Infernalha Brasileira

Autor(a): San


Volume

Capítulo 7: Fome por Zelo.

— Xeque-mate! — disse Flanel, olhando para os lordes caídos.

El Tigre! — De repente um enorme tigre surgiu, arremessando Flanel para longe, e Sanarion apareceu no local de onde o tigre saiu. Sua expressão estava totalmente diferente da de costume, seus olhos estavam totalmente escuros e frios, porém seu rosto não expressava nenhuma emoção, nem  mesmo ódio ou repugno — Eu serei sua inimiga… — disse ela, pulando na direção de Flanel, que bloqueou o soco com sua espada.

— Você parece ser mais forte, mas ainda não é o suficiente. — Flanel tentou pressionar Sanarion com o peso da espada, mas ela conseguiu esquivar para o lado e pular na direção da cela dourada.

El tig… — falou Sanarion, antes de Flanel surgir em sua frente e impedi-la de terminar sua invocação.

— Parece que você também sabe apenas falar… Pensei que os Sete Pecados eram mais fortes — disse Flanel, se preparando para golpear Sanarion. — Veja toda sua esperança escorrer pelas suas mãos… Desapareça!

 Ao investir para golpear Sanarion, Flanel esqueceu de tudo a sua volta e perfurou a lateral do tórax dela, mas acabou acertando a tranca da cela, que foi abrindo lentamente conforme ele ia recuando.

— Obrigado por… cof cof… abrir a tranca pra mim… — disse Sanarion

— Droga! Esse era o seu plano desde o começo?! Sua desgraçada!

— Cale logo a boca… Flanel. Eu já não aguento mais escutar você falando merda! — disse uma voz vinda de dentro da cela. Era um homem alto, mesmo tendo uma aparência jovial, seus cabelos e barba eram brancos, seu corpo era definido, ostentando uma enorme cicatriz e tatuagem de javali em seu peito.

— Não… Era pra você estar cheio de ferimentos! Por quê você está ileso?!

— Argh! — O homem começou a se alongar. — Acho que você se esqueceu, mas eu sou um demônio, seu imbecil. Eu tenho uma regeneração absurda, diria que absurda até para os próprios demônios.

— Finalmente deu as caras… irmão! — disse Sanarion, mal conseguindo se manter de pé.

— Desculpa o atraso, um idiota me prendeu e tentou drenar a minha energia, mas parece que você se machucou muito pra me soltar, né?

— Ainda não entendi… como você foi preso… cof cof… por esse idiota! Ele caiu… em um plano tão simples… cof cof… quando eu fui abrir a sua cela.

— Ele pode ser um tremendo idiota, mas aquela bola na espada dele realmente pode causar um estrago.

— Eu ainda estou aqui, seus desgraçados. — Flanel interrompeu.

— Bom, eu vou te falar uma coisa, Flanel! — Hendebrant estalou os dedos. — Mexer comigo até vai… mas você tocou no meu amigo e na minha irmã. Eu vou deixar o seu corpo tão desfigurado que estará irreconhecível! — De repente a expressão de Hendebrant mudou de um sorriso carismático para um olhar de desprezo e de ódio.

 Hendebrant estendeu sua mão para o lado, fazendo surgir um enorme martelo de batalha, e então pulou na direção de Flanel, golpeando-o com uma sequência de golpes que fazia o chão tremer. Por causa dos tremores, os três lordes retomaram suas consciências e puderam se levantar.

— Caraca! Ele tá pondo pressão no Flanel! — falou Hayakaz, limpando a poeira em seu kimono.

— Não vou ficar aqui, apenas olhando. Eu vou lutar — disse Garrik, invocando seu arco.

— Você tá certo, não vamos deixar ele ficar com toda a diversão! — Hexoth sacou sua katana e partiu para cima de Flanel, que por estar distraído não conseguiu desviar. — Você achou que eu ia levar aquela surra e aceitar?

 Hendebrant aproveitou a distração causada por Hexoth e golpeou o peito de Flanel com seu martelo, e se aproveitando disso, Hayakaz apareceu e o golpeou, assim iniciando uma sequência de acertos seguidos.

