Volume 8 – Arco 6
Capítulo 143: O Que Passou e o Que Está por Vir
Ártemis gostaria de arregalar os olhos diante da revelação feita por Bluebell. Mas a testa só ganhou peso e as sobrancelhas se arriaram.
Gael reagiu contrário à seriedade adotada pela apreensiva deusa. Segurou os punhos como pôde para controlar a euforia perante algo certamente grandioso.
— Espera... Quem são essas mulheres?...
Já Elaine, além de indagar, mirou cada um naquele quarto.
A filha de Hebe permaneceu em silêncio na cama, com o desejo de se esquivar da encarada dúbia direcionada pela garota.
— São as Moiras — respondeu a Deusa da Lua. Levou a mão esquerda abaixo do queixo. — Como Bluebell disse, elas são entidades que vão além de nossa realidade. Elas existem nesse mundo a tanto tempo quanto nós. E possuem o comando do Destino de todos os seres vivos. Tudo que acontece, aconteceu ou acontecerá sempre passa pelas determinações delas...
Não só sua filha, como a visita também boquiabriu ao escutar a explicação bem detalhada.
Por conta do nervosismo, a mediadora demorou a perceber como era encarada pelas duas.
Quando pôde fazê-lo, desfez um pouco da tensão no rosto e exalou um suspiro fraco:
— Foi o que minha irmã, Atena, me contou, uma vez.
— Então... existem até deuses assim...
Atônita, a filha da lua abaixou a cabeça, as mãos apertavam uma à outra.
— Isso é assustador — mussitou a rósea, num tom de risada jocosa. — Pensar que todas as coisas que eu faço é fruto da decisão de outras pessoas...
— Eu também acho... — Elaine a fitou.
Foi a primeira vez que trocaram olhares sem fugir, concordantes.
— ‘Pera aí!! — A voz altiva de Gael arrancou-as dos repentinos devaneios acerca das deusas citadas. — Mas por que você entregaria seus companheiros assim!!?
Com isso, a questionada bufou, de forma ríspida:
— Eles nunca foram meus companheiros. A Eli contou, não contou? Eu só entrei porque foram me buscar. E era tudo pra alcançar mais rápido a minha vingança contra o deus que matou minha mãe.
O filho de Apolo não teve palavras para retrucar, então Bluebell simplesmente prosseguiu:
— Todos que foram recrutados pra se tornarem membros daquele grupo, assim como eu, possuem propósitos específicos que envolvam a busca de se vingar contra os deuses. Então, é só como juntar o útil ao agradável pro objetivo principal das líderes.
— E quem seriam as líderes?
— Não faço ideia, mas são muito fortes. Eu diria até que assustadoras.
Ao ouvir aquilo, Elaine engoliu em seco.
— Isso parece esplêndido!... — Pelo contrário, Gael sentiu-se animado ao ouvir que eram fortes.
— São elas que controlam tudo nas sombras. Mas eu sentia que tinha algo a mais... — Fez uma rápida pausa, pensativa. — Enfim. Nós somos meros peões, sedentos por justiça contra os deuses. Com cada desejo pessoal se juntando, elas criaram essa fronte que vai atrás do caminho mais “curto”.
— Entendo... — Ártemis suspirou. — Mas ainda assim é algo que beira o impossível.
— Eu não subestimaria eles se fosse vocês. — O alerta seco da rósea foi o prego final na convicção da deusa. — Quem quer algo como a gente, vai até o fundo do poço se necessário. Se conseguirem convencer as mulheres do destino, ou, seja lá quem forem, vai ficar bem mais fácil de alcançarem o que desejam.
“E eu não consegui porque tinha esse problema extra”, fitou Elaine com um olhar afiado, a ponto de deixá-la desconfortavelmente titubeante.
Ártemis assentiu em silêncio. Seu semblante já não podia mais esconder a enorme preocupação com as informações recebidas.
— Mas... — Sua filha ergueu o braço, pedindo a atenção dos três. — Se essas moças controlam tudo que fazemos, então... elas não estão controlando as pessoas que desejam ir até elas?...
