Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.


Volume 1

Capítulo 135: Xiao Long

Xiao Dong estava com a mão dentro da faixa enrolada ao redor da cintura enquanto mantinha o olhar fixado em seu poderoso oponente. Seus membros demonstravam uma rigidez perceptível e por mais que estivesse tentando fingir segurança, o suor escorrendo no canto do rosto e a expressão de alerta constante exibia seu medo profundo.

Notava-se que ele se encontrava no limite do autocontrole, a um passo de atravessar a linha que servia de abrigo para a desconfiança na sua forma mais pura de paranoia.

― Por que está fazendo isso? ― A tensão crescente podia ser sentida no ar como um manto denso, úmido e sufocante, envolvendo todos ao redor, mergulhando-os no sentimento de hostilidade. E mesmo a pergunta feita pelo Patriarca não foi capaz de quebrar isso.

― Todos temos a nossa ambição e você já conhece a minha ― respondeu o Ancião com uma voz áspera e envelhecida.

― É por isso que está traindo sua Família? Por suas ambições?! ― Havia desgosto no tom de Enlai, algo que ficava evidente pela carranca formada em seu rosto.

― Eu não estou traindo! ― retrucou Xiao Dong, recuperando brevemente parte de sua autoconfiança. ― Estou apenas retomando o poder.

― É assim que você chama essa tragédia? ― Foi o questionamento levantado pelo líder dos Xiaos. ― Não consegue ouvir os gritos? O desespero? A Energia Espiritual desaparecendo? Estamos sendo atingidos por um desastre e não podemos defender nosso território por causa de suas ações. Quantos de nossos familiares morreram até agora? E quantos ainda irão morrer até essa loucura acabar?

― Sacrifícios são necessários em uma guerra! ― A resposta apresentada pelo velho foi fria e carregava uma estranha sensação de que os danos estavam dentro do previsto.

Aquilo pareceu, de alguma forma, irritar o Patriarca, que apertou as mãos e fechou o semblante.

― Você é muito teimoso ― continuou o 1º Ancião em tom de acusação. ― Eu esperava que isso já tivesse acabado. Não queria me envolver, mas você é teimoso. ― Ele tentou disfarçar, porém sua voz vibrava de entusiasmo. E então, depois de algum tempo mantendo a mão escondida dentro da faixa ao redor do corpo, o velho enfim revelou o que estava guardando.

Xiao Dong segurava um pingente peculiar que se achava preso por um fio fino e escuro. O adorno era grande o bastante para que o homem precisasse segurá-lo na ponta dos dedos com a mão aberta. O objeto possuía uma forma simples, mas chamativa, e não trazia nenhuma joia ou adereços elegantes incrustados em seu corpo. Era de fato um enfeite muito comum, tirando o seu formato.

Bastava um simples olhar para perceber que aquilo não era usado por homem ou mulher como uma joia valiosa que exigia ser exibida. Na verdade, a peça era bastante grosseira e mal lapidada, apesar de sua delicadeza. O objeto era uma espiral vulgar e torta, feita de pedra, com uma ponta virada para um lado e a outra apontando numa direção diferente.

Nada naquilo indicava um trunfo a ser guardado ou uma arma poderosa pronta para trazer a virada necessária na batalha. Ordinário, simples e frágil. Essas eram as melhores descrições para o adorno.

― Você não deve saber sobre isso, já que é um forasteiro ― disse Dong, triunfante. ― Mas isso em minha mão é...

― Um Artefato Mágico ― interrompeu o Patriarca, que não parecia nenhum pouco preocupado ou surpreso. ― Isto em sua mão é um Artefato passado entre gerações do seu ramo familiar. Uma herança que vem sendo mantida desde muito antes dos “Xiaos” surgirem. E seu poder é tornar imperceptível a Energia Espiritual. Sim, eu sei o que isso faz.

A extensa fala que veio acompanhada de muitas informações pouco difundidas deixou o velho sem palavras. O semblante que se formou em seu rosto foi o mesmo encontrado em alguém que acabou sendo surpreendido, mas se esforçou para não deixar transparecer.

