Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.


Volume 2

Capítulo 157: Pensamentos iguais

― Duzentas mil peças de ouro.

O grito repentino, anunciando um novo valor, fez todo o quinquagésimo sétimo andar cair em um silêncio perturbador. Curiosos para saber o que tinha acontecido e quem era a atrevida que ousou colocar um preço tão elevado em um objeto desconhecido, as pessoas no piso inferior espicharam o pescoço e espiaram através do parapeito com olhares suspeitos, do tipo que se espera de um detetive tentando elucidar um mistério.

Mesmo Noah e Heloísa tiveram seu interesse despertado, pois não deveria haver outra pessoa no camarote além do grupo convidado. A Santa, que se encontrava em um canto do palco, escondida da visão do público, avançou de maneira discreta pelo piso que compunha o tablado até encontrar uma posição em que pudesse ver o que se passava no piso superior.

Demorou alguns instantes para que as pessoas conseguissem enxergar algo novo na sala reservada. Mas quando a resposta para as dúvidas foi apresentada através de um rosto conhecido para aquelas entidades ilustres, murmúrios de surpresa e admiração preencheram o salão. Toda e qualquer atenção que se destinava ao leilão foi usurpada pela extraordinária identidade.

No piso superior, Xiao Ning soltou um suspiro aliviado e se jogou de volta em sua poltrona, deixando o corpo desabar. Por pouco não fez uma burrada tremenda que poderia tê-lo colocado em uma situação delicada.

Sentindo que um peso havia tirado de seu ombro à medida que os batimentos cardíacos voltavam a se normalizar, ele abriu um sorriso desajeitado e falou:

Ah, muito obrigado por isso! ― olhou para a entrada da cabine. ― Eu já estava pensando que teria de vender a pequena Shui.

Talvez em outra ocasião, Xiao Shui teria revidado a provocação com um tapa na orelha do abusado e algumas palavras duras. Mas ela, assim como os demais, achava-se paralisada pelo choque que recebeu ao ver aquela figura.

A Cultivadora Elemental do Gelo não reconheceu o rosto da estranha, mas sim o brasão marcado no centro da tiara de prata que prendia seu cabelo castanho-claro. O emblema era uma moeda de ouro que possuía um galho dividido por pequenos ramos demarcando o que seria a base. A moeda se encontrava dividida em quatro partes iguais, cada pedaço contendo uma estrela. E no topo ficava uma coroa.

A pessoa que entrou no camarote e fez o ousado lance de duzentas mil moedas de ouro por um artefato, o qual sequer ouviu a descrição, era uma mulher de rosto jovial e baixa estatura.

E, aqui, eu me atrevo a me manifestar em uma atitude ousada, pois para descrever sua grandiosa e inigualável beleza talvez não existam palavras capazes de retratar tamanha singularidade.

Suas bochechas apresentavam uma composição arredondada e delicada, deixando-a com um aspecto um tanto inocente. No entanto, tal impressão errônea e precipitada era quebrada pelos olhos castanhos-claros, quase verdes, os quais demonstravam uma lucidez sagaz e audaciosa.

Seu rosto, sua postura e seus olhos destemidos possuíam uma beleza natural incontestável, mas para completar tudo isso havia seu cativante vestido que brilhava ainda mais ao lado das joias presas em um cordão e em um par de brincos. Tratava-se de uma peça rosa, num tom pálido ― quase apagado ―, composta por uma túnica esvoaçante com mangas soltas que engoliam suas delicadas mãos, e uma faixa adornada por pequenas jades na altura da cintura.

― Não precisa agradecer por tão pouco ― disse a mulher com uma voz divertida, escondendo leves traços de travessura. ― Eu sempre quis um pingente misterioso.

He! He! He! ― Xiao Ning exibiu outro sorriso de pouco arrependimento. ― Eu pensei que seria divertido dar um lance, mas não sabia que me deixariam ganhar.

