Volume 9

Capítulo 9: E Assim os Dois se Encararam

Com a agitação da abertura dos presentes no escritório do comitê disciplinar finalmente encerrada, Masachika e Alisa estavam agora ocupados com tarefas administrativas no escritório do conselho estudantil.

Prez, terminei de revisar esse lote.

Ah, ótimo. Tudo bem, pode deixar aí. Eu dou uma olhada depois.

Feito.

Além da dupla, a única outra pessoa presente na sala era Touya. Chisaki ainda estava envolvida com alguns "assuntos" relacionados ao clube de artesanato, Yuki havia tirado o dia de folga e Ayano tinha ido para casa cuidar dela. Maria estava em uma reunião com o clube de radiodifusão, o que resultava numa formação de grupo bem incomum.

Hm? Kuze, pode me dar um momento? — perguntou Touya de repente.

Hã? Eu cometi algum erro? — Masachika perguntou, levantando os olhos.

Booooom~, sim. Bem aqui…

Ah, tem razão! Cometi mesmo. Foi mal por isso!

É, imaginei. Mas até que é raro vindo de você, Kuze.

Verdade, desculpa mesmo. Já vou corrigir...

Enquanto Masachika voltava para seu assento com os documentos em mãos, Alisa lançou um olhar ligeiramente preocupado em sua direção. Ele respondeu com um leve sorriso. Então Touya voltou a falar, observando os dois.

Não precisam se apressar, tá bem? Na verdade, que tal pararmos por hoje? Irmãzinha Kujou, você também tá de boa em deixar o resto pra amanhã, né?

Ah, sim. Claro.

Beleza, então agora só falta esperar a irmã mais velha Kujou voltar, e a gente pode ir embora — explicou Touya, pegando sua xícara de chá enquanto se sentava de frente para Masachika.

Olhando para Masachika e Alisa, ele falou num tom descontraído, como quem engata uma conversa casual.

E então? Vocês dois parecem meio avoados hoje. Aconteceu alguma coisa?

Ao ouvirem isso, Masachika e Alisa congelaram ao mesmo tempo. Trocaram um olhar rápido, e ao perceber a expressão ligeiramente perturbada de Alisa, Masachika assentiu de forma vaga, respondendo por ela.

É… Mais ou menos.

Entendo... Bom, se não se importarem, podem falar. Quero agir como um presidente decente de vez em quando, sabe?

Ouvir os problemas dos outros estudantes é o que faz de você um "presidente decente"...?

É, ué? Hmmm... Bom, digamos que é o clima que importa! — Touya riu do comentário de Masachika, afastando qualquer preocupação com os detalhes. Provavelmente estava inspirado por alguma imagem idealizada de um presidente de conselho estudantil. Suavizando a expressão, voltou a falar.

Sabe, tem coisas que a gente não consegue conversar com a família ou com amigos do mesmo ano, né? Olha, não tô querendo me intrometer, mas se tiverem algo para dizer, podem contar comigo.

Diante do olhar de Touya, que transbordava preocupação genuína, Masachika trocou mais um olhar com Alisa.

Então a Alya tá com algo na cabeça... Provavelmente é culpa minha, né?

Ele tinha uma vaga ideia do que poderia estar incomodando-a, mas não tinha certeza. E, julgando pela expressão dela, não parecia nem um pouco disposta a falar sobre isso ali e agora.

Alguém disposto a ouvir seus problemas, né...?

Para Masachika, falar sobre seus próprios problemas não era exatamente um obstáculo. Afinal, Alisa já sabia o que o preocupava agora, então não haveria problema em discutir isso ali. A questão era como abordar o assunto.

Não posso simplesmente dizer algo como "Eu não quero ser herdeiro nem diplomata, mas será que é certo eu tirar a posição de sucessor da família Suou da Yuki?" Isso não é algo que dá pra falar assim, com todas as letras...

Mordendo o lábio enquanto pensava em como lidar com esse dilema, Masachika abriu a boca lentamente.

Isso pode parecer uma pergunta meio rude, mas…

Oh? O que foi?

Prez... É que... Você não quis ser presidente do conselho estudantil exatamente por querer o cargo, certo? Você só se candidatou para chamar a atenção da Sarashina-senpai, não foi?

Hm? Bom... Foi exatamente isso, sim — respondeu Touya, olhando levemente para cima.

Não tô te acusando nem nada, mas... — Masachika esclareceu, embora tenha parado por um instante antes de continuar. — Mas você já se sentiu... Culpado? Tipo, por ter tirado o cargo de outros candidatos que realmente queriam ser presidentes do conselho estudantil?

Hmm.

Diante da pergunta de Masachika, Touya cruzou os braços lentamente e se recostou na cadeira, arqueando uma sobrancelha.

Agora que você falou... A gente não teve uma conversa parecida com essa quando você entrou no conselho? Ou talvez até antes disso? Sobre se seus motivos para entrar eram puros ou não.

