Os Prelúdios de Ícaro Brasileira

Autor(a): Rafael de O. Rodrigues


Volume II – Arco IV

Capítulo 56: O Fruto

Embora o dia da cerimônia tivesse ficado para trás, em um passado que eu detestava revisitar, aquele garotinho com marquinhas no rosto cumpriu sua parte da promessa. Ele veio me encontrar, no presente.

Terumichi era chorão, teimoso e insistente. Ele nunca desistiu de mim, mesmo quando eu já havia desistido. E quando eu tentava afastá-lo, ele se recusava a soltar minha mão.

O amor dele resgatou minha alma.

Apegar-me a algo mundano era um pecado, e motivo para condenação. Foi a razão pela qual me tornei repleto de emoções que, antes, sequer sabia que tinham nome: afeição, fúria, anseio, nostalgia, adoração.

Desta forma, tudo de mim — até mesmo esta vida — passou a pertencer a ele. Porque, ainda que que este corpo morresse, haveria alguém que se lembraria de mim. Que diria que me amava, até o último instante.

Foi por isso que eu, também, mantive a minha palavra.

Eu iria salvá-lo.

Em um estalo penetrante, os metais se chocaram, e o ricochete nos lançou para trás. O impacto fez meus pés deslizarem pelos escombros e, por um breve momento, só o som da respiração ofegante preencheu o ar.

Kosmo e eu lutávamos sobre os destroços do coliseu. O vazamento dos canais de água formava riachos pelas rachaduras no chão, e pequenas cachoeiras caíam sobre as camadas inferiores do campo de batalha.

Como serpentes vivas, as correntes se estenderam, tentando me enredar, me esmagar — e, para escapar delas, levantei voo e tomei distância. Foi quando o vento cortante da cabeça do mangual passou rente ao meu rosto, estilhaçando uma coluna atrás de mim.

Exatamente o que eu queria.

Após o arremesso, levava um tempo até a arma voltar ao lugar. Foi esse intervalo que aproveitei para avançar e pegá-lo de surpresa. No entanto, ele foi muito mais rápido do que eu imaginava.

Os elos se enroscaram na lâmina, tentando arrancá-la das minhas mãos, e, para não ser desarmado, aterrissei, fincando os pés no chão e a puxando de volta. Faíscas voaram. O aço guinchou, nos travando no lugar.

— Você é um tolo, Hector — disse ele. — Quando uma pessoa morre, tudo acaba. Sua vida não pode ser trazida de volta. Nós, que ficamos, temos duas opções! Encarar a realidade ou apostar nos milagres que nos são concedidos. E eu já fiz a minha escolha!!
— Ugh—! O que te faz diferente de mim, então?!

Ele soltou a minha espada, apenas para atirá-la de novo em minha direção, rápido como o disparo de uma lança. Não tive escolha senão esquivar em falso, o que abriu uma brecha para as correntes se enroscarem no meu tornozelo.

Com um puxão brutal, ele me arrancou do chão e me lançou contra a estátua decapitada do herói dos heróis — Achilles de Angerona. No estrondo, os galpões se abriram, despachando hordas de cavalos mecânicos.

Como não havia uma pista, eles se atropelavam e se espatifavam nos muros das fortalezas incompletas que se erguiam nos arredores. Atordoado, não consegui me levantar a tempo, e fui pisoteado pela manada.

— Nossos desejos são diferentes. O meu pode ser realizado, eu garanto — afirmou. — Já o seu é um desperdício. Tudo o que você conseguirá é acabar com a única oportunidade que eu tenho de retornar ao início e consertar o que deu errado.

Tossindo poeira, me levantei em meio ao caos e o enfrentei:

— R-Retornar ao início... Então é isso. Agora estou entendendo. Por quanto tempo repetiu isso, irmão? 

Ele se calou.

— Deixe-me adivinhar... vinte anos? — perguntei.
— Errou. Cerca de um ano. Não foi nada de mais.
— Que bom. Quer dizer que ainda tenho chance de quebrar a sua cara!!

Num movimento célere, me camuflei na cortina de fumaça levantada pelos cavalos e sumi de seu campo de visão.

Um avanço direto contra Kosmo não adiantaria. Ele não era mais desengonçado como na época do treinamento, e sua experiência o punha em vantagem. Se eu quisesse vencê-lo, precisava usar a cabeça.

Enquanto ele estendia as correntes para dispersar a fumaça à distância, esperei o momento certo para passar o elo da cabeça por um cano de ferro torto de uma das gaiolas gigantes espalhadas pela arena.

Com isso, seria impossível que a arma retornasse, a não ser que ele tivesse braços fortes o bastante para puxar a gaiola junto.

Então, ressurgi próximo ao penhasco onde caíam os animais mecânicos e corri até meu irmão. No momento em que ele me percebeu, aconteceu como previ: a arma engatou, deixando-o vulnerável.