― Você é tão impulsivo quanto o meu marido ― afirmou a estranha. ― Ele só não tinha um penteado tão... “selvagem” quanto o seu ― brincou. Sem se importar com limites, ela se aproximou e bagunçou os fios revoltos do preguiçoso que continuava sentado.

― Gostou? ― Ning não se importou com a demonstração de intimidade. ― Eu chamo de: acabei de acordar.

― Faz sentido! ― Os lábios da estranha se curvaram em um sorriso divertido.

Apesar das joias ostensivas que ela carregava, da postura serena e da elegância que destoava dos ordinários, não existia sequer um traço de arrogância em sua pessoa ― ao menos, nada que pudesse ser identificado nos primeiros momentos. Por causa disso, o Alquimista se sentiu muito à vontade ao seu lado. Entretanto, algo na atitude dos colegas chamou sua atenção.

Quando o choque inicial passou, Xiao Shui se jogou de joelhos no chão e colou a testa no piso. O mesmo se repetiu com Xu Xia, Chan e até mesmo o 5º Ancião Qiao, que deixaram seus assentos e se prostraram ― embora esse último não demonstrasse servidão igual aos jovens.

O fenômeno se repetiu no piso inferior. Aqueles que pertenciam ao Império Dourado se ajoelharam enquanto os estrangeiros se limitaram a inclinar a cabeça para frente.

A atmosfera do recinto foi tomada por solenidade e admiração. O leilão acabou sendo esquecido em segundo plano, fazendo com que as atenções de todos estivessem focadas em um só lugar.

― Afaste-se da imperatriz! ― Uma voz áspera e carregada de hostilidade surgiu de repente, mirando Ning como seu alvo. Naquele instante, um homem alto e robusto, dotado de um rosto severo e que carregava na cintura uma espada comprida e cuja lâmina se mostrava anormalmente larga, colocou-se entre a mulher e o garoto sentado de qualquer jeito.

Sua poderosa e hostil Energia Espiritual do Reino Monarca Místico assustou o grupo vindo da distante Cidade da Fronteira do Caos, que se encolheram diante da demonstração repentina de força. O único que assumiu uma postura desafiadora, pronto para interceptar o agressor, foi Xiao Qiao, que ergueu a cabeça e encarou o desconhecido.

Por outro lado, o acusado continuou sentado, sem dar muito valor para a ameaça do poderoso praticante. Aquilo irritou o Monarca, que fechou o cenho e se preparou para tomar uma atitude mais rigorosa.

Percebendo que algo dramático poderia acontecer, Xiao Shui, temerosa, decidiu fazer um apelo:

― Por favor, ajoelhe-se.

Contudo, antes que algo acontecesse, a imperatriz empurrou o mal-educado de lado, tirando-o da frente de seu caminho, e falou:

― Ye Hai, por favor, não seja tão chato! ― acusou com uma voz ríspida. ― Não precisam se ajoelhar ― falou em seguida, mirando o grupo acuado. ― Eu detesto essa “porcaria”.

As palavras nada elegantes espantaram Shui e os outros. Contudo, eles se sentiram aliviados por não precisarem ficar daquele jeito por muito tempo. E apesar de ainda estarem cautelosos, todos se levantaram de uma maneira rígida, como se temessem fazer movimentos bruscos.

― Então você é uma imperatriz? ― Ning não parecia estar muito impressionado.

― É o que dizem ― disse ela, dando pouco importância para o título. ― Tem alguém sentado aí? ― Apontou para a cadeira vazia ao lado do preguiçoso. ― Você parece ser uma companhia divertida.

― Pode sentar. Eu fico de pé. ― Xiao Shui, que ocupava o lugar até pouco tempo atrás, sentia-se tão nervosa por estar perto da figura ilustre que sequer lembrou da existência dos outros assentos vagos.

Ora! ― Parecendo surpresa, a imperatriz exclamou de repente enquanto colocava as duas mãos ao mesmo tempo no rosto. ― Mas que menina linda! Deixe-me ver seu rosto melhor. ― Ela se aproximou de Shui e, antes de receber uma resposta, passou as mexas azuis soltas do cabelo da garota para trás de suas orelhas, fazendo seu rosto ficar mais visível.