Ah... É, teve sim. A Masha-san tava lá também.

Isso... É mesmo. Bom, quanto a me sentir culpado... hmm... — Touya inclinou a cabeça e pensou por um tempo antes de sorrir de lado. — Sinceramente? Nem tive tempo pra pensar nisso quando fui eleito. Tava tão cheio de um sentimento de conquista e alegria... Na real, antes mesmo disso, eu só tava correndo atrás feito um doido... Nem pensei direito nos outros candidatos.

Aaaah, entendi.

Mas te entendo, Kuze. Se tornar presidente do conselho — ou melhor, entrar no Raikokai — é algo pelo qual muita gente deve apostar tudo. Então é claro que, em algum momento, pensei nisso... Sobre como fui eu quem conseguiu no final, mesmo sem estar tão interessado em fazer parte do Raikokai desde o início.

Ao ouvir isso, Alisa, que estava sentada ao lado de Masachika, arqueou levemente as sobrancelhas e endireitou a postura. No entanto, Touya não pareceu notar e continuou falando.

Pra ser sincero, virar presidente... Nunca foi meu verdadeiro objetivo. Eu só queria que a Chisaki me notasse, só isso... Não, pera... acho que nem é isso exatamente — explicou Touya, olhando para o teto com os olhos semicerrados, como se refletisse sobre si mesmo. — O antigo eu... Tava sempre buscando uma chance de mudar. Minha cabeça tava cheia de inseguranças; eu nem conseguia gostar de mim mesmo. Detestava essa parte de mim, e queria mudar isso fazia tempo. Então, pra mim, o que deu início a tudo foi meu sentimento pela Chisaki.

Diante de palavras tão sinceras, Masachika e Alisa arregalaram os olhos, surpresos.

Pensando bem... Acho que nunca acreditei de verdade que esse amor fosse se concretizar... Mas eu precisava desesperadamente de um motivo pra mudar. Então, mesmo sabendo que era um ato impulsivo de amor, agarrei a oportunidade. E foi por isso que me declarei para Chisaki logo depois de conhecê-la — para não deixar espaço pra fugir.

Eh? Prez, você fez isso mesmo?

Uhum. E, naquela época, acho que fui direto para a sala do conselho estudantil me inscrever? Bem, isso também foi porque a Chisaki fez disso uma condição... Haha, ainda lembro de como minhas mãos e pernas não paravam de tremer no caminho de volta pra casa. Isso é algo que eu nunca, jamais vou esquecer — disse Touya, rindo nostalgicamente do passado, antes de continuar com um sorriso no rosto: — Mas, graças a isso, eu realmente não tinha mais como fugir... Daquele ponto em diante, tudo o que podia fazer era seguir em frente. Olhar para trás só me faria querer desistir, e olhar ao redor me faria sentir como se todos estivessem zombando de mim.

E o que ele dizia era verdade. Touya havia se erguido por conta própria e começado a correr. Claro, ele teve o apoio do antigo presidente e vice-presidente do conselho estudantil, mas não era difícil acreditar que, mais do que o normal, olhares estranhos e zombarias foram lançados em sua direção.

E conforme continuei avançando, aos poucos, comecei a mudar... Fiquei muito feliz quando meus esforços me levaram a ser eleito. Mas, mais do que isso, minha verdadeira felicidade foi sentir que finalmente podia gostar de mim mesmo. Claro, não vou dizer que não sinto nenhuma culpa por ter sido eleito por motivos tão egoístas. É só que... Ganhei tanto com isso que a culpa não importa mais.

Com uma expressão absolutamente radiante e orgulhosa, Touya sorriu para Masachika e Alisa.

No mínimo... Não ter concorrido por causa daquela culpa teria significado perder a chance de mudar quem eu sou. Eu ainda seria aquele mesmo cara de antes... Alguém que se odiava. É por isso que me candidatar e ser eleito presidente é algo de que não me arrependo. Na verdade, tenho orgulho da pessoa em que me tornei por causa disso — explicou com um sorriso confiante, encarando diretamente Masachika. — Kuze, não sei exatamente com o que você está lutando agora. Mas, do meu ponto de vista, você tende a ser... Cuidadoso demais com os outros ao seu redor. Sem dúvida, isso é uma virtude, mas se isso te impede de fazer o que você quer fazer? Bem, então o único que vai se arrepender é você. E as pessoas por quem você está se sacrificando? Elas não vão assumir nenhuma responsabilidade pela sua inação.

Os olhos de Masachika se arregalaram instintivamente com as palavras firmes, porém gentis, de Touya. Vendo sua expressão, Touya continuou suavemente.

Quero dizer, tá tudo bem, né? Esquecer um pouco se você tá incomodando alguém e correr por si mesmo de vez em quando. Em vez de andar em círculos preocupado com arrependimentos futuros, tente correr em direção ao futuro com esperança. Talvez você acabe criando um futuro sem arrependimentos.