Corte Sombrio! — dizia Hexoth, enquanto o golpeava.

Lobo Esmagador! — disse Hendebrant, ao bater em Flanel com seu martelo com uma aura de pata lobo.

Garras de Lagarto! — disse Hayakaz, o golpeando com um punho de lagarto.

 Conforme eles iam golpeando Flanel, ele cada vez mais ia recuando e entrando na defensiva, o que permitiu que Garrik acertasse uma flecha em um de seus braços, o deixando inabilitado.

— Seus desgraçados, saiam do meu caminho! — falou Flanel, empurrando Hexoth para o lado e tentando golpear Hendebrant, o que gerou uma enorme nuvem de poeira, que quando se desfez revelou que o golpe de Flanel foi segurado pelas presas de Hendebrant em sua forma de lobo gigante.

 Ao ver a forma do lobo gigante, as pernas de Flanel congelaram. Na visão de Flanel, Hendebrant exalava uma enorme e sombria aura na forma de um monstro de olhos vermelhos.

— N-n-não é-é po-po-ssí-vel-vel! — Os olhos de Flanel se arregalaram, seu corpo tremia descontroladamente, ele mal conseguia segurar sua espada.

Devorar! — De repente, Hendebrant abriu sua boca e começou a sugar a aura de Flanel, o fazendo cair de joelhos. A marca de javali começou a brilhar em seu peito.

— ARGH!!! — gritava Flanel, enquanto sua mana era absorvida por Hendebrant.

— Argh… esse gosto continua horrível… nunca vou ficar satisfeito com isso! — disse Hendebrant, parando de devorar a mana de Flanel.

— Seu desgraçado… Seu desgraçado! Seu desgraçado! Seu desgraçado! — Flanel colocou as mãos na cabeça e começou a balançar a cabeça

— Ele enlouqueceu… Vamos terminar isso de uma vez… — Disse Garrik se aproximando.

 De repente Flanel percebeu Sanarion, não muito distante, e disse: — A culpa é sua… foi você que causou tudo isso! — e de repente desapareceu do meio dos quatro e surgiu na frente de Sanarion — Sua vadia! — e tentou golpeá-la, mas foi bloqueado por Hendebrant em sua forma humana.

— Uff… Sabe, Flanel, não dá mais… Eu vou ter que te explicar uma coisa que você parece não ter entendido… — O corpo de Hendebrant começou a brilhar em branco — Eu sou ganancioso demais para deixar você tirar algo de mim… — Então, os músculos de Hendebrant começaram a crescer, seus cabelos se espalharam por todo seu corpo, suas orelhas se tornaram pontudas, suas unhas se tornaram garras, seus dentes se tornaram presas, a marca de javali em seu peito começou a mudar para a de uma raposa. Ele havia se tornado um enorme lobisomem albino.

— Não… não pode ser! — disse Flanel, que agora estava pequeno perto de Hendebrant.

— Eu não vou deixar ninguém tocar no que é meu! — falou Hendebrant, pegando Flanel pela cabeça e o erguendo do chão, para logo depois o arremessar contra o chão, gerando uma enorme cratera.

 Depois disso, Hendebrant começou a arremessar Flanel contra os vários montes de escombros, rebatendo com seu martelo. Então Hendebrant arremessou Flanel contra o chão e o esmagou com seu martelo.

 “Ele não tinha usado essa forma quando lutou comigo! De onde veio essa força absurda?!”, pensou Flanel.

— Che-chega, por… favor, cof cof, eu im…

— Não implore… você não tem esse direito… Lua Cheia de Avareza! — Hendebrant interrompeu Flanel, e então levantou seu martelo o mais alto possível. Na visão de Flanel, o martelo havia tomado a forma de uma enorme lua cheia e Hendebrant havia se tornado um vulto sombrio com olhos vermelhos.

 Quando o martelo atingiu o corpo de Flanel, um enorme brilho branco no formato de esfera tomou a arena, obliterando todos os destroços próximos, e logo após, tomando a forma de um pilar de energia que foi se afinando até desaparecer.

