Volume 1
Capítulo 27: Dividindo os Lucros
Lin Xian e Gao Yang encerraram a discussão, resumindo as principais perguntas que tinham listado. Eles apagaram algumas questões triviais que podiam ser explicadas logicamente, restando os seguintes pontos:
Fenômenos Ilógicos no Sonho:
- O mundo do sonho está preso no dia 28 de agosto de 2624 e é destruído às 00:42 de cada dia, reiniciando esse mesmo dia indefinidamente.
- Não se encontra notícias, resultados de loteria ou qualquer informação de centenas de anos atrás na rede de computadores.
- O desenvolvimento tecnológico no sonho espelha o de 2022, com padrões de vida e estilos iguais. O que os cientistas fizeram nesses 600 anos?
- Não importa o nível de destruição, mesmo que a cidade seja explodida, tudo é reiniciado no dia seguinte, e a cidade reaparece novinha em folha.
- Os humanos não têm consciência do evento catastrófico às 00:42. Tudo acontece de repente, sem nenhuma preparação.
Quanto mais olhavam os absurdos no papel, mais ridículos pareciam.
— Seu sonho tem falhas demais! — Gao Yang exclamou, apontando para o primeiro item. — O tempo não pode simplesmente parar e repetir o mesmo dia infinitamente. Só isso já prova que seu sonho não pode ser um mundo real.
Ele passou para o segundo ponto. — Apagar todos os dados da internet é impossível. Qualquer coisa que já esteve online deixa rastros. Senão, como é que as pessoas desenterram os escândalos dos famosos?
Em seguida, apontou o terceiro ponto. — Retiro o que disse antes; esse é o mais absurdo! Seiscentos anos e nenhum avanço tecnológico? Isso é impossível. Em sessenta anos, já mudaria muita coisa!
Depois, apontou para o quarto. — Isso vai contra as leis de conservação de energia e matéria! Se existisse uma cidade que reinicia tudo não importa o quanto foi destruída… isso é coisa de Hogwarts!
Finalmente, apontou para o último item. — Com a tecnologia astronômica atual, conseguimos calcular com precisão a trajetória de meteoros, o envelhecimento do Sol, radiação cósmica… Como ninguém notaria uma catástrofe que destruiria a Terra? Todos os astrônomos morreram?
Gao Yang abriu os braços, olhando para Lin Xian. — Acho que não precisa mais se preocupar. Seu sonho tem absurdos demais pra ser real!
Lin Xian não respondeu. Concordava que esses fenômenos ilógicos não poderiam existir num mundo real. Mas muitos detalhes no sonho sugeriam que aquilo não era apenas uma ilusão inventada. Havia coisas que ele não entendia, conhecimentos que nunca tinha aprendido, objetos que nunca viu, mas pareciam incrivelmente reais.
— Isso não pode ser só um sonho fictício…
— Lin Xian, você pensa demais. Por que viver tão estressado? Tem coisa que a gente devia simplesmente deixar pra lá — disse Gao Yang, cantarolando enquanto começava a limpar a mesa, jogando garrafas e embalagens no lixo. — Tipo acertar os resultados da Copa do Mundo, isso é ótimo! Amanhã vê pra mim quem vence a Copa de 2026! A gente pode ficar rico em quatro anos!
Lin Xian o dispensou com um aceno. — Me pergunta daqui quatro anos. Vai que o sonho muda. O Gato Coco já virou Gato Rhine; vai saber se os resultados também não mudam.
— Verdade. — Gao Yang empacotou o lixo restante e acenou para Lin Xian da porta. — Até mais.
— Até.
No dia seguinte, Gao Yang apareceu na casa do Lin Xian com uma sacola de dinheiro.
Tum!
A sacola preta caiu pesadamente sobre a mesinha de centro. Lin Xian a abriu e viu dezesseis maços de notas de cem yuans: um total de 160 mil.
— Por que está me dando tanto?
Lin Xian olhou para Gao Yang. Ele só tinha apostado 30 mil e lucrado 110 mil.
— Metade pra cada.
Gao Yang mascou o chiclete, ajeitou a corrente de ouro e apoiou o tênis novo da AJ na mesa. — Compramos os bilhetes juntos, então vamos dividir os mais de 300 mil do prêmio. Não precisa ficar tão preciso assim.
Lin Xian não se convenceu. Pegou cinco maços e os jogou de volta para Gao Yang. — Mesmo entre amigos, as contas precisam ficar claras. Além disso, meu salário agora é bem maior que o seu; não preciso desse dinheiro.
— Uau, que durão!
Gao Yang arregaçou as mangas da camisa Givenchy, exibindo o relógio Longines, colocou o novo iPhone sobre a mesa e ajeitou o cinto da Montblanc.
— Para, para, para! — Lin Xian não aguentava mais, levantando a mão pra interromper. — Tá fazendo o quê? Se exibindo pra mim? Pode parar com esse show de novo-rico?
— Hehe, você não entende, Lin Xian. Agora que temos dinheiro, temos que ter estilo! E aí, o que achou do meu visual? Primeira impressão?
— Parece uma árvore de Natal.
Gao Yang balançou a cabeça. — Esquece. Não adianta discutir com você. Seu senso de moda parou faz dez anos.
— Quem parece ter voltado de dez anos atrás?
Gao Yang tirou os óculos escuros, agora sério. — Chega de brincadeira! Vim falar de negócios.
— Negócios? Sobre meu sonho?
— Exatamente!
Snap!
Gao Yang estalou os dedos com confiança e apontou para Lin Xian. — Confia em mim!
— E qual é sua ideia genial agora?
Ao ver a empolgação do Gao Yang, Lin Xian deu um leve sorriso. No fundo, já tinha perdido a esperança nas “ideias brilhantes” do Gao Yang sobre a verdade do sonho.
— Deixa pra lá, Gao Yang.
Lin Xian acenou, encerrando o assunto. — Não precisa se preocupar. Eu tenho meus planos. Deixa comigo.
— Espera! Confia em mim mais uma vez! Só mais essa!
Gao Yang implorou, levantando o dedo indicador. — Juro! Dessa vez, é à prova de falhas! Vai provar de uma vez por todas que seu sonho é falso!
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