― Você se esquece que eu sou o Patriarca ― completou.

Hunf! ― bufou o Ancião, aborrecido. ― Qualquer um sabe sobre esse tipo de informação. ― Apesar de saber que isso não era verdade, ele manteve a compostura. ― Mas existe uma coisa que ninguém, além dos herdeiros, sabe sobre este artefato.

Xiao Dong esticou o braço para exibir o pingente de uma maneira ostentosa. Seu semblante vitorioso cresceu ainda mais e sua presença se tornou opressora. De repente um brilho misterioso surgiu da ponta interna da espiral e começou a se espalhar, contagiando toda a estrutura encaracolada até alcançar a outra ponta.

― Isso não serve apenas para ocultar a Energia Espiritual ― voltou a falar. ― Em troca de esconder sua força, esse Artefato absorve um pouco de Energia de cada praticante e a armazena. Eu demorei muito para chegar nesse ponto, mas agora minhas técnicas terão a força de um Soberano do Despertar da 5ª Camada. ― A longa barba e bigode escondiam suas feições. Porém, através das rugas, percebia-se o surgimento de um sorriso severo. E conforme suas palavras saiam, a força que antes estava sendo camuflada aos poucos voltou a aparecer, trazendo de volta o marcante poder de um Espirituoso de 1º Camada. ― Você não tem chance...

Entretanto, antes que o velho acabasse de se vangloriar, o Patriarca se moveu. Cansado de escutar, ele atacou.

O espanto foi tremendo quando Xiao Dong percebeu que seu inimigo estava logo a sua frente, com o punho envolvido por uma aura hostil e pronto para matá-lo. Mesmo estando atento, demorou para perceber a investida.

― Suas técnicas podem ter se tornado mais poderosas, mas você continua sendo um idoso preso na 1ª Camada do Reino Espirituoso. ― Com um olhar frio, Enlai proferiu tais palavras enquanto balançava o braço, preparando-se para alcançar a vitória que havia lhe escapado alguns minutos atrás.

Xiao Dong arredou o pé direito para trás e inclinou o corpo na direção oposta de seu inimigo, mas no fundo sabia que não conseguiria fugir ou sequer se esquivar. Seu instinto de sobrevivência estava berrando, alertando-o do perigo que se aproximava. Por um instante, seu cérebro se rendeu ― admitiu a derrota perante a força desigual. Contudo, sua ambição continuou agindo.

Instigada pelo pingente de formato espiral, sua Energia Espiritual explodiu, lançando um facho de luz azul que irradiou por centenas de metros feito uma lanterna em meio à escuridão.

A explosão repentina foi tão intensa que repeliu o Patriarca como se seu corpo fosse uma força indesejável.

A demonstração impactante afastou o perigo sem qualquer problema, mas a coisa não parou por aí.

O facho se espalhou e aos poucos começou a tomar a forma de uma criatura majestosa, imponente e selvagem, que nasceu predestinada a imperar sobre os animais terrestres. Suas quatro patas afundaram no chão, que não suportou conter o seu peso extraordinário. Junto a sua aparição, um rosnado baixo e marcante provocou vibrações temíveis no ar.

A besta possuía mais de sete metros de altura e da ponta do focinho até a cauda esse valor mais do que dobrava. Suas orelhas eram curtas e arredondadas, o focinho não tão comprido assim, mas os fios formando o bigode eram longos e brancos, de forma que se destacavam mesmo à distância. Seus olhos verde-esmeraldas passavam um hipnotismo fascinante, porém perigoso. Existia nobreza e virtude neles, assim como risco e grandiosidade.

Sua beleza logo traçou um ponto distinto para algo que representava tamanha ameaça. Sua composição, desde o olhar afiado e penetrante, até a postura magnífica, era digna de arrancar exclamações apaixonadas e conquistar admiradores. Mas nada era mais atraente do que sua pelagem.