 Após a luz se desfazer, apenas alguns pedaços de Flanel sobraram, incluindo sua espada, que havia sobrado apenas a guarda com esfera roxa, porém Hendebrant, que havia voltado para sua forma humana, estava ileso.

 Depois de alguns segundos, os cinco se reuniram no topo da nova cratera, então Hayakaz disse:

— Caraca! Isso foi incrível! Você é absurdamente forte!

— Haha! Não é pra tanto. Eu fiquei quase sem magia depois disso — respondeu Hendebrant, com um sorriso no rosto.

— Isso não é algo divertido, Hendebrant… cof cof — falou Sanarion, tentando curar o próprio ferimento.

— E como tá a situação aí? Consegue andar? — Hayakaz se aproximou do ferimento.

— Estou bem, já tive ferimentos bem piores…

Usuário morto. Iniciando protocolo de reformulação e protocolo de defesa. — De repente, uma voz saiu da esfera roxa na guarda da espada, e então, um enorme brilho surgiu nos restos de Flanel, que começaram a se regenerar. Após alguns segundos, Flanel estava inteiro, mas com sua aparência mudada, sua pele ficou avermelhada, uma auréola surgiu em sua cabeça, seus cabelos ficaram loiros, seus olhos ficaram totalmente vermelhos e um par de asas brancas surgiram em suas costas.

— Argh! Como é bom estar vivo… — disse Flanel — Agora… quem devo matar primeiro? — Flanel então olhou para Garrik, que mal conseguia se mexer por causa do cansaço acumulado, e surgiu perto dele com sua espada, pronto para finca-la.

 Porém, antes que a espada acertasse Garrik, alguém pulou na frente e teve seu corpo perfurado, Hendebrant havia sido perfurado.

— Ah! Então você quis ser o primeiro… aprenda a esperar a sua vez na sua próxima vida… — falou Flanel, que logo em seguida tentou retirar sua espada do corpo de Hendebrant, porém, algo segurou sua espada.

— Eu já te avisei, Flanel… EU SOU GANANCIOSO DEMAIS PARA DEIXAR VOCÊ TIRAR ALGO DE MIM! — Hendebrant segurou a espada de Flanel com uma de suas mãos e levantou seu martelo com a outra — Lobo Esmagador! — Hendebrant então golpeou Flanel, que saltou para o lado para desviar, mas acabou tendo seu braço decepado pelo impacto.

 Após isso, Hendebrant tirou a espada de Flanel de seu corpo e a jogou no chão. Ele cambaleou por alguns segundos, mas seu corpo caiu para o lado oposto da espada. Havia um enorme buraco em seu peito, buraco esse que queimava em dourado.

— Incrível que ele tenha conseguido se mover com aquele ferimento, só é uma pena que ele tenha errado o golpe final. Devia ter acertado minha cabeça, idiota…

 Quando o corpo de Hendebrant atingiu o chão, ele ficou estirado em frente a Garrik, que arregalou os olhos e deixou uma lágrima escorrer. Ao ver essa cena, Sanarion tentou se mover para atacar Flanel, mas seu ferimento a impediu de chegar até ele.

— Então você quer ser a próxima? Vou realizar o seu desejo… — Flanel levantou sua espada, mirando em Sanarion, pronto para golpeá-la, e então desceu seu braço com toda a força.

 Ao ver a espada de Flanel se aproximar de Sanarion, tudo ficou lento na visão de Garrik, tudo que ele havia vivido, desde seu despertar, passou pelos seus olhos, mas a visão criada pelo cristal predominou em sua mente, os elfos dilacerados, todas as perdas que Garrik teve, todos que ele não pode proteger vieram a sua mente.

 “Não… Por favor… Eu não quero perder mais ninguém… Por favor…”, pensou Garrik, vendo a espada se aproximar de Sanarion.

 “Você faria qualquer coisa para salvá-los?", disse uma voz na mente de Garrik.