Após dizer isso, Touya abriu um sorriso travesso.

Bem, mesmo que ninguém vá assumir responsabilidade se você se impedir, dessa vez eu assumo um pouco, já que fui eu quem te deu esse empurrãozinho. Se acabar se arrependendo por ter me escutado, pelo menos escuto as suas reclamações.

Só escutar minhas reclamações? É só isso que vai fazer, é?

Eu não sou reconfortante?

Uau, suuuuuper reconfortante — ironizou Masachika num tom plano, sem emoção, enquanto exibia um sorriso cansado.

Depois de trocar sorrisos com Touya, ele rapidamente se recompôs e fez uma reverência profunda.

Muito obrigado, Presidente... Isso foi realmente útil e encorajador.

Muito obrigada. Foi uma história realmente inspiradora — acrescentou Alisa.

Ah, é mesmo? Fico feliz em ouvir isso.

Touya sorriu com gentileza enquanto os dois calouros se curvavam educadamente para ele. Nesse momento, uma batida soou na porta, e o professor responsável pelos alunos do segundo ano espiou para dentro.

Kenzaki-kun, posso te atrapalhar por um instante?

Ah, claro. O que foi?

Chamado pelo professor, Touya deixou a sala. O ambiente se encheu de um silêncio profundo. Após um breve momento, Alisa falou suavemente.

Então... Mesmo sem um grande motivo, querer ser eleita presidente do conselho estudantil só por si mesma... Está tudo bem.

É, parece que sim — concordou Masachika com um aceno.

Seus olhos se encontraram, e trocaram sorrisos silenciosos.

Parece que suas dúvidas se dissiparam.

O mesmo vale pra você, né, Alya?

Sim — respondeu Alisa com uma risadinha, antes de encarar à frente com um olhar determinado.

Eu quero me tornar presidente do conselho estudantil não por ninguém mais, mas por mim mesma — declarou, devagar e com clareza, como se reafirmasse seus próprios sentimentos. — Eu não quero entrar para o Raikokai. Não há nenhuma razão pela qual eu preciso ser presidente do conselho estudantil. E não é como se houvesse algo específico que eu queira realizar como presidente — continuou, explicando algo que agora entendia com clareza. — Mas nada disso importa. Estou me candidatando porque é algo necessário para a minha vida. Eu não vou entregar esse cargo para a Yuki-san, nem para você.

Não havia um pingo de hesitação ou dúvida em sua voz. Observando seu perfil iluminado por tamanha determinação, Masachika se sentiu um pouco deslumbrado. Então encarou à frente e falou.

Eu... Quero voltar a ser o herdeiro da família Suou para mudar a mim mesmo.

Ele sentiu o olhar de Alisa sobre si, mas não se virou para ela. Em vez disso, continuou falando com sinceridade, confrontando seus próprios pensamentos.

Sim, também é para libertar a Yuki, mas, mais do que isso, é por mim mesmo. Quero recuperar meu orgulho e voltar a gostar de quem eu sou... — explicou, fazendo uma breve pausa antes de declarar com convicção: — Vou recuperar a posição de herdeiro da Yuki.

Um silêncio pesado tomou conta da sala do conselho estudantil. O peso de suas declarações pairava no ar e, uma vez que aquele silêncio persistente finalmente dissipou-se, Alisa falou.

O caminho já está traçado agora, não é?

É.

Inicialmente concordando com um aceno, Masachika então inclinou a cabeça de forma incerta.

Não, mas, sabe…

Hm? O que foi?

Ah, não, é só que... — respondeu Masachika, hesitando por um momento. Em seguida, soltou um suspiro resignado, pensando que não adiantava tentar escapar.

Só estou pensando em como vou convencer o vovô... Digo, tomar essa decisão é ótimo e tudo, mas ele já disse que não vai reconhecer minha eleição como vice-presidente... — explicou, coçando a cabeça em frustração.

Diante disso, Alisa falou lentamente.

Se convencê-lo com lógica está fora de questão... Então talvez seja hora de ser honesto com ele.

Hã?

Se a lógica não funciona, você vai ter que enfrentá-lo com o coração... Como o Presidente disse mais cedo, se você for totalmente honesto, talvez ele entenda, não é...?

Sério? Hmmm...

Contorcendo o corpo inteiro, Masachika expressou em voz alta suas dúvidas diante da frágil esperança de Alisa. Mas, naquele momento, as palavras de Kyotarou, ditas alguns dias antes, surgiram em sua mente.

"Seu avô não é totalmente desprovido de amor pela família, sabia? Ele só pensa na gente do jeito dele."

…Mas será mesmo? Se houver sequer uma fagulha de esperança, será que vale a pena tentar…?