A maior parte do pelo do animal era de um azul vibrante, cristalino como um lago conservado pela natureza. O tom exato era difícil de afirmar, mas algo no reflexo provocado pelos relâmpagos fazia o Patriarca se lembrar de uma turquesa bruta. Entretanto, listras brancas, tão puras quanto um tecido virgem, completavam o arranjo. As linhas envolviam todo o seu corpo, sem formas definidas e igualmente simétricas.

Aquele animal, tão belo e majestoso, cercado por um ar de perigo e fascínio, não era como os citados em livros ou descrito em histórias. A cor de sua pelagem não combinava, seu tamanho era desproporcional e o peso muito acima do natural. Contudo, sem a menor dúvida, aquele era um tigre-de-bengala gigante.

Roaarr! ― O temível animal ergueu a cabeça e rugiu para a lua, fazendo o ar noturno vibrar ao mesmo tempo em que despertava o medo primitivo em criaturas menores.

Xiao Dong se encontrava dentro da cabeça do tigre translúcido, no lugar em que deveria ficar o cérebro.

― Enlai! ― O velho começou a falar. ― Eu vou matá-lo com minhas próprias mãos! ― Sua voz carregava uma firmeza que antes não passava de vestígio. Sentia-se poderoso, no topo da cadeia alimentar.

― Contra quem aquele velho maldito planejava usar isso? ― resmungou Coo, que se achava parado próximo do buraco que havia aberto em seu último ataque.

― É a primeira vez que vejo você invocar o tigre em sua forma completa ― comentou o Patriarca, franzindo o cenho. Notava-se uma preocupação crescente em sua expressão, preocupação essa que não era injustificável.

Existia um conflito evidente vindo daqueles dois seres, embora continuassem a trabalhar em harmonia. O Ancião ainda era um Espirituoso no estágio inicial, mas a besta exalava o poder de um Soberano, superior a qualquer um dos praticantes presentes naquele local. Entretanto, essa não foi a única mudança que ocorreu após o uso do pingente.

O destemido líder não deu muita importância para este acontecimento, pois precisava manter o foco no novo perigo que surgiu em sua frente. Contudo, assim que o majestoso animal se manifestou, a Energia Espiritual daquelas pessoas que estavam usando a habilidade do Artefato para se esconder perderam a vantagem e tiveram suas verdadeiras forças reveladas.

Enlai pôde sentir o surgimento de diversas Energias em cantos distintos do território, demonstrando que muitos outros além dos invasores estavam fazendo uso daquele poder. Mas, no momento, nada disso importava.

A cabeça do tigre se inclinou e as garras de sua pata dianteira rasgaram o solo. Seus olhos miraram a pequena lebre parada a alguns metros de distância e seu focinho tremeu, farejando o sangue. Sem qualquer aviso, o animal se curvou e deu um longo salto.

No alto, as garras foram totalmente expostas e, conforme um rugido ameaçador cortava o vazio, sua boca abriu, revelando suas presas gigantes e pontudas, perfeitas para dilacerar carne e ossos sem qualquer esforço.

Assim que avistou a criatura gigante caindo sobre sua cabeça, o Patriarca não hesitou ao rolar de lado e se afastar. Mas quando viu sua presa tentando escapar, o implacável caçador esticou sua pata e golpeou duas vezes, tentando alcançar aquelas pernas minúsculas ou pelo menos provocar um arranhão profundo.

Quando caiu e rolou, Enlai sentiu as pancadas violentas, mas por pouco conseguiu escapar. E no momento em que se ergueu, tratou de correr o mais rápido possível na direção oposta, fugindo do perigo.

Sua decisão não poderia ter sido melhor, pois a besta não teve o menor problema para contorcer o corpo e disparar outra vez na direção de sua presa, com as garras armadas e a boca salivando.

A despeito do velho no controle, que não tinha um grande reflexo e demorava para reagir, o tigre era rápido e flexível, mudava de direção sem qualquer problema e conseguia se contorcer quase como um ser invertebrado.