A filha mais nova do 9º Ancião dos Xiaos se sentiu bastante constrangida, porém não tentou afastar a mulher elegante. Suas bochechas coraram e seu corpo ficou rígido igual uma estátua. Podia sentir a outra estudando suas feições.

― Você é muito parecida com uma amiga minha. Tem os mesmos olhos expressivos e até as sobrancelhas finas nas pontas é parecida.

― Muito... obrigada ― agradeceu Shui, incerta de como deveria reagir.

A imperatriz continuou encarando profundamente a garota por alguns instantes. E foi apenas quando percebeu que estava criando uma situação desconfortável que ela soltou a menina e decidiu se sentar.

No entanto, assim que se acomodou, ela foi assaltada por outra visão peculiar. Entretanto, o alvo da vez foi Xiao Qiao:

― Nós já nos conhecemos? ― perguntou diretamente.

― Eu duvido! ― respondeu o 5º Ancião, que por algum motivo havia se tornado um tanto mais corajoso e ousado.

Hm... ― A imperatriz pensou por um segundo. ― Acho que esse cabelo grisalho me faz lembrar do meu pai ― exibiu um meio sorriso divertido.

No piso inferior, as pessoas não se prolongaram ao realizar o gesto sutil, porém simbólico, cumprimentando a figura ilustre que decidiu marcar presença no prestigiado evento. Os convidados logo voltaram a se sentar, preparando-se para o que seria a última relíquia.

E embora a recepção da bela mulher tenha sido, de certa forma, calorosa por parte do público, o mesmo não podia ser dito dos integrantes da Seita Ebúrnea.

Em momento algum Noah curvou sua cabeça ou prestou o mais singelo gesto de respeito. Ele ficou em pé, parado, esperando que os demais voltassem a se sentar. E quando enfim percebeu que poderia dar continuidade, falou:

― Pois bem. O último item antes de avançarmos para a etapa final é essa belíssima espada. ― Ele decidiu agir como se nada tivesse acontecido.

A arma apresentada pelo mestre da Casa das Relíquias Perdidas e que deveria ter sido o grande destaque da noite, era uma espada de tamanho médio e empunhadura única. O fio de corte possuía um brilho azulado peculiar, que o distinguia de um material metálico. Parecia ser feito de algum tipo de cerâmica.

E a despeito da delicadeza com que a bainha havia sido construída, o que de fato se destacava no artefato era o seu incrível poder. Como foi dito por nota, aquela era uma arma de nível Despertada, capaz de realizar feitos incríveis e se tornarem verdadeiros trunfos para as organizações.

Dizem que uma arma Despertada pode mudar o curso de uma guerra, mesmo nas mãos de alguém inexperiente. E por isso todos desejavam ter uma.

Por mais estranho que pareça, o artefato não exalava uma Energia Espiritual extraordinária, como era de se esperar. Na verdade, de longe, parecia apenas uma peça decorativa muito bonita. E a única coisa confirmando sua origem era a palavra do leiloeiro, assim como da Seita Ebúrnea.

E ainda assim, ninguém duvidou, por um segundo sequer, do poder daquela lâmina. Quando viram o item ser apresentado, muitos se comoveram e se prepararam para gastar cada moeda que haviam trazido.

O lance inicial foi de cento e setenta e cinco mil peças de ouro, com o objetivo de atingir pelo menos trezentos mil, mas esse valor foi superado em poucos instantes.

No piso superior, o clima era diferente. O grupo ainda estava tão impressionado com a aparição repentina que não conseguiram prestar a atenção em outra coisa. Embora uma Arma Espirituosa fosse algo nunca visto pela maioria ali presente, era como se o artigo sendo leiloado fosse apenas um item comum.

Como havia dito, a imperatriz se sentou ao lado de Ning e parecia se sentir bastante confortável, apesar dos olhares em choque do grupo que ainda continuava a encarando.