Mesmo o chefe da família Suou, famoso por sua frieza, talvez ainda tivesse sentimentos pela família. Talvez, só talvez, palavras sinceras de um familiar pudessem alcançá-lo e tocá-lo.

Afinal, não tem outro jeito, né?

Não havia como Masachika, limitado em suas habilidades de persuasão, conseguir lidar com o astuto avô apenas com palavras. Então talvez, apelar para o coração dele como último recurso pudesse realmente funcionar.

Certo. Vou tentar ter uma conversa de coração com ele — declarou Masachika, determinado.

Tendo tomado sua decisão, endireitou a postura. Mas, quase imediatamente, sua expressão escureceu um pouco.

Uma conversa de coração pra coração, é isso…?

Repetindo mentalmente suas próprias palavras, Masachika abaixou o olhar em silêncio. Uma conversa de coração pra coração… ou seja, falar sinceramente, de alma aberta. Para isso, ele precisaria primeiro entender seus próprios sentimentos.

Teria que mergulhar fundo na própria mente e descobrir sentimentos verdadeiros que nem ele mesmo havia percebido. Esse seria o primeiro passo.

Meus sentimentos verdadeiros… Minhas emoções reais…

Enquanto refletia com a cabeça baixa, palavras inesperadas de Alisa chegaram repentinamente aos seus ouvidos.

É claro que eu vou com você.

Hããã?!

Em resposta, Masachika soltou um som estranho e virou-se rapidamente para encará-la. Apesar disso, Alisa continuou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Você mesmo disse, não disse? Essa é nossa campanha eleitoral.

É, eu sei, mas…

Além disso… — disse Alisa, desviando o olhar e mexendo no cabelo, visivelmente envergonhada — eu te disse, não disse? Que estaria ao seu lado para te apoiar…

Diante das palavras dela e do jeito tímido, Masachika piscou algumas vezes antes de esboçar um sorriso um pouco constrangido.

Fico envergonhado também quando você fica toda sem graça, sabia?

C-Cala a boca. Foi você quem começou com isso.

Pois é, e é justamente por isso que fico ainda mais envergonhado, entende?

No sentido de "meu passado vergonhoso" mesmo.

Masachika estremeceu levemente ao concluir o pensamento em sua mente. Em seguida, voltando o olhar para frente, começou a refletir.

Ainda assim, mesmo se abrirmos totalmente o coração… Será que aquele velho vai ceder?

Ele havia concordado com a sugestão de Alisa porque não conseguia pensar em nenhuma outra alternativa, mas a ideia de que isso seria o suficiente para mover o inabalável Gensei…? Para ser honesto, parecia apenas otimismo da Alisa, que não conhecia o quão teimoso o avô de Masachika podia ser.

Humm…

Ele precisava de algo a mais para garantir. Convencer o avô não daria certo apenas com sentimentos verdadeiros. Enquanto Masachika resmungava, perdido em pensamentos, ouviu-se uma batida na porta, seguida da entrada de Chisaki.

Bom trabalho~! …Hã? Cadê o Touya?

Ela os cumprimentou animadamente, olhando ao redor da sala, confusa.

Ah, igualmente; bom trabalho pra você também. O presidente saiu faz um tempinho. Foi chamado por um professor, acho.

É mesmo? Hmm, por pouco, então~ — disse Chisaki, inclinando a cabeça.

Sentando-se na cadeira onde Touya estivera até instantes atrás, ela então fez uma pergunta a Masachika:

E aí, o que houve? Ouvi você resmungando agora há pouco.

Você ouviu? Pela porta?

Hm? Ouvi.

Certo.

Decidindo aceitar em vez de se aprofundar nisso, Masachika observou enquanto Chisaki respondia com naturalidade. Olha, o isolamento acústico da sala do conselho estudantil era bem bom, e ele nem lembrava de ter resmungado alto… Mas, bem, estamos falando da Chisaki, então é melhor não questionar muito.

Enfim… Tem uma pessoa muito teimosa que quero convencer, mas por mais que eu tente argumentar logicamente, parece que não vai funcionar… Só tô um pouco travado, só isso — explicou Masachika, com um tom resignado, fazendo Chisaki arquear uma sobrancelha.

Se lógica não tá funcionando, então só resta usar força bruta — respondeu ela casualmente.

Que abordagem mais cabeça-dura.

Enquanto Masachika soltava uma de suas piadinhas com o olhar distante, um estalo de inspiração o atingiu. Seus olhos se arregalaram, e ele levou lentamente uma mão à boca.

Kuze-kun?

Espera um pouco, Sarashina-senpai… Isso pode realmente funcionar.

Hã? Sério?

Masachika-kun!?

Ignorando o olhar obviamente surpreso de Chisaki e o choque estampado no rosto de Alisa, Masachika mergulhou fundo em seus pensamentos. Com um senso de convicção, começou a materializar um plano.