— É!! Faz sentido, mesmo eu não entendendo nada!!
Bluebell ficou quieta a princípio. Mas, logo declarou:
— Elas acreditam que existe uma brecha. — Apertou, mais uma vez, as bordas do espelho. — Não sei o que significa, mas pode ser que essas Moiras favoreçam a vontade deles.
— Então é possível que elas determinem o Destino a seu favor — completou a divindade lunar. — Repassarei as informações para minha irmã. Podemos conversar outra hora.
Deu meia-volta e dirigiu-se à porta ainda aberta, desaparecendo da linha de visão do grupo sem nem mais se preocupar com as desavenças entre eles.
Inquieta tanto com as circunstâncias como com a progenitora, Elaine abaixou o olhar pensativo.
Nenhum dos jovens teve coragem de dizer algo a mais.
Bluebell sustentou a expressão soturna, sem se arrepender do que tinha feito até então.
Embora o cenário continuasse a se afunilar em desfavor aos Deuses Olímpicos, aquela história estava longe de seu desfecho...
Naquele mesmo dia, a Deusa da Lua foi até o Monte Olimpo.
Depois de algumas horas da conversa com a filha de Hebe, conduziu Gael até sua casa em Delfos e seguiu caminho até a montanha alada, em Olímpia.
Com foco em chegar ao último andar o mais rápido possível, encontrou a sorte grande ao parar antes desses e se encontrar com aquela que tanto desejava.
Atena estava próxima à balaustrada de gesso, observando o pôr do sol como de costume.
De prontidão identificou a chegada de sua semelhante, virando o rosto para contemplá-la com sutileza.
— Olá, Ártemis.
Impressionada com o refino nas reações da sábia, a lunar se aproximou a passos curtos.
— Parece que você está sempre à espera, minha irmã.
— Costume.
A Deusa da Sabedoria acompanhou a chegada da noturna, que parou ao seu lado, como tantas vezes já tinham feito.
Não podia deixar de pensar no sumiço repentino da respectiva, ainda mais por terem se passado quase seis dias desde então.
Sabia, acima de tudo, que algo importante havia ocorrido. A expressão dela entregava.
Em vista dessa linha de pensamento, resolveu questioná-la com neutralidade a princípio:
— Aconteceu algo?
— Sim. Me desculpe por ter ficado esses dias sem retornar o que prometi. — Encarou-a de canto, um tanto encabulada.
— Não se preocupe com isto. Os jovens regressaram íntegros de Rodes. — “Embora seja impossível afirmar o mesmo para aquelas nove”, pensou entre as falas. — Pode me contar o que ocorreu.
— Claro...
A Deusa da Lua semicerrou os olhos com seriedade.
O assunto começou a se desenrolar entre ambas, com todas as palavras sendo proferidas por ela a partir daquele momento.
Atena escutou a tudo sem esboçar qualquer reação; mantinha os olhos verdes pregados na feição, nos movimentos labiais da irmã.
Sua concentração em absorver as informações era exímia.
Por sorte, Ártemis era sempre sucinta nas explicações.
Passou todos os detalhes vivenciados, desde a história que envolvia a filha de Hebe ao propósito dos Imperadores das Trevas.
Embora aturdida por dentro, a sábia sustentou a expressão facial da forma mais serena possível.
Quando a lunar terminou, tomou para si alguns minutos a fim de reorganizar tudo na mente.
— Hebe foi morta por um de nós... — Levou a mão até a boca e deixou o dedo indicador sobre o lábio superior. — De certo é difícil de crer.
— Ela não iria inventar uma história dessa com tamanha convicção. Pude claramente sentir... o ódio em seu olhar. Fora o fato de eu estar aqui, arriscando-a ao lhe revelar. — Mantendo o pulso firme, semicerrou as vistas. — Isso é... algo maior do que imaginávamos, Atena.
— Se você determina deste modo, irmã, eu não tenho razões em prol de desacreditar. — Voltou a encarar o horizonte, já tomado pela escuridão da noite. — E imaginar que as Moiras seriam inseridas nesta história... Desta vez as circunstâncias ganharam extrema complexidade.