Enlai sabia que não podia se arriscar em uma luta próxima, pois o menor descuido resultaria na perda de uma perna ou um braço. Então, ele tomou uma decisão.

Antes que outra tentativa fosse feita, o destemido líder flutuou e começou a levantar voo. Não demorou muito e em poucos segundos ele já se encontrava a mais de trinta metros do chão, apesar de não parecer uma distância muito segura do animal colossal.

― Deixe de ser tolo! ― zombou Xiao Dong, sentindo-se no controle da situação. ― Não adianta fugir. Eu posso alcançar você. ― O tigre se agachou sobre as patas traseiras, preparando-se para se impulsionar.

Entretanto, a resposta que o Ancião recebeu o manteve no chão.

― E quem falou que eu pretendo fugir?

Seguindo suas palavras, uma aura vermelha, e tão densa quanto sangue em estado de petrificação, cercou o corpo de Enlai, envolvendo-o da ponta dos pés até o topo da cabeça. A aura ondulou e se alongou conforme uma Energia Espiritual massiva era liberada. Sem nenhuma discrição, uma criatura milenar passou a ganhar forma em meio aos raios que não paravam de cair e a ventania soprando incessantemente.

Sob a massa escura ofuscando as estrelas, um ser mítico de formas fabulosas se manifestou. E naquele segundo, uma estranha sensação de devoção e temor se espalhou pelo local. Na testa do tigre, o 1º Ancião ergueu a cabeça maravilhado. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas seu semblante afundou, consumido pela inveja. Mesmo o invasor chamado Coo se mostrou impressionado com o surgimento da entidade que cobriu todo o céu acima de sua cabeça, balançando feito uma serpente alada.

A aura de Enlai deu origem a um ser que da ponta de sua cauda até o nariz possuía em torno de vinte a vinte e cinco metros de comprimento e uma crina dourada repleta de vida. Como mencionado antes, seu corpo lembrava o de uma serpente. Entretanto, a presença de dois pares de patas ― cobertas por escamas e com garras afiadas ― o deixava mais perto de lagartos e coisas do tipo.

Embora seu corpo fosse translúcido, de modo que ficava parecendo uma massa volúvel, era possível notar nitidamente as escamas cobrindo cada centímetro de sua estrutura. Sua cauda era achatada e fina na extremidade mais distante, e contava com uma arma semelhante à ponta de uma lança. Em contrapartida, sua cabeça se destacava de maneira espetacular. Na parte superior, duas galhadas podiam ser vistas, dotadas de três pontas em locais distintos cada. E em seu focinho alongado, cumprindo o papel de bigode, dois fios, tão longos que pareciam extensões da criatura, dançavam alegremente, soltos ao vento.

― Técnica Secreta ― proferiu o Patriarca, cercado pela presença da criatura. ― Xiao Long!

O 1º Ancião Dong olhava para cima em puro êxtase. Seu rosto havia sido tomado pela inveja, culpa e arrependimento.

― Essa habilidade é boa demais para alguém como você! ― Por fim, ele decidiu falar. ― Quando eu o matar e pegá-la para mim... Esse será o momento em que a Família alcançará seu auge.

O tigre se preparou e pulou, mirando o ser citado em lendas que nesse instante serpenteava pelo céu. Seu salto foi extraordinário, mas não o bastante para alcançar o Long. E apenas quando parecia que iria cair, de repente suas patas provocaram uma estranha distorção no ar e, como se o chão se estendesse para muito além do que os olhos são capazes de enxergar, ele começou a correr na direção das nuvens.

Selvagem, mas calculista, o animal contornou sua presa e quando se sentiu no controle, subiu nas costas da entidade que lhe superava em tamanho e cravou os dentes em suas costas ao mesmo tempo que empurrava suas garras, tentando penetrar as escamas duras.

O Long se contorceu e virou o pescoço de lado para encarar seu agressor. Mas antes que conseguisse esboçar alguma reação, o felino atravessou sua proteção, causando um rasgo profundo. E embora não fosse um ser vivo, ele se contorceu como se estivesse sentindo a mais pura das dores. Então, temendo receber outro ferimento, ele apontou a cabeça para cima e começou a aumentar sua altitude enquanto evitava os raios mortais que tentavam ceifar sua vida.