 “Sim… Qualquer coisa…”

 De repente, Garrik se viu em um enorme vazio escuro, onde apenas um olho pairava sobre o ar.

 “Não resista mais aos seus instintos, e se torne um demônio!”, uma voz veio da direção do olho, e logo após, enormes mãos vermelhas surgiram e começaram a segurar Garrik, o afundando no vazio.

— Eu… aceito… — falou Garrik, segundos antes de afundar na escuridão.

 De repente, a aura de Garrik começou a transbordar de seu corpo na forma de água. A mudança repentina assustou Flanel, o fazendo parar sua espada. Um enorme pilar de água surgiu ao redor de Garrik, a pressão criada pela mana era absurda, fazendo Flanel mal conseguir se mover.

 Após alguns segundos, o pilar se desfez, revelando Garrik, que estava com uma aparência totalmente diferente, uma armadura metálica com a cor azul marinho cobria todo seu corpo, uma máscara de tubarão martelo cobria seu rosto completamente, porém não havia nenhuma calda, suas mãos se tornaram híbridos entre barbatanas e garras, igual a seus pés.

— O qu… — Antes que Flanel pudesse terminar, Garrik surgiu em sua frente com uma esfera de água em suas mãos e o arremessou para longe.

 “Passo Angelical?!”, pensou Flanel.

 Antes que Flanel atingisse o chão, um disparo vindo da direção para onde foi arremessado o acertou, Garrik havia disparado um feixe de água por seu dedo indicador. 

 Antes que ele tivesse tempo para reagir, uma chuva de disparos caiu sobre Flanel, o fazendo ficar cheio de ferimentos. Logo após isso, Garrik surgiu em frente a ele e o segurou pelo pescoço. Na visão de Flanel, Garrik estava totalmente coberto por um demônio feito de sombras, como se fosse apenas uma marionete vazia.

— O que é você?! — falou Flanel, com seu corpo inteiro tremendo.

 Ao invés de responder, Garrik carregou um disparo com sua outra mão, um disparo tão concentrado que emanava uma luz cegante.

— Não… NÃO!!! — gritou Flanel, antes de ter todo o seu corpo pulverizado pelo feixe de água de Garrik.

 O disparo foi tão poderoso que não restou nada do corpo de Flanel, nem mesmo cinzas, nem mesmo a esfera roxa. Ao longe, os três o observavam, seus corpos não conseguiam se mexer, a aura que Garrik emanava chegava a ser intimidante.

 De repente, Garrik se virou na direção dos outros e estendeu seu braço, começando a carregar um feixe de luz. Então Hexoth e Hayakaz surgiram ao redor dele, o segurando.

— Garrik… chega… — disse Hexoth, o segurando com um olhar assustado.

— Garrik, não era isso que ele queria… você sabe disso melhor que ninguém! — disse Sanarion, na esperança de fazê-lo voltar a si.

— Chega, cara! — disse Hayakaz, socando a máscara de Garrik, que apenas continuou carregando o ataque.

 Antes que Garrik pudesse disparar o ataque, sua máscara começou a se rachar, até se desfazer, revelando que seus olhos estavam totalmente negros e sua pele vermelha como fogo. Após isso, os olhos de Garrik se fecharam e ele caiu para trás, disparando o ataque para o alto e desfazendo toda a armadura em seu corpo.

 Após isso, Hayakaz rasgou alguns pedaços do pano de sua armadura e enrolou ao redor dos ferimentos de Garrik, tentando estancar o sangramento.

— Hexoth, ajuda o Hendebrant!

— Certo!

 Quando ele chegou até o corpo de Hendebrant, ele reparou que algo estava errado, e disse:

— Sanarion…

— Como ele tá? Ele tá bem, né?

— Ele… não tá regenerando…

 Naquele momento, uma sensação mórbida e sombria tomou Sanarion.

— O que? Isso não é possível! Você olhou direito?! Ele não pode não estar se regenerando!

— Sanarion…

— Não… Não me fala isso…

— Ele… ele já está morto…

— Não… Não! — Lágrimas começaram a cair dos olhos de Sanarion

— Esse ferimento foi feito por queimadura sagrada… ela desfaz a regeneração… ele morreu quando a espada caiu do seu peito — disse Hexoth, de cabeça baixa.

