura peculiar que ficaria marcada para sempre.

Em um piscar de olhos, Ah-kum atravessou a extensão que existia entre ela e o aguardado oponente. Mas antes que pudesse colocar suas mãos no maldito, o facho de luz se colocou em seu caminho.

Ela representava um pequeno ponto perante a imensidão do braço de luz. Porém não se deixou abalar por esse detalhe e decidiu confrontar a técnica extravagante de frente. Seu punho minúsculo e endurecido por calos se chocou contra a enorme mão. O que se seguiu foi um lampejo cegante, causado pela colisão. Logo depois, um estardalhaço, semelhante a milhares de vidros se quebrando, tomou conta do ambiente. Centelhas ganharam forma e foram arrastadas para longe pelo vento.

A habilidade do oponente parou a valente Anciã num primeiro momento, mas ela continuou empurrando para frente com todo o peso que suas costas poderiam exercer. O embate parecia equilibrado, mas isso logo mudou. Aos poucos, rachaduras brotaram ao longo de toda a estrutura do punho gigante que começou a fragmentar em diversos pedaços feito um espelho podre.

Aquilo surpreendeu Coo, que fechou o cenho e se esforçou ainda mais em demonstrar a diferença que existia entre as duas forças. Entretanto...

― Nada demais! ― grunhiu a Caçadora Escarlate, abrindo um satisfatório sorriso selvagem.

Ela chutou o ar, causando ondas intensas de choque, e a mão gigante não resistiu. Um buraco foi aberto entre os dedos, como se o facho de luz fosse um objeto sólido. E usando de sua incrível velocidade explosiva, a bela mestra de Xiao Jiao mergulhou na direção do oponente. Ele pensou em erguer uma barreira para pará-la, mas sua Energia Espiritual não reagiu a tempo. E a única coisa que lhe restou foi o instinto de sobrevivência, que o levou a erguer os braços e cruzá-los na frente do tórax.

Seria uma grande mentira por parte de Coo se dissesse que viu como tudo aconteceu. A única coisa que de fato viu foi a chegada de um vulto esbelto com cabelos vermelhos. Logo depois, algo pesado o atingiu e seus braços não suportaram a pressão descomunal.

Tudo aconteceu tão rápido que quando percebeu, o refinado invasor estava voando sem qualquer controle sobre si próprio. Seus pés foram arrancados do chão e os setenta e cinco quilos de massa se tornaram desprezíveis perante a força opositora. A violência com que foi jogado foi tamanha que ele sequer bateu no chão ou perdeu velocidade depois de percorrer trinta metros inteiros.

Coo deixou o 1º Ancião para trás, passou pelo Patriarca e avançou na direção da casa aos fundos. Suas costas acertaram a robusta parede composta por toras sólidas, mas isso nem ao menos serviu para reduzir sua velocidade. As madeiras foram destruídas e metade de um cômodo ruiu ao perder um de seus pilares de apoio. Mesmo assim, o infame Soberano do Despertar continuou avançando e destruindo tudo pelo caminho.

O estardalhaço foi enorme e quando parou, destruição e caos podiam ser vistos se espalhando por toda a mansão. Partições inteiras da moradia desabaram e móveis acabaram sendo arremessados pelos ares, junto de pedaços de madeira e telhas.

― Se possível, não destrua a minha casa ― pediu o Patriarca, que não pôde controlar a expressão julgadora. ― Quero ter um lugar para dormir quando tudo isso acabar.

Entretanto, Ah-kum pareceu não escutar, pois apesar de pousar ao lado do colega depois de seu ataque triunfante, ela continuou andando rumo ao buraco que havia aberto.

― Que decepção ― grunhiu, deixando escapar um legítimo ar de desapontamento. Sua mão direita apresentava uma vermelhidão intensa e sangue escorria de algumas das juntas. ― Eu estava esperando um pouco mais de resistência.

Ela caminhou até ficar a poucos passos de distância da parede demolida e então abriu um sorriso feroz.

― Anda logo. Não sou muito paciente. ― Não podia sentir a Energia Espiritual do oponente, mas acreditava no desafio representado por um praticante forte.

Demorou alguns instantes, mas após a fala da destemida mulher, barulhos de madeiras sendo quebradas, pratos partidos e metais atirados, surgiram de dentro da casa. Algo estava abrindo passagem em meio aos destroços e pelo alvoroço causado, não parecia muito feliz.

Houve um estrondo. Pedaços de parede foram atirados em todas as direções e entre uma fina camada de poeira, Coo surgiu, batendo os pés e bufando. Sua capa havia sido destruída pela metade. Farpas de diversos tamanhos podiam ser vistas ao longo de seus braços, atravessando sua calça e perfurando sua camisa na região das costas.

Ele estava sangrando e o aspecto maltratado apenas servia para deixar suas feições mais pavorosas. A fúria extrema podia ser encontrada em seu rosto e mesmo a respiração pesada e controlada não ajudava a acalmar o sangue fervendo.