Mas o tigre era persistente e prevendo que poderia ser derrubado, cravou suas garras ainda mais fundo no corpo da presa. Estava determinado a continuar ali, como um carrapato sugando lentamente a vida do hospedeiro.

E quando percebeu que não conseguiria se livrar de seu agressor daquela maneira, o Long parou e com a ponta de seu rabo atingiu o flanco do felino. O golpe se mostrou bastante eficiente, pois o tigre soltou um rugido e caiu.

Perdendo o controle do próprio corpo, a besta girou enquanto tentava de todas as maneiras se equilibrar antes de alcançar o chão. Suas garras rasgaram o ar e por um instante foi como se ele estivesse escorregando da beira de um precipício conforme tentava se agarrar a algo.

A velocidade da queda do tigre diminuiu e a fúria em seus olhos acenderam, mirando aquele que o tinha feito cair. Suas patas traseiras chutaram o ar e aos poucos ele voltou a subir. Um rugido capaz de estremecer o ambiente brotou do fundo de sua garganta, calando os trovões e colocando o perigo vindo da montanha em segundo plano.

E foi nesse momento que o Long olhou para baixo e mergulhou em direção ao chão, demonstrando que havia aceitado o desafio. E quando o tigre se distraiu, sua cauda atacou outra vez, atingindo-o no pescoço e enviando-o de volta para o solo; o lugar do qual sequer deveria ter saído.

A despeito de sua origem felina, o tigre caiu de lado e deixou escapar um grunhido lamentável. Mas não demorou muito e ele logo se ergueu.

No alto e protegido por sua habilidade, o Patriarca lançou um olhar desagradável contra seu odioso rival e por um segundo se calou. Notava-se uma profunda reflexão sombreando seu rosto, despertando seus maiores anseios.

― Xiao Dong! ― gritou, deixando sua voz intimidadora se espalhar. ― Porque você trouxe essas pessoas aqui? O que eles querem? O que prometeu a eles?

― Você sempre foi ingênuo demais! ― vociferou o 1º Ancião de volta. ― Responda-me uma coisa: quantas organizações já ofereceram um contrato em troca da nossa exclusividade? E daí que perderíamos a parceria com a Seita Waidanshu? Eles não poderiam fazer nada. Nossa Família está em crise e você ainda assim se recusa a escolher o mais lógico. Eu só estou fazendo o que um líder precisa fazer e conseguindo um aliado mais poderoso.

― Poupe-me do discurso que usa para enganar seus seguidores! ― Foi a resposta fria do Patriarca. ― Todos os nossos problemas foram causados por você. Essas suas historinhas não fazem o menor sentido. Nenhuma Seita ou Família nesse Império se arriscaria a nos atacar e quebrar o tratado, mesmo se for para ganhar mais Ervas Espirituais. O que eles querem? O que você de fato prometeu a eles?

E pela primeira vez, Xiao Dong se calou. Seu semblante se tornou sombrio e a maneira que desviou o olhar demonstrou culpa e arrependimento.

― Seu velho imbecil! ― esbravejou o Patriarca. ― Você se deixou cegar por suas ambições e nos comprometeu. Quem são essas pessoas e o quanto elas sabem sobre nossa Família?

O Long apontou sua cabeça para baixo e mergulhou rumo ao chão, usando as nuvens estranhas e coloridas que brotavam de seus pés para acelerar.

― Quando eu o matar e assumir o comando, cuidarei desse problema ― retrucou Xiao Dong, confiante nas próprias habilidades.

O tigre saltou e correu pelo ar com suas garras expostas.

A besta e a entidade estavam prontas para o confronto final. Ambos os lados ansiavam pela conclusão. Entretanto, eles não eram os únicos buscando um desfecho e para o tio Chang essa realidade estava mais próxima do que gostaria.

 


Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.

 

 


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