Pouco depois, Masachika marcou uma reunião com Gensei por meio de Ayano. Recebeu uma resposta apenas duas horas depois, confirmando que o encontro ocorreria mais cedo do que o esperado — logo após as aulas do dia seguinte.

⋆⋅☆⋅⋆

 

No dia seguinte, Masachika e Alisa, acompanhados por Ayano, foram levados até a mansão da família Suou em um carro da própria família. Durante o trajeto, Masachika se dirigiu a Ayano, que estava no banco do passageiro.

Ei, Ayano.

Sim, o que foi?

Faz um tempo… Mas você me perguntou por que decidi concorrer ao conselho estudantil com a Alya, lembra?

Sim, de fato perguntei.

Você contou isso pro vovô?

Sim, contei.

Entendo. Então tudo bem.

Masachika percebeu o olhar questionador de Ayano através do retrovisor. No entanto, ele não se deu ao trabalho de comentar, preferindo focar na revisão do plano.

Logo, chegaram à mansão Suou. Após descerem do carro, foram prontamente conduzidos ao escritório de Gensei por Natsu, que os recebeu com elegância. Lá, Masachika e Alisa reencontraram Gensei pela primeira vez em alguns dias.

Obrigado por…

Masachika estava prestes a agradecer por terem sido recebidos tão rapidamente, mas Gensei ergueu a mão para interrompê-lo.

Poupe-me das gentilezas desnecessárias. Também vou pular essa parte. Então, o que você quer? — falou em um tom frio.

Diante da ordem direta, Masachika respirou fundo enquanto se aproximava de Gensei, que estava sentado atrás da escrivaninha. Deixando de lado qualquer fachada ou encenação, ele encarou o avô sendo completamente honesto.

Vim esclarecer algo... E pedir desculpas.

Esclarecer algo?

Encarando diretamente o olhar levemente desconfiado de Gensei, Masachika continuou.

Quando Ayano me perguntou por que eu estava concorrendo ao conselho estudantil com outra pessoa que não fosse a Yuki, eu disse que isso não tinha nada a ver com ela ou com a família Suou — começou a explicar, fazendo uma pausa apenas para observar a reação de Gensei.

Não notou qualquer mudança em sua expressão. Parecia que Ayano havia transmitido sua versão corretamente, como prometido. Convicto disso, Masachika prosseguiu.

Aquilo foi uma mentira. Metade do motivo pelo qual escolhi concorrer com outra pessoa foi, na verdade, para impedir que a Yuki se tornasse presidente do conselho estudantil.

A verdadeira motivação de Masachika era algo que ele mesmo se perguntava repetidamente desde que decidira concorrer ao lado de Alisa.

Por que escolheu concorrer com ela? Na verdade, antes mesmo disso—

Por que não concorreu novamente ao lado da Yuki no ensino médio?

Talvez fosse pela culpa que carregava por ter deixado de lado outros candidatos para ser eleito no fundamental? Com certeza, isso fazia parte. Ainda assim, o peso de sobrecarregar Yuki com as responsabilidades de ser a herdeira da família Suou deveria ser ainda maior.

Mesmo assim, por que ele insistia em não cooperar com Yuki e evitava concorrer ao lado dela? Era uma pergunta que fizera a si mesmo inúmeras vezes, e a resposta a que finalmente chegou era extremamente simples.

Eu não queria que a Yuki se tornasse presidente do conselho estudantil.

Esse era o verdadeiro motivo de Masachika — algo de que nem ele mesmo tinha plena consciência.

A Yuki se tornando presidente... Significaria, inevitavelmente, que ela ingressaria na Raikokai e, como membro da família Suou, cumpriria seus deveres de vida. Consigo ver esse futuro claramente.

E era justamente esse futuro que ele não queria tornar realidade. Pelo menos, não queria ser o catalisador que o consolidaria.

Ele não conseguia retornar à família Suou, mas também não conseguia ajudar sua irmã a realizar o desejo de se dedicar a ela. Assim, no fim, escolheu nenhum dos dois caminhos e se manteve como mero espectador à margem dos acontecimentos.

Ajudar Yuki na eleição do fundamental aliviou um pouco a culpa que sentia por ela. E, ao não ajudá-la na eleição do ensino médio, evitava a culpa de contribuir para aquele futuro. Foi um ato egoísta e covarde do começo ao fim.

Eu... Não queria presenciar um futuro onde a Yuki perdesse sua liberdade, sendo amarrada aos deveres desta família. Mais do que isso, eu queria ver um futuro onde Alya — não, onde Alisa Kujou — pudesse realizar seus sonhos.

Foi por isso que decidi concorrer ao lado dela.

......

Gensei observou atentamente o coração que Masachika havia exposto, com um olhar indecifrável. Então, lentamente, voltou o olhar para Alisa.