— Haaaahhh!!

Minha lâmina brilhou quando desferi um corte ascendente, que arrancou um lado da ombreira de Kosmo.

Na mesma hora, meus olhos se arregalaram. Esse ataque deveria ter acertado sua máscara em cheio, mas ele conseguiu mover o tronco e desviar de um jeito que nunca o vi fazer. Não parecia real.

Essa mínima chance foi obtida à custa de me colocar em uma posição arriscada, da qual eu não conseguia mais sair.

Meu olhar flamejante encontrou o dele, que era frio como o gelo, e, em uma fração de segundo, ele alongou a corrente que saía do cabo da arma, chicoteando meu flanco com uma pancada seca.

A saliva escapou da minha garganta. Meu equilíbrio quebrou.

Com as próprias mãos, Kosmo agarrou minha roupa e me ergueu. Me senti como se estivesse voando, até que fui arremessado contra o chão, batendo o rosto nos pedregulhos e espatifando minha máscara.

Minha visão turvou, e o gosto de sangue pesou na língua.

Todos os meus membros pareciam dormentes; eu não sentia os dedos. Como um brinquedo quebrado, estava estirado no chão.

— Você nunca faz nada certo... nada... — murmurou Kosmo, arquejante. Assim como a minha, a máscara que ele usava se partiu, revelando sua face chorosa. — Tudo sempre sobra pra mim...! 

Ruídos vinham das profundezas do Anfiteatro. Próximas à minha bochecha amassada, as pedrinhas tremiam. Eram milhões de engrenagens girando, trabalhando ao máximo para compensar o mau funcionamento da cenografia.

De supetão, o terreno sacudiu e, bem atrás do meu adversário, apareceu o Arcabouço das Profecias de Vertumnus. Aquele lugar que me trazia tanto medo e angústia. Que eu não suportava mais ver diante de mim.

Tão confuso quanto eu, Kosmo engoliu o choro e olhou ao redor.

— ... O que está acontecendo? A-A máscara dele caiu antes da minha. Eu venci. Então por que eu—
— Ainda não.

E eu me levantei, outra vez.

A adrenalina ainda pulsava com o meu sangue. Aguentassem estas pernas me sustentar ou não, eu não me daria por vencido. Não me renderia ao terror. O meu coração permaneceria firme, até a última batida.

— Se quiser me vencer, v-vai ter que me matar — eu disse, com um sorriso sarcástico, e ele inflamou. 
— Depois de todos esses anos... você ainda não deixou o passarinho ir, Hectooooor!! — ele gritou, concentrando toda a sua raiva em um único puxão.

O mangual não se soltou das grades da gaiola. Pelo contrário, ele ergueu a estrutura do chão, catapultando-a até mim feito um meteoro de aço.

Não tive tempo de reação. Eu estava lento, e a minha cabeça girava. Tudo o que captei foi a sombra ficando maior conforme se aproximava — e o impacto avassalador de ser acertado por um objeto tão grande.

Meu braço sangrava. Minha mão quase não fechava a pegada, e os ossos de uma das minhas asas se quebrou. Mesmo mancando contra a dor lancinante, eu emergi da fumaça e enfrentei aquele que me olhava do alto.

Sua figura encontrava-se tão distante de mim que eu só enxergava uma silhueta.

— E quanto a você, irmão? Retornar ao início te ensinou a deixar algo ir? — questionei. — Claro que não. Nós somos gêmeos, eu e você...! 
— É. Tem razão. Somos duas crianças que nunca serviram pra nada. Mas, sabe de uma coisa? Mesmo com esse corpo defeituoso, aqueles dois me aceitaram! Eles não me deixaram para trás, como você fez!! — disse, instigando-me um calafrio. — ... Eu não vou a lugar nenhum. Se eu não puder salvá-los, prefiro passar a eternidade preso neste mundo dos mortos, com eles!!! 

Ainda que nossos caminhos tenham sido distintos, Kosmo e eu nascemos do mesmo ventre.

Éramos reflexos um do outro e compartilhávamos a mesma sina.

Quando criança, ele não tínha ninguém que o abraçasse e o aquecesse além de mim, assim como eu não tinha ninguém além dele. Não havia espaço para nós na vida de mais alguém, exceto na do outro.

Mas, quando o protegi das pedras que a multidão atirava em nós, fiz isso porque realmente o amava?

O fato é que eu nunca compreendi o significado de amar alguém.

Dentro de mim, havia uma ferida sempre aberta, corroendo minha mente e me levando à loucura. Ela esteve ali desde os meus sete sóis, se alastrando pelo meu corpo como uma praga, deixando-o em carne viva.

Por sempre ter vivido a dor sozinho, eu me sentia perdido e machucado. Terumichi foi quem abraçou este corpo mutilado e me deu algo que eu achava que só receberia alcançando o milagre de Messias.