― E então ― o preguiçoso decidiu iniciar a conversa. ― Veio ver algo em particular no leilão? ― Era difícil não pensar no quanto ela estava atrasada.

Ah, espera um pouco. ― A bela se virou para trás e mirou o guarda-costas que se manteve próximo. ― Pode ir agora. Eu vou ficar bem.

― Você sabe que eu não posso fazer isso ― respondeu Ye Hai.

― Que pena! ― suspirou, revirando os olhos. Em seguida, ela voltou a olhar para Ning e falou: ― Eu ouvi dizer que hoje teria algo interessante no leilão e decidi vir checar se os boatos eram verdadeiros. Infelizmente foi um pouco difícil fugir do castelo.

― Imperatriz ― o guarda-costas voltou a se manifestar. ― Não diga coisas como essa, ou as pessoas terão uma impressão errada. Seja mais discreta. Já será difícil explicar ao imperador que você gastou uma quantia absurda apenas para ajudar um desconhecido.

― Ye Hai, meu querido ― disse ela com uma voz doce, mas que escondia leves traços de acidez. ― Você fala como se eu desse a mínima para qualquer uma dessas coisas. Ao invés de ficar aqui, por que não vai para casa ver sua esposa? Eu soube que ela estava bastante animada para encontrar aquele jovem rapaz da tropa de ataque. Se bem que, se não estou enganada, hoje é o dia que o carpinteiro imperial costuma fazer sua visita semanal.

As acusações implícitas da mulher deixaram o grupo bastante desconfortável, enquanto o próprio guarda-costas se mostrou muito constrangido. Ele encolheu os ombros, abaixou a cabeça e daquele ponto em diante não disse mais uma única palavra.

Demorou alguns instantes para o clima desconfortável passar. Era como se algo imoral tivesse sido revelado e ninguém sabia ao certo a maneira correta de contornar a situação. E foi a própria imperatriz que tomou a iniciativa para mudar a situação.

― Eu ouvi dizer que hoje eles iriam vender um filhote de cachorro, é verdade?

― Na verdade, eles já venderam ― respondeu Shui, que de alguma forma conseguiu ignorar o fato de uma arma de nível Despertar estar sendo vendida. Para ela, aquela mulher à sua frente era muito mais fascinante.

Ah, não brinca!? ― resmungou. ― E eu perdi? Eu nunca vi um. Como ele era?

― Tinha duas orelhonas que tocavam o chão e era igual um bicho de pelúcia vivo. ― Xu Xia ficou animada e decidiu participar da conversa. Quando pensava que tinha conhecido a mulher mais poderosa do império, sentia-se privilegiada, afinal foram poucos os que tiveram a sorte de se encontrar com a Santa Mística. E agora que estava de frente para outra figura tão importante, sentia que o coração poderia saltar do peito a qualquer instante.

― Quem foi que comprou?

― A mãe daquela garotinha ali ― Shui apontou para um grupo no piso inferior.

― Que menina sortuda ― disse a bela mulher, esticando-se na ponta da cadeira para ver a criança. ― Dá até um pouco de inveja.

― Parece difícil a imperatriz ter inveja de uma criança. ― Xiao Shui achou essa hipótese ridícula e por isso exibiu um sorriso brincalhão.

Mas a postura da renomada figura não era de alguém que estava brincando.

― Veja bem ― começou. ― Aquela criança tem o tipo mais puro de inocência. Quando comete erros, seus pais a perdoam. Sempre vai haver alguém pronto para ajudá-la. E... ela possui uma liberdade invejável ― soltou um suspiro melancólico. ― Além do mais, ela agora tem um cãozinho. O melhor animal de estimação do mundo.

As garotas estavam em pleno acordo quanto a última afirmação. Xu Xia e Shui ainda suspiravam quando lembravam da fofura do animal. Era uma verdadeira lástima não terem tido a oportunidade de acariciar seus pelos macios.