― Eu vou cuidar dele e você se vira com o velho! ― avisou Ah-kum, mantendo o olhar fixo em seu alvo feito um felino calculista observando sua presa.

― Enfrentar um Soberano é perigoso até para você ― alertou o Patriarca, preocupado. ― Vamos lutar juntos e...

― Se ficar no meu caminho, eu acabo com você também. ― O tom da Anciã deixava claro que não aceitaria nenhuma interferência em sua batalha. Havia escolhido sua caça e ninguém poderia roubar esse prazer.

Hunf! ― Enlai suspirou enquanto balançava a cabeça. ― Faça o que quiser.

Enquanto isso, Coo tirava uma farpa de pouco mais de quatro centímetros do antebraço conforme observava uma linha vermelha escorrer até seu cotovelo. Então, após jogar a lasca no chão numa demonstração de raiva contida, ele ergueu os olhos.

― Impressionante! ― Existia certa sinceridade em sua voz, porém isso não diminuía seu sentimento de ira.

Antes que qualquer outra palavra fosse proferida, o invasor que já não possuía a elegância de antes se moveu e um braço verde-prateado gigante surgiu no céu, com seu punho colossal apontado para baixo. O ataque veio em seguida, quando a Energia concentrada desceu como um martelo desalmado, esmagando o ar e provocando um zumbido profundo.

A 2ª Anciã saltou para trás e deslizou sobre a grama, fugindo do primeiro ataque, que remexeu a terra e provocou um grande buraco com formas bem definidas. Mas o segundo golpe veio logo depois, junto da materialização do outro braço.

Demonstrando severidade e selvageria, ela recuou dando diversas cambalhotas enquanto socos monstruosos desciam do céu. Seu vestido arruinado balançava trazendo certa elegância para suas ações e suas pernas fortificadas causavam destruição sempre que se impulsionava para longe do perigo.

Coo tentou persegui-la, mas depois de falhar algumas vezes, aumentando a destruição do cenário, sentiu que estava a todo momento um passo atrás.

Mantendo os olhos atentos a cada mudança, Ah-kum parecia satisfeita com o que estava acontecendo apesar de continuar fugindo. Seus olhos exibiam uma expressão séria, concentrada, mas o canto dos lábios curvados para cima contradizia aquela seriedade.

No meio de uma cambalhota, depois de evitar de ser esmagada e ainda de cabeça para baixo, a mulher indomável abriu um sorriso completo conforme deixava os fios de seu cabelo incandescente ondular, e falou:

― Isso é tudo? Você é...

Seus pés tocaram o chão, porém o vestígio de sua presença não permaneceu por muito tempo. De repente um estrondo impactante foi ouvido, o solo dobrou e pedaços de terra foram lançados em todas as direções, atingindo qualquer um que estivesse perto. Tremores se espalharam, derrubando parte da estrutura fragilizada da casa que continuava de pé e afetando as colinas próximas.

Coo abriu os olhos de forma extraordinária quando percebeu que sua oponente não estava mais no local em que mirava. Ele procurou em volta, mas antes que conseguisse encontrar algo, escutou uma voz surgindo logo acima de sua cabeça.

― Lento demais!

Flutuando a poucos metros do chão, Ah-kum atingiu o crânio de seu inimigo numa região próxima da orelha esquerda. O soco foi tão forte que o corpo do Soberano dobrou de uma forma estranha e o chão sob seus pés cedeu, abrindo um buraco gigante para o qual foi tragado em meio a escombros e poeira.

A implacável Anciã pousou na beira do estrago que havia causado e abriu um vigoroso sorriso enquanto estalava os dedos da mão direita.

Ei! Ei! Não vá me decepcionar! ― Sua confiança não era sem motivo, mas a resposta para a provocação veio em seguida.

― Ramo Colossal! ― O chão estremeceu e, expandindo ainda mais a destruição, um punho enorme saiu de dentro da terra, desferindo um soco que ia de baixo para cima.

Ah-kum não teve tempo de recuar e foi arremessada para o alto sem qualquer controle das próprias ações. O golpe não provocou nenhuma ferida externa, mas ela precisou se segurar para não deixar transparecer a dor que contaminou seu corpo.

Quando caiu, de pé e firme feito uma rocha, parou por um segundo e respirou fundo. Precisava se recuperar do susto que levou.

Nesse meio tempo, Coo escalou para fora do buraco que havia sido criado com seu próprio corpo. Sua roupa não estava tão limpa quanto antes, poluída por poeira e tons vermelhos que expandiam através do tecido. Mesmo seu cabelo já não aparentava possuir o mesmo brilho. A ponta de sua orelha esquerda apresentava um pequeno ferimento e, apesar de estar sendo ocultado por seus fios escuros, o sangue escorrendo ao longo do pescoço denunciava o corte existente no couro cabeludo.