— O que podemos fazer a respeito disso?
Atena ficou quieta por mais um breve período.
No fim, exalou um lamento forte entre os lábios, movendo os ombros para cima e para baixo.
— Desta vez, não temos como fugir de nosso pai. Ainda que eu confie na incapacidade deste grupo em convencer as Moiras, devemos fazer algo a respeito. — Voltou a olhar a noturna nos olhos. — No outro lado estão as Erínias, afinal.
— Sim. Também fiquei a par disso quando Gael contou...
— Por ora, hei de acelerarmos os procedimentos. Contaremos com todos os disponíveis... — Girou sobre o próprio eixo. O cabelo púrpuro esvoaçou. — Não logramos de muito tempo. Se a filha de Hebe afirmou sobre a crença deles em uma brecha imposta pelas Moiras, devemos apostar nisto igualmente.
“Afinal, é algo que elas fariam em tal caso, presumo”, guardou aquilo em sua cabeça.
— Também pretende contar sobre ela?...
Atena voltou a fitar os olhos da lunar, que remetiam e muito ao cenário que as envolvia naquele momento.
Podia encontrar boa dose de tensão neles.
Talvez, até medo...
— Com tudo que me contou, creio que seria imprudente fazer algo do tipo. Por ora, devo manter entre nós, apenas.
— Agradeço profundamente pela consideração, irmã. — Se prestou a fazer uma mesura.
— Sim, claro! É bom agradecer mesmo!!
Ambas foram pegas desprevenidas pela voz da intromissão vinda de ninguém menos que o Mensageiro dos Deuses.
Sentado acima do corrimão da escadaria, gesticulou com a mão aberta; livre, leve e solto.
Elas cruzaram olhares simultâneos com os dele, que sorria feito uma criança arteira.
— Por que nunca se presta a aparecer normalmente, Hermes? — Atena sustentou a circunspecção ao indagar.
Sentindo a fuzilada provocada pelo olhar da deusa, ele respirou fundo e abriu os braços.
— Porque adoro sua expressão impressionada, querida!
Com o tom de sarcasmo impregnado na resposta, a sábia se pegou de cenho já franzido.
— O quanto escutou?... — Ártemis, de volta à aflição, foi direta ao ponto.
Tão severa quanto costumava ser — e quanto a própria semelhante, ao lado —, também o fuzilou com o olhar.
O homem de arrepiado cabelo branco saltou do assento improvisado e abriu distância da enfurecida.
— Eu diria que... o final!? Mas algumas partes importantes, não vou mentir! — Estendeu o indicador ao lado do rosto. — Sabia que acolher uma inimiga que quase matou sua filha querida soa um tanto insólito? Não seria uma decisão muito sábia, não concorda?
— Já, eu, acho que seria sábio de vossa parte manter a boca fechada no tocante a este assunto, Hermes. — Atena interveio, impaciente. — Caso contrário, posso tornar esta situação em algo desagradável a vosso favor.
— Oho! Ameaças! Que medo! — Abriu as mãos em sinal de rendição. — Não precisam se preocupar. Pelo respeito e amor que cultivo por vós, manterei minha boca fechadinha! Mesmo que, hora ou outra, isto acabe alcançando nosso pai.
O tom desafiador na frase final fez as duas adotarem a cautela.
— De todo modo — completou —, posso entregar as demais informações a ele. Sobre esses Imperadores...
Encarou-as de soslaio.
— Agradeço a oferta, irmão. Contudo, eu mesma o farei.
Com a deixa derradeira, Atena caminhou seus passos inaudíveis até ultrapassar o petulante mensageiro, ainda cravado pelo olhar austero de Ártemis, que a acompanhou.
Ele observou-as passarem até os degraus prateados, onde pegaram a subida e desapareceram de sua linha de visão em pouco tempo.
Ao perdê-las, o sorriso desapareceu em seu rosto rosado.
De pé na cabeça do Colosso de Rodes, Selene observava a queda do sol sobre o tapete cristalino do Egeu.
Um pouco abaixo, nas proximidades da cidade e do porto, a Deusa do Arco-íris liberava sua Energia Vital.