No entanto, enquanto as meninas se lembravam com amargura da oportunidade perdida, Chan decidiu trazer um assunto que para ele ainda soava um tanto cômico.

― O vovô ali falou que prefere uma galinha de estimação.

― “Vovô”? ― A imperatriz franziu a testa e olhou para o garoto ao seu lado com estranheza. ― Bem, até que faz sentido ― disse após pensar por um segundo. E sua declaração acabou surpreendendo os jovens. ― Se um monstro aparecer, você pode correr sem medo que ela não vai ficar para trás para lutar. E sempre vai ter café da manhã fresco.

― Isso... isso foi o mesmo que ele falou. ― Xiao Shui estava impressionada. Não esperava que haveria concordância entre os dois.

Ah! E um ganso de estimação? ― A bela mulher soltou um grunhido repentino conforme deixava seus pensamentos transparecerem. ― Esse sim seria um animal de estimação feroz. Vocês já tentaram se aproximar de algum em um lago? Eles vão direto nos olhos. Criaturas diabólicas.

Ahaha! Eu falei. ― Ning gargalhou alto ao ver que sua teoria de antes estava sendo apoiada.

Em contrapartida, a resposta da imperatriz surpreendeu Chan e as garotas de tal maneira que por alguns segundos todos ficaram olhando para a dupla improvável enquanto os dois riam e concordavam.

― São iguaizinhos! ― comentou Xu Xia.

― Vocês deveriam acreditar mais em mim, quando digo algo ― vangloriou-se o preguiçoso, agindo como se tivesse conquistado uma vitória importante. ― A propósito ― olhou para o lado, mirando a elegante mulher ao seu lado ―, qual é o seu nome?

Neste momento, o sorriso divertido desapareceu do rosto da imperatriz, que abaixou a cabeça e olhou para o chão. Ela não parecia estar incomodada pela falta de reconhecimento. Outra coisa perturbou seus pensamentos a ponto de fazer as linhas expressivas em seu rosto se tornarem mais evidentes. Era quase como se não quisesse falar o próprio nome.

Não apenas Ning reparou na estranha atitude da mulher. As garotas, que esperavam expectantes a revelação, ao ver que a outra havia ficado desconfortável, mudaram o foco de seus olhares com certo constrangimento. O Ancião Qiao, o único a manter uma postura alerta desde a chegada da dupla, experimentou certo embaraço e encolheu os ombros.

Os únicos que continuaram esperando pela resposta foram Ning e Chan. Aquilo permitiu que o clima desconfortável se prolongasse por mais tempo do que deveria. Até que Ye Hai se viu obrigado a assumir a liderança e responder à pergunta simples.

― Seu nome é Ye Nuwa ― afirmou enquanto lançava um olhar de censura para a mulher.

― A segunda imperatriz! ― Xiao Shui reconheceu o nome com grande espanto, de modo que sequer percebeu a desagradável reação que suas palavras causaram. ― Você veio para tentar comprar o filhote?

Ye Nuwa demorou alguns instantes para responder. Parecia até que a sucessão de perguntas, apesar de tão simples, havia lhe causado grande desconforto. Mas quando percebeu a própria atitude, ela esboçou um leve sorriso fraco e falou:

― Na verdade, não. Eu vim aqui por outro motivo ainda mais interessante. ― E a despeito de ter respondido, ela agia como se desejasse evitar outras indagações. Por isso, numa tentativa de mudar o rumo da conversa, a imperatriz olhou para o lado, mirando o garoto sentado de maneira relaxada, e acrescentou: ― Falando nisso, você também não me disse o seu nome. Nenhum de vocês falou.

Ah, mas é muito justo, já que agora sabemos quem você é. ― O Alquimista se empolgou com a sugestão e estava pronto para falar. ― Meu nome é...

― Vendido!

Porém, antes que Ning terminasse, a poderosa e ressonante voz de Noah ecoou pelo quinquagésimo sétimo andar, fazendo com que as atenções de todos se voltassem para o palco.

 


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Marcelo Kuchar

Emily Silva

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