― Isso foi... excepcional! ― comentou, ofegante. ― Confesso que não esperava por esse tipo de resistência. ― A despeito da aparência em decadência, ele se mantinha calmo e alerta, como se todo o dano recebido não representasse um grande risco. Ainda tinha algumas coisas para falar, mas antes que articulasse qualquer coisa, sua agressora o atacou.

A Anciã chutou o chão e avançou com brutalidade. Seus movimentos eram ferozes e lembrava um felino selvagem que deu início a perseguição de sua presa ― os olhos concentrados, a respiração equilibrada e as pernas cobrindo a distância necessária para dar o bote no momento exato.

Em um instante, ela atravessou o cenário destruído que os separavam e se preparou para usar um de seus impiedosos socos.

― Exoesqueleto Titânico! ― Coo soltou um berro e do nada seu corpo foi envolvido por uma armadura que possuía o formato exato da parte superior de um esqueleto gigante, com crânio, braços, costelas e todas as peças esperadas. Cada costela possuía a espessura da coxa de um homem adulto em boa fase e os ossos mais finos eram tão firmes quanto uma barra de aço.

Xiao Ah-kum viu a estrutura se manifestar em um piscar de olhos e se fixar ao redor de seu invocador de modo a cobrir as brechas. E apesar de não conseguir distinguir o poder daquilo usando seu Sentido Espiritual, ela não tentou interromper a ação ou se conter. Pelo contrário. Diante do desafio, inclinou ainda mais as costas e colocou mais força no movimento.

Seu punho acertou bem no centro do tórax do exoesqueleto, ocasionando em um som grave e profundo, como um tambor melancólico rufando uma melodia sepulcral. Entretanto, a estrutura não sofreu nenhum dano ou foi empurrada na direção oposta. Permaneceu firme, inquebrável e disposta a receber outro golpe.

Em contrapartida, o pulso da aliada de Enlai se curvou de uma maneira estranha ao ser barrado pela técnica. Sangue verteu dos nós de seus dedos, manchando os ossos da aparição diabólica, sua pele se abriu e estalos agonizantes saíram de dentro de sua carne.

Quando ela se afastou, sua mão tinha se transformado em uma bola grotesca de carne estufada. Seus dedos médio, indicador e mínimo estavam tortos, tomados por uma matiz arroxeada que se aprofundava a cada segundo. E além dos já citados, ficava evidente que outros ossos também haviam sido quebrados.

Percebendo o estrago que havia causado a si mesma, Ah-kum ergueu o punho e olhou para o machucado com uma expressão anormalmente calma.

― Agora sim tá ficando interessante! ― falou enquanto abria um sorriso pavoroso.

― Vamos ver se vai continuar pensando assim ― disse Coo. ― Braço Titânico! ― Seguindo o seu comando, um braço gigante envolvido por um exoesqueleto cinza caiu do céu carregando tal força destrutiva que fez o vento soltar um silvo funesto.

Mas a mulher feroz de cabelo escarlate saltou para o lado e deu uma cambalhota para trás, evitando de ser atingida. Entretanto, quando estava para aterrissar, um punho se ergueu, rasgando a terra e destruindo tudo no caminho.

Ela foi atingida e lançada para o alto. Não teve tempo de reagir ou entender o que tinha acontecido. E quando percebeu que não havia feito o pouso esperado, já era tarde demais, pois outro braço gigante desceu do céu e a acertou com todo o seu poder.

A 2º Anciã cuspiu sangue e foi arremessada por uma violência que apenas seus golpes pareciam conter. Ela caiu de costas e braços abertos. Tossiu algumas vezes, tendo dificuldade para respirar, e arfou violentamente. Pensou em se erguer, mas antes que fizesse qualquer movimento, outro punho desceu rasgando o ar e a prensou contra o chão, jogando-a para dentro de um abismo sombrio.

O impacto lançou ondas sísmicas que se espalharam para além do campo de batalha. Fendas profundas e extensas foram abertas ao redor do buraco causado pelo soco. Algumas delas atingiram até mesmo a base da casa, derrubando paredes e causando falhas ao longo de diversos pontos da estrutura.

Xiao Ah-kum tinha sido empurrada para dentro de um abismo e estava desaparecida.

Enquanto isso, ali perto...

― Parece que aquela mulher finalmente encontrou um obstáculo capaz de pará-la ― disse o 1º Ancião Dong com um ar de satisfeito.

― Tem certeza que esse é o momento certo de prestar atenção em outras pessoas? ― indagou o Patriarca, que exibia um semblante soturno. ― Pois agora não existe ninguém entre nós dois.

― Não se preocupe comigo. Eu vim preparado para isso. ― Xiao Dong colocou a mão por dentro da faixa que prendia seu tradicional Hanfu e assim permaneceu por alguns segundos. Sua confiança era exalada pelo semblante firme. Ele sabia que possuía um trunfo extraordinário.

 


Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.

 


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