A Autoridade Elementar da Luz cintilava na ponta de estrela do pequeno báculo. Alternava-se no espectro das sete cores e criava camadas que se estendiam em um caminho.
Apesar de cansada, a deusa empenhou-se ao máximo a fim de concluir o trabalho.
Por meio de movimentos suaves, finalizava a reconstrução do túnel arco-íris que interligava a entrada da ilha ao meio da floresta que dava acesso ao Museion.
Exalou um suspiro pesado ao deixar a Autoridade emanada se dissipar, relaxando a tensão nos canais vitais dentro de si.
Girou o cajado, ainda assim, com maestria e o fez desaparecer em partículas diminutas de bolhas de fótons.
Queria se jogar sentada no chão, mas sujaria o vestido. Então apenas ergueu o rosto ao céu, encontrando o degradê azul e laranja que já trazia as primeiras estrelas à vista.
“Íris”, uma voz repentinamente ecoou em sua cabeça, devolvendo-a à realidade.
— Eh?...
“Pode me escutar?”, quando a sequência interrogativa surgiu, a exausta pôde reconhecê-la.
— Senhorita Atena?...
A reação não foi chamativa o suficiente em vista da exaustão, mas Selene escutou do topo da enorme estátua.
“Parece cansada. De todo modo, preciso que me faça um favor. Serei sucinta, pois estamos distantes.”
— Claro. Pode me dizer... — Apanhou um pano liso da cintura e secou a testa.
“Necessito que convoque os apóstolos Selene e Hélios para que se dirijam ao Monte Olimpo amanhã de manhã.”
— Entendido...
“Após isto, retorne e convoque os seguintes nomes...”
Íris escutou com atenção às informações e assentiu consigo mesma sem dizer nada em resposta.
Queria muito descansar, mas era um pedido especial de sua potestade. Precisava dar tudo de si, pensou em silêncio.
— Eu farei, senhorita Atena! — devolveu com maior afinco.
“Agradeço pelos esforços, Íris. Nos falamos depois.”
— Como desejar!
A voz da deusa desapareceu.
A Mensageira dos Deuses elevou os respectivos ânimos e não demorou a subir a estátua de bronze.
Já tinha recuperado o fôlego, portanto o fez sem dificuldades, dotada de extrema agilidade e leveza.
Alcançou Selene, que encarava a bela paisagem daquele lugar.
— A Passagem Espectral foi refeita — anunciou, sem esperar alguma reação dela. — Além disso, trago uma importante mensagem de senhorita Atena.
Só então, a Notívaga virou o rosto por cima do ombro.
Após finalizar seu dever na ilha de Rodes, Íris partiu para o continente em um barquinho pessoal.
“Acho que seria uma boa construir outra Passagem da ilha até Atenas”, ponderou enquanto envolvida apenas pelo som das ondas. “Vai ser cansativo, mas darei essa opinião à senhorita Atena!”
Apertou as próprias mãos no entorno do peito.
Quando anoiteceu, ela enfim aportou em uma parte isolada da grande pólis.
De lá, foi rápida ao adentrar em outra Passagem Espectral, com destino aos locais que fora indicada a ir.
Já se sentia um pouco mais descansada.
Havia recuperado parte da energia em Rodes, então poderia acelerar o ritmo até os objetivos sem dificuldade.
Na calada da noite, cruzou os caminhos da grande maioria das pólis helênicas.
Assim que o último pedaço de lua se tornou coberto pela escuridão, ela chegou no destino que sempre deixava para o fim.
O sopé do Monte Olimpo...
— Ai, eu odeio ter que passar informação aqui...
Caminhando à direita de sua posição, podia ver uma passagem arco-íris especial conectada ao início do relevo rochoso.
O sorriso já tinha sumido do rosto. Podia experimentar a influência assombrosa que vinha daquela entrada só de chegar perto.
Pelo menos não precisava entrar no Submundo de verdade. Pensar dessa forma a entregou coragem para seguir em frente.
Mas, antes de dar o primeiro passo rumo ao desfecho de sua breve tarefa, experimentou outra aura a envolver pela retaguarda.