E o futuro dessa jovem lhe parece tão atraente assim? A ponto de despertar seu coração — um coração que já estava tão frágil? — murmurou, como se buscasse confirmar a veracidade das palavras de Masachika. — Alisa Mikhailovna Kujou, não é? Por que você quer se tornar presidente do conselho estudantil?

Diante da pergunta, Alisa deu um passo à frente, posicionando-se com orgulho ao lado de Masachika.

Porque eu quero. Simplesmente porque eu quero, vou me tornar presidente. Se existe um lugar para alcançar, é lá que vou mirar. É assim que eu vivo minha vida — declarou com confiança.

Palavras que, em outro tempo, carregavam um toque de falsidade.

Mas agora, sem qualquer vergonha ou hesitação, Alisa admitia. Seu motivo para almejar a presidência do conselho estudantil era nada mais que um sonho egoísta.

Até o topo — é lá que eu quero estar. Continuarei avançando com dedicação em direção à melhor versão de mim mesma. E, para seguir por esse caminho, quero me tornar presidente do conselho estudantil.

Almejar o topo não era tudo na vida. Isso era verdade. Havia inúmeras outras formas de viver neste mundo, e nenhuma delas estava certa ou errada. Alisa sabia disso agora. Foi algo que o garoto ao seu lado a ensinou.

Mas ainda assim. Mesmo sabendo que existiam outras maneiras de viver, Alisa continuava obstinada em mirar o topo. Ela simplesmente não conseguia evitar ser assim. Porque, no fim, essa é quem Alisa Mikhailovna Kujou é.

Masachika olhou para Alisa — que expressava com clareza seus sentimentos em palavras e ações — e sorriu. Seus olhos estavam cheios apenas de admiração, sem nenhum traço de autodepreciação — um sentimento leve e renovador de alegria.

Como pode ver... Alya é esse tipo de pessoa. Depois de vê-la tão direta e brilhante assim... Acabei querendo correr atrás desse sonho junto com ela — explicou Masachika com um sorriso. Sua expressão então ficou séria novamente, e ele voltou a se dirigir a Gensei. — Quero apoiar o sonho da Alya e, ao mesmo tempo, libertar a Yuki. Em vez desse futuro fechado, onde ela é forçada a se tornar diplomata e chefe da família Suou, quero dar a ela um futuro cheio de possibilidades infinitas. E sim, embora eu diga que seja pelo bem da Yuki, no fim das contas, admito que é por mim. Para recuperar meu orgulho, tomarei dela a posição de herdeira.

Diante da declaração de Masachika, Gensei respondeu com um olhar frio e inalterado.

E? Está me pedindo para aliviar as condições? Para permitir que volte à família Suou, mesmo sendo eleito apenas como vice-presidente do conselho estudantil?

Seu olhar praticamente dizia: Você realmente acha que eu aceitaria isso? Masachika balançou a cabeça com firmeza.

Não. Não vim aqui para negociar nada disso. Não te disse? Vim apenas para esclarecer as coisas e me desculpar.

E, como forma de pedido de desculpas, Masachika entregou sua declaração de guerra.

Vim me desculpar antecipadamente por quebrar a promessa que fiz a você — a promessa de nunca me declarar como irmão da Yuki.

Masachika curvou a cabeça, e as sobrancelhas de Gensei se contraíram visivelmente, formando uma ruga profunda em sua testa. Encarando diretamente os olhos severos e agora bem claros do avô, Masachika fez seu anúncio.

Durante o discurso de encerramento do segundo semestre, vou anunciar publicamente para todo o corpo estudantil que sou o verdadeiro irmão da Yuki. Também declararei que pretendo tirar dela a posição de herdeira da família Suou.

Diante dessas palavras, o ar ao redor de Gensei ficou ainda mais intenso. Ele encarou Masachika como se tentasse perfurar seu rosto com o olhar, e então perguntou, com uma voz contida como um vulcão prestes a entrar em erupção.

Você acha mesmo que vou permitir que um assunto interno da família seja exposto ao público?

Apesar da aura ameaçadora do olhar de Gensei, Masachika não recuou e continuou a encará-lo de frente.

Não estou pedindo sua permissão. O que a Yuki quer também não importa aqui. Independentemente do que vocês dois desejem, farei o que for preciso para retomar a posição de herdeiro da família Suou. Vou fazer com que todo o corpo estudantil do Colégio Seirei, e a própria Raikokai, reconheçam que eu sou o verdadeiro herdeiro da família Suou, criando uma situação em que você não terá escolha a não ser me reconhecer.

Foi uma declaração arrogante e ousada.

Em resposta, Gensei estreitou levemente os olhos. Baixando um pouco a cabeça, fechou os olhos. Após alguns segundos de silêncio, soltou um suspiro, dissipando a atmosfera incandescente ao redor.

Então, com o olhar agora mais ameno, voltou-se para Alisa e falou com uma voz quase tranquila.

Obrigado por ter vindo hoje, Kujou-san. Mas preciso pedir que se retire por um momento.