Ele era a pessoa mais especial para mim no mundo inteiro.

Se eu não retomasse o posto como o Comprometido, sua vida seria sacrificada. Se eu lutasse contra Theseus de Salacia, me tornaria o objeto de seu ódio. O que queria dizer que... não havia um futuro para mim.

Por isso, eu pensei em desistir. Tantas e tantas vezes me pus pronto para arrancar-me deste mundo e me lançar ao abismo, como fizera Ícaro, desaparecendo junto a essas asas odiosas. Tantas e tantas vezes, para voltar atrás.

Quando dava meia-volta, ele estava lá, esperando por mim. Seu rosto preocupado, repleto de compaixão pela minha existência. Era o rosto de alguém que não aceitaria me perder, assim como eu não aceitaria perdê-lo.

Ele era a razão pela qual eu escolhi viver. Se por ele eu comecei, por ele eu terminaria. Foi o que decidi. O meu último desejo seria realizado, ainda que... um final feliz ao seu lado estivesse fora de cogitação.

Contudo, ó pai de todos os milagres, por mais que eu me convencesse de que meus sentimentos eram impolutos, e que o que eu desejava conceder a ele o direito de reencontrar sua família, essa não era a verdade absoluta dentro de mim.

Em algum lugar, no fundo do meu coração, minha voz de infante ecoava:

"Fui eu quem viu ele primeiro! Eu o carreguei até aqui! Ele é meu! Só meu!”

Por um segundo, o peso da minha espada se esvaiu e, em seu lugar, senti a penugem frágil de um pequeno animal. As penas deslizaram por entre meus dedos antes que se libertasse, alçando voo.

E então, ele partiu.

Minha lâmina foi destroçada. O guarda-mão girou no ar, e o aço fragmentado tilintou no chão.

Aquele golpe me lançou para trás com uma força brutal, devastadora, que explodiu o ar dos meus pulmões. Fui jogado contra os destroços do templo, minha pele arranhando nas pedras quebradiças enquanto rolava pelo chão.

O sistema de proteção contra incêndios foi ativado. Pingos de chuva artificial caíam, lavando meu sangue e empapando meus cabelos desgrenhados. A água fria ardia nos meus ferimentos. Meu peito parecia ter sido esmagado.

Eu... perdi, como profetizado.

— Vá para casa, ou para onde quiser. Você é livre para isso agora — disse meu irmão, em tom manso. 

Inclinei a cabeça levemente. À frente da figura dele, surgiu uma escadaria luminosa que levava a uma plataforma flutuante no céu. Sobre ela, muros altos, e um portão aferrolhado por correntes e cadeados de metal.

Lá estava, nosso desígnio final. O Jardim de Rosas da Sabedoria.

— K-Kosmo, não. N-Não, não faça—!

Prestes a subir o primeiro degrau, os maquinários do Anfiteatro pararam subitamente. O estrondo fez o solo abaixo dele ceder, e seu pé escorregou no molhado.

Antes que fosse engolido pelo despenhadeiro, vi um vulto correr em disparada e agarrá-lo pelo braço. Era uma mulher de longos cabelos cacheados e negros. A bruxa de Apollodorus.

— Circe. Me solte, Circe...

Ela grunhia, fazendo força para aguentar o peso.

— Salve o nosso mundo... e cuide de Hector por mim — ele continuou. — Dê a ele um lugar seguro para morar.

Logo, gotas pingaram sobre suas bochechas marrons. 

— Seu grande idiota... Como acha que eu vou viver com isso sozinha? Se essa dor é tão grande que você não consegue suportar... então me deixe aceitá-la, e carregá-la com você...!!!
— Não adianta. Sem você e Theseus, eu não tenho como continuar. 
— Acredite em mim!! — ela exclamou. — Acredite em mim. Eu estou aqui, Kosmo. Eu te amo. Por favor, volte para mim.

Os olhos dele marejaram, iguais aos de um garotinho arrependido. Trêmulo, ele estendeu a outra mão para alcançar sua amada. No entanto, o rochedo se soltou do restante do eirado, e ambos despencaram no fosso escuro.

— I-Irmão!!

Tentei engatinhar até as beiradas, mas quanto mais força fazia, mais a pressão me esmagava por dentro.

Tossi o sangue que me engasgava, e meus braços cederam. Minha visão nublou por um instante. O último golpe de Kosmo devia ter ferido meus pulmões, e por isso minha respiração estava tão pesada.

Minhas asas também haviam ficado abertas por tempo demais. Eu não tinha como guardá-las sozinho. Em breve, minha energia se esgotaria. Nas condições em que eu estava, eu sobreviveria só por mais algumas horas.

Rangi os dentes, encostando a testa no piso encharcado.