— Não… NÃO!!! — Sanarion caiu de joelhos, com as mãos na cabeça, e começou a chorar — DARTANHAM! VOCÊ DISSE QUE ISSO NÃO IA ACONTECER!!! CADÊ VOCÊ, SEU MALDITO!!!

 Após alguns segundos, um enorme portal se abriu, e dele saíram vários demônios com uma maca improvisada, que carregaram Garrik e o corpo de Hendebrant para dentro.

— O que? — perguntou Hayakaz, olhando a situação.

 Hayakaz, mesmo surpreso, entrou logo em seguida, mas antes que Hexoth entrasse, ele olhou para Sanarion, que ainda estava em choque, e disse: — Estamos esperando você, senhorita… — e logo entrou no portal novamente.

 Dentro do portal, Dartanham estava os esperando, e então disse:

— Meus lordes! O que aconteceu!

— Muita coisa aconteceu, mas o Garrik se feriu, consegue ajudar? — respondeu Hexoth.

— Eu acho que consigo, meu lorde, mas preciso que os senhores me expliquem o que aconteceu, detalhadamente, depois.

— Eu explico o que for preciso, só arruma isso.

— Certo…

 Enquanto isso, Sanarion continuava na cratera, incrédula sobre o que havia acontecido.

— Por quê? Por quê eu nunca consigo salvar ninguém… Primeiro a mamãe e agora você… — disse Sanarion, enquanto chorava.

— A morte é algo assustador… não concorda, pequena? — De repente um homem encapuzado com uma máscara preta com chifres e roupas metálicas apareceu.

— O que? Quem é você?!

— Mas… talvez eu tenha a solução para o seu problema…

— Do que está falando? Solução para o que?

— A morte sempre foi algo assustador… por isso eu quero criar um mundo onde ela não seja um problema… um mundo onde ninguém precisará temer a ela, e aqueles que se foram poderão voltar… um mundo onde não haverá tristeza…

— …

— Mas para criar este novo mundo, eu gostaria que a senhorita me ajudasse, sua força seria de grande ajuda…

— Criar um novo mundo?! E como você quer fazer isso?

— Usando isto… — Então, o encapuzado tirou uma enorme espada, tão grande que seria difícil de usar, de seu capuz.

— Não pode ser. Isso é…?!

— Esta é uma das chaves para esse novo mundo, pequena. Com isso, quero saber se tenho a sua confiança…

 Então, Sanarion se levantou, de cabeça baixa, e, mesmo relutando, estendeu sua mão apertando a mão do encapuzado.

 No castelo, após algumas horas na ala médica mágica, Dartanham apareceu na porta e chamou Hayakaz e Hexoth para dentro, onde ele disse:

— Meus lordes… me desculpem, mas eu não pude fazer nada pelo senhor Hendebrant…

— Então ele…? — perguntou Hexoth

— Sim… é impossível curar algo que já está morto… — Nesse momento, os dois abaixaram a cabeça em luto.

— Mas… e o Garrik? — perguntou Hayakaz.

— Por enquanto ele precisa descansar. O lorde Garrik passou por uma cirurgia em seu núcleo de mana, ele usou muito poder de uma vez, poderia ter sido fatal se não fosse tratado rápido. Falando sobre isso, os senhores podem me explicar o que aconteceu naquele local?

— Certo — disse Hexoth.

 Após explicarem sobre tudo que ocorreu na prisão de Earthbring, Dartanham disse:

— Entendo. Foi realmente uma situação bem extrema… — Dartanham, coçando o queixo.

— Mas você sabe o que pode ter sido aquilo? Era como se ele tivesse virado outra pessoa… — perguntou Hexoth

— Na verdade, meu lorde, eu tenho noção do que pode ser… — respondeu Dartanham, com uma expressão séria e preocupada no rosto. — Eu creio que isso… tenha sido o despertar da Maldição do lorde Garrik!



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