— A-Ah, hã...

Surpresa com a gentileza inesperada e o pedido direto de Gensei, Alisa olhou instintivamente para Masachika, claramente confusa. Masachika, apesar de também estar um pouco atônito, apenas assentiu com a cabeça.

Pode ir.

Ce-certo... Entendido. Com licença, então — disse Alisa, curvando-se levemente para Gensei.

Assim que se virou e estava prestes a sair, Gensei a chamou repentinamente, como se tivesse se lembrado de algo.

Ah, é verdade. Kujou-san, posso te fazer uma pergunta?

E-Eh, sim?

Alisa se virou novamente para encarar Gensei quando ele lhe fez uma pergunta.

Qual é o nome da sua mãe?

Hm? …Akemi. "Ak" de manhã e "emi" de oceano.

(N/SLAG: O nome da mãe da Alya é escrito com "暁海" (que soaria como "Akatsukiumi" literalmente) em kanji, mas é pronunciado como "あけみ" (Akemi). "暁" (akatsuki) significa "manhã" ou "aurora," enquanto "海" (umi) significa "oceano," o que faz com que seu nome signifique literalmente "oceano da manhã.")

Entendo.

A pergunta foi abrupta, e após responder, Alisa inclinou a cabeça em confusão.

Hum, você conhece minha mãe?

Um pouco. Nada significativo. Desculpe por interrompê-la.

Ah, de jeito nenhum… Bem, então, com licença.

Sentindo que Gensei provavelmente não daria mais explicações, Alisa fez uma reverência e saiu do escritório. Agora, apenas avô e neto permaneciam. Um silêncio forte envolveu o ambiente, quebrado por Gensei após um breve momento.

Aquela garota influenciou a mudança em você? — perguntou ele.

Era uma pergunta com intenções pouco claras, o que fez Masachika ficar um pouco cauteloso. Mesmo assim, depois de refletir por um momento, respondeu deliberadamente.

Ela é a maior razão... Mas não é a única. Há muitas outras pessoas que conheci desde que saí dessa família que também me influenciaram.

Entendo — murmurou Gensei, assentindo profundamente antes de olhar para Masachika e falar novamente. — Muito bem. Vou permitir que volte para a família Suou, mesmo que seja eleito apenas vice-presidente, mas somente se aquela garota for sua parceira. Em troca, você deve parar com seus planos de se declarar publicamente como irmão da Yuki, ainda mais disputando a posição de herdeiro.

Surpreso com o compromisso e comando repentino, Masachika sentiu instintivamente uma onda de relutância dentro de si.

Isso é—

Idiota. Você pretende expor não apenas a si mesmo, mas também a Yuki aos olhos curiosos?

Gh!

Essas palavras acertaram em cheio. Qualquer resposta de repúdio que Masachika tivesse formado reflexivamente em sua cabeça foi imediatamente esmagada, e ele engoliu as palavras com um suspiro frustrado. Vendo a reação do neto, Gensei o olhou com um olhar reservado para alguém inexperiente, deixando escapar um suspiro.

Você está namorando aquela garota? — perguntou de repente.

O quê—!?

A pergunta inesperada, quase como uma fofoca, do avô normalmente severo deixou Masachika completamente atônito. No entanto, os olhos de Gensei estavam apenas sérios, o que só aumentou a confusão dele.

Não, nós não somos assim… Espera, quero dizer, isso não é da sua conta!

Que idiota. Como não seria? Estamos falando de alguém que bem poderia ser a futura esposa do possível chefe da família Suou.

Gh! Você está pulando etapas demais!!

Masachika exclamou.

Sua voz, cheia tanto de frustração quanto de incredulidade pela observação incrivelmente séria, mas absurda, de seu avô, reverberou pelo escritório.

⋆⋅☆⋅⋆

 

Bem, então, com licença.

Depois de dizer isso e fazer uma reverência, Alisa saiu do escritório de Gensei, fechando a porta cuidadosamente atrás de si. Ela se virou para o corredor, soltando uma pequena respiração—

Ah.

……

Ou pelo menos foi o que ela pretendia, mas seus olhos encontraram os de Ayano, que estava esperando no corredor, fazendo com que ela prendesse a respiração.

A conversa acabou?

S-Sim, por enquanto… Parece que Masachika-kun ainda tem algo para discutir, no entanto.

É mesmo? — disse Ayano, assentindo lentamente. Sua expressão característica estava indecifrável enquanto inclinava um pouco a cabeça. — Se não for incômodo para você, Alisa-san, gostaria de visitar a Yuki-sama?

Ah, h-hum.

Alisa começou a assentir, antes de perceber a possibilidade de Gensei chamá-la de volta. Ao hesitar no meio do movimento, Ayano, que parecia ter lido sua preocupação, falou.