Eu era o único desafiante de pé. Se esses braços e pernas não tirassem energia de algum lugar e se mexessem de uma vez, eu não conseguiria subir aquelas escadas. Pela última vez, eu precisava avançar.

Arrastando-me, eu subia. Devagar. Um degrau de cada vez.

— Meu Ícaro, não há pelo que se culpar — disse uma voz suave, à qual me sobressaltei.

Era Castor de Carmenta, seu sorriso como uma máscara, escondendo as mãos atrás da cintura. Eu não estava tão surpreso em vê-lo. Desde o dia em que lutamos até a morte, o vinha encontrando em sonhos, ou pesadelos.

Ao lado dele, sentado sobre a carcaça de um cavalo mecânico, estava o príncipe Achilles de Angerona. Silente, observando-me. Enquanto isso, o outro continuava a me importunar.

— Você nunca amou Terumichi Kinjō. Ele era um pedaço de carne que te nutria e te mantinha vivo. Comparado ao que o Messias vai proporcionar — seja o prazer de ser amamentado em amor pela eternidade, seja o poder de ter em suas mãos o corpo de quem quiser —, que valor tem um só homem?
— S-Se Terumichi não estiver comigo... não há mais nada que eu queira deste mundo.
— Mas a felicidade concedida por outro ser humano é breve. O Filho de Trismegistus tinha um propósito bem definido: prolongar o reino dos homens. E você também teve um, desde que nasceu.
— ...
— Você deve tê-los ouvido falar, em algum momento. Que vocês, gêmeos de Vertumnus, não foram abandonados. 
— P-Pare...
— Crianças nascidas de experimentações genéticas que visavam replicar o conceito de Kush’padme. Seleção artificial e modificação. Muitos ensaios fracassaram. Eu, Pollux, Padomektah... e você, Koshmayah — disse ele. — Como seu irmão herdou os desagradáveis cabelos brancos dos espíritos malignos, os nomes de vocês foram trocados, e você foi batizado como o irmão mais velho.
— Pare!!!

Após um curto riso, ele se calou, e Achilles tomou a vez.

— Não importa mais. Se o seu desejo é salvá-lo, apresse-se. Mas, Hector de Vertumnus... como fará isso? 

Gotas vermelhas ficavam para trás. A cada degrau, minha pulsação se tornava mais lenta, irregular. Depois de uma árdua e longa subida, minhas mãos chegaram às maçanetas do portão, completamente inertes ao tentar puxá-lo.

Eu não possuía a chave. Tendo sido derrotado, eu não era digno de alcançar o Ícaro Messiânico.

E, ainda que fosse condenado a lutar e vencer por dez mil anos, continuaria incapaz de atingir tal posição. Pois eu era um homem incompleto e falho, que mal tinha forças para se manter de pé em terra firme.

Mas ainda havia uma serventia para este coração vazio. Se as Mãos do Mundo me amaldiçoaram... se eu era mesmo incapaz de amar... então que, ao menos, eu lhe oferecesse minha demonstração vã.

— Ó, Correnteza Eterna, o teu emissário roga a ti! Eu sacrifico tudo: esta pele, esta carne, este sangue e estes ossos! Troque-me de lugar com o Filho de Trismegistus...!! 

Castor e Achilles se espantaram.

— Você—! Está maluco?!
— Se o fizer, você será descartado deste mundo. Terá seus órgãos carcomidos até os confins do tempo, quando nascer o próximo sacrifício. Não haverá fim para esse tormento.
— Que assim seja — respondi. — Enquanto eu lembrar que é por ele... até essa punição me será querida.
— Não tem nenhum arrependimento?
— Nenhum.

Tendo meu corpo desaparecido, minhas ombreiras e grevas caíram próximas àquele que me era mais precioso. Ali, no piso frio, ele dormia, respirando tranquilamente, como um passarinho.

As correntes serpentearam ao meu redor, entrelaçando-se em minhas asas, meus braços e minhas pernas, selando-me ao relicário sacrificial.

Embora o ouro gelado me pressionasse, não havia dor. Somente uma paz estranha, como se eu fosse posto para descansar em um berço macio. O que era frio parecia caloroso. O que era duro parecia afável.

Os grasnidos dos pássaros se aproximavam. Num suspiro, meus olhos se fecharam, e um pensamento final se formou em minha mente.

Terumichi, obrigado.

Obrigado por me encontrar. Obrigado por me amar.

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EMBLEMA XXVI
O Fruto da sabedoria humana é a Árvore da Vida.

"Não há maior sabedoria nas coisas humanas
do que aquela que nos faz alcançar uma vida saudável e rica.
Na mão direita ela carrega longevidade e boa saúde,
e na esquerda esconde montes de tesouros.
Se com esta razão alguém lhe pedir a mão em casamento,
será como o fruto da vida nascido na árvore."

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