Virou-se na velocidade do pensamento.
— O que foi, queridinha!? É tão emocionante assim me ver, hm?
Hermes estava ali.
Lançando a moeda dourada com o polegar para o alto, como gostava de fazer.
O semblante convencido que tirava qualquer um do sério. E Íris podia se incluir na lista dos incomodados.
— Senhor Hermes — murmurou.
— Ei, cadê o “Lorde”? — Ele apanhou a moeda com a palma. — Nah, estou brincando.
— Deseja algo comigo?
Ao ver que ela estava bem seca nas perguntas, ele fechou os olhos e lamentou.
— Nada demais! Só ouvi você dizendo que detesta vir aqui para entregar informações. Estou errado, hm!? — Ao questionamento, ela desviou o olhar. — Bem, eu ‘tô no puro tédio, de qualquer maneira. Se quiser, pode me informar o que deseja passar. Eu não tenho nada contra o Submundo, então...
— Não precisa, de verdade. — O interrompeu, fazendo abrir um dos olhos. — Agora eu estou com muita vontade de entrar ali.
Forçando um sorriso jocoso, a retruca imprevisível soou tão deturpada quanto ela mesma queria.
Apesar da aparente coragem demonstrada, a mensageira só exalava insegurança em sua postura.
Perceptivo a isso, o mensageiro prendeu uma risada.
— Você é bem interessante quando quer, falsa mensageira! — Passou ao lado dela e começou a rodeá-la com passos desenvoltos. — Tão insegura por dentro, se esforça para mostrar uma casca de maturidade. Eu realmente aprecio sua força de vontade, hm!
— O que foi? Por acaso está sentido por eu ter sido a escolhida para entregar as últimas mensagens divinas?
— Nem um pouco, cada um conhece seu próprio lugar. Você é apenas a preferidinha de minha astuciosa irmã, hm. — Parou ao pé do ouvido direito dela e murmurou: — Só que ela é ótima ao escolher quando é para benefício próprio, sabe?
— Não adianta me dizer isso, quantas vezes forem. — Fitou-o de esguelha, sem compaixão.
— Você também consegue fazer caras e bocas desalmadas quando quer! Isso não muda o fato de que euzinho sou o verdadeiro Mensageiro dos Deuses, hm! — Abriu os braços, a desafiando com seu sorriso. — Você é apenas uma marionete dela! Ela te utiliza como bem entende em seu falso moralismo!
— Isso tudo é inveja da senhorita Atena? Não consigo compreender a lógica de suas palavras, além do desejo de afrontá-la perante a mim.
— Pensar não parece ser muito seu forte, hm...
Diante das respostas de Hermes, Íris começava a demonstrar as próprias inseguranças.
Suas palavras faziam parecer que estava de igual para igual com o deus, quando, na verdade, ela se acuava cada vez mais.
O filho de Zeus mostrou os dentes com um sorriso largo, porém, não deixou a mulher enxergá-lo, pois virou de costas para ela em um singelo instante.
— Como eu disse. Eu estava apenas no tédio e aconteceu de nos encontrarmos. Agradeço muito! Você me divertiu com essa rápida e unilateral discussão, hm! — Tocou no ombro dela, sem deixá-la perceber. — Se eu fosse você, teria um pouco mais de cautela...
O sussurro que saiu de sua boca pareceu agarrar o coração acelerado da mulher, prestes a esmagá-lo sem piedade.
Íris experimentou o sufoco. O aperto extremo na altura do peito deixou sua pele pálida, enquanto arregalava os olhos lilases.
Era uma pressão sem igual que ela jamais havia experimentado, ainda mais vinda do Mensageiro dos Deuses.
Após isso, o homem seguiu em frente e desapareceu do caminho, como se tivesse se tornado o próprio vento que sacudiu o cabelo bege da mulher.
“Essa sensação... O que foi?...”, perguntou a si mesma, ainda tentando retomar o fôlego perdido, “Não posso perder tempo com isso agora!”
Balançou negativamente a cabeça e tentou retomar o foco na parte final de sua tarefa.
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