Farei companhia aqui e esperarei. Se o Mestre chamá-la, vou avisar você. Não se preocupe.

Ah, sério? Então… Poderia me fazer esse favor?

Deixe comigo.

Tudo bem então, vou visitá-la… A menos que eu seja um incômodo?

Não será incômodo algum… Tenho certeza de que Yuki-sama ficará feliz. Por aqui, por favor, — Ayano a tranquilizou enquanto começava a andar.

Com Alisa a seguindo pelo corredor, elas finalmente chegaram ao quarto de Yuki. Ayano bateu na porta três vezes.

Yuki-sama, você está bem? A Alisa-san veio visitá-la.

Entre.

Apesar da preocupação de Alisa de que Yuki ainda pudesse estar se recuperando, tudo o que ela ouviu foi sua voz relativamente animada em resposta à batida na porta.

Fique à vontade, depois de você.

Ah, sim... Desculpe pela intrusão.

Quando Alisa entrou pela porta que Ayano havia aberto, ela imediatamente encontrou o olhar de Yuki. Ela estava parada perto da janela, iluminada pela luz do sol poente.

Ah, bem-vinda, Alya-san. Obrigada por vir me visitar — Yuki falou com um leve sorriso, fazendo Alisa prender a respiração.

A figura de Yuki que ela havia visto no outro dia, parecendo uma criança vulnerável. A aparência mais madura e usual que ela mostrava para o mundo. Esses dois lados dela pareciam ter se fundido no crepúsculo, tornando seus contornos nebulosos.

De pé ali, diante de Yuki, que agora parecia quase etérea, a ponto de a própria realidade parecer ter se afinado, Alisa se viu sem palavras. Vendo isso, Yuki inclinou a cabeça levemente, ainda sorrindo para Alisa, gesticulando para a cadeira com a mão.

Por favor, sente-se.

Ah...

Alisa, que estava um pouco atordoada pela atmosfera que Yuki exalava, voltou a si e limpou a garganta suavemente.

Obrigada... Mas eu fico bem assim.

É mesmo?

……

Percebendo que estava óbvio que ela estava sendo dominada, Alisa tentou retomar a compostura. No entanto, sua mente não conseguia acompanhar a aura composta que envolvia Yuki, e a única coisa que saiu de sua boca foi algo seguro e educado.

V-Você parece estar melhor do que eu esperava, que bom.

Fufu, obrigada… Mas isso não é bem o que você quer dizer, é? — Yuki riu suavemente, falando como se conseguisse ver através dela.

Movida por uma repentina onda de rivalidade contra sua oponente eleitoral, Alisa rapidamente endireitou a expressão.

Ouvi do Masachika-kun… Que você é a irmãzinha dele.

Sim, parece que é isso — Yuki admitiu sem demonstrar qualquer sinal de perturbação, assentindo enquanto abaixava a cabeça levemente. — Desculpe, Alya-san. Tive meus motivos, mas te enganei.

Não, não, enganar é uma palavra muito forte aqui…

Alisa, mais abalada pelas palavras de Yuki do que a própria Yuki, hesitou ao tentar encontrar uma resposta. Ela limpou a garganta novamente, como se quisesse reiniciar o clima no ambiente.

Olha, eu realmente fiquei surpresa… Mas você teve seus motivos, certo? Além disso, não sou a única que ficou no escuro… Então, vamos deixar assim.

Com as palavras de perdão de Alisa, Yuki levantou a cabeça e deu um leve sorriso.

Fufu, Alya-san, você realmente é gentil e maravilhosa, hm?

O-que você quer dizer com isso? Ai, ai…

De repente embaraçada, Alisa desviou o olhar e enrolou uma mecha de cabelo nos dedos. No entanto, como se recuperando de si mesma, rapidamente parou e limpou a garganta mais uma vez.

Bem, eu sei que praticamente disse que está tudo bem… Mas quero ouvir mais de você.

Mais…?

Sim… Agora que sei que você é irmã do Masachika-kun, quero ter uma conversa adequada com você — Alisa falou de forma clara e direta. Ao ouvir isso, Yuki virou o olhar em direção à janela, apertando os olhos em direção ao sol poente. Ainda envolta em uma aura delicada, mas efêmera, ela então se afastou lentamente da janela e se sentou em uma cadeira, assentindo.

Sim, eu... Eu também tenho algo... Que quero que alguém ouça.

(N/SLAG: Yuki inicialmente usa "わたくし" (watakushi), que é uma forma mais elegante e graciosa de se referir a si mesma, em comparação com "私" (watashi). Por isso, o "Sim eu… Eu," com o primeiro "Eu" sendo o antigo e o segundo o mais comum.)

Ao ouvir Yuki usar o pronome de primeira pessoa, que provavelmente refletia seu verdadeiro eu, Alisa prendeu a respiração.

Sem olhar para ela, quase como se falasse consigo mesma, Yuki começou a contar sua história.

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