Volume 2
Capítulo 3 - O Ataque Surpresa!
Na manhã seguinte, ao saírem de seus quartos, Guildor e Corbin foram surpreendidos por Zariel, que, com um sorriso travesso, se abaixou e abraçou Corbin por trás, puxando sua bochecha com um carinho exagerado.
— Ah, esse aqui não é o meu gatinho! Esperei tanto tempo para reencontrá-lo aqui, e ele me deixou sozinha... Mas até que esse aqui é bonitinho também! Se parece com ele, vai ser um garotão quando crescer — disse ela, lambendo o rosto de Corbin, que se contorceu de desconforto.
— Zariel... o que quer? — perguntou Guildor.
— Majestade, como disse, vim ver meu príncipe encantado, mas ele não está aqui — respondeu Zariel, com um brilho travesso nos olhos.
— Mats não veio mesmo, então, se não se incomodar, estamos de saída... — insistiu Guildor, tentando se desvencilhar da situação.
— Eu soube... agora ele está do outro lado, não é mesmo? Matando... ele deve estar tão incrível sendo um menino mal — disse Zariel, com um tom sonhador.
— Ele não fez aquilo, e pode me soltar? — reagiu Corbin, sua voz misturando indignação e desconforto.
— Claro, docinho! E antes que eu vá, vim aqui para garantir a inscrição de vocês no torneio também — disse ela, enquanto se afastava, seu riso ecoando pelos corredores.
— Garantir? Como assim? — perguntou Guildor, perplexo.
— Bom, se querem ver seus amados líderes novamente, vocês vão se inscrever, Prodígios — respondeu ela, virando o corredor com um ar de mistério.
Corbin, em um impulso, acionou os propulsores em seus pés e saiu voando pelo corredor, mas ao virar o corredor, não havia mais ninguém. Zariel havia desaparecido em meio às sombras.
— Ela some muito rápido, droga! — exclamou Guildor, balançando a cabeça em frustração.
— E tem mais, péssimas notícias! Meus sensores relatam uma explosão no Castelo! — informou Corbin, preocupado.
— Explosão? Vamos! — respondeu Guildor, invocando Cotê, enquanto Corbin vestia sua armadura, ambos prontos para a ação.
Ao longe, Zariel e um encapuzado os observavam, ocultos nas sombras.
— Conseguiu fazê-los participarem? — perguntou o encapuzado, sua voz baixa e calculista.
— Você acha que está falando com quem? É claro que consegui — respondeu Zariel, com um sorriso satisfeito.
— Bom, muito bom. Vamos informar o Líder, nosso trabalho aqui terminou.
...
Em Inorram, momentos antes da explosão, Mavie estava conversando com Aniya no salão, cercadas por livros e pergaminhos, sobre como sentiam falta de Minev, que pertencia ao trio delas.
— Espero que ela volte logo, saudades de acordá-la cedo e tomar gelato — disse Mavie, com um sorriso nostálgico.
— Nem me fale! Parece que não somos completas sem aquela rabugentinha — respondeu Aniya, rindo suavemente.
Enquanto resolviam pequenas questões do reino e organizavam equipes para as missões que chegavam, as duas estavam se divertindo como podiam. O reino estava próspero, e o dia era lindo. A primavera em Inorram era uma estação de transição, marcada pelo renascimento da natureza. As flores desabrochavam em cores vibrantes, enchendo os campos e jardins com uma explosão de vida. As árvores ganhavam novas folhas verdes, criando uma paisagem exuberante. O clima era ameno, com temperaturas agradáveis e chuvas ocasionais que ajudavam a regar a terra e manter a vegetação saudável. Os animais saíam de suas tocas e ninhos, aproveitando o clima favorável para se reproduzir e buscar alimento.
Mas ao fim da tarde, quando ambas estavam reunidas na sala central de arquivos, uma grande explosão ecoou pelo castelo, fazendo as paredes tremerem. Elas se assustaram com o estrondo, mas prontamente foram ver o que era. A explosão havia ocorrido perto da sala de reuniões. Ao chegarem ao local, encontraram alguns corpos de guardas no chão, e Aniya rapidamente lançou suas raízes curativas para ajudar a quem estava soterrado.
— O que houve aqui? — perguntou Mavie, seu coração estava acelerado.
— Princesas, tomem cuidado, eles entraram... — respondeu um dos guardas, desmaiando.
— Quem entrou? — questionou Mavie, a preocupação crescia.
— Mavie, não foi uma explosão acidental, olha isso — disse Aniya, apontando para um dos guardas, que apresentava cortes de lâminas no corpo.
Outros guardas chegaram ao local da explosão. Mavie ordenou que ajudassem e levassem os feridos para a enfermaria, enquanto ela e Aniya decidiram vasculhar o castelo. Cada uma seguiu para um lado; Aniya foi até os quartos e áreas de treino, enquanto Mavie se dirigiu ao salão principal e ao trono.
“Justo agora que estamos apenas nós duas, acontece uma invasão. Quem ousaria invadir? Foi algo planejado?” pensou Aniya, correndo pelos corredores do castelo.
Chegando ao salão principal, onde ficava o trono de Inorram, Mavie se deparou com uma dúzia de pessoas com capuz vermelho, e, no fundo, sentado lateralmente no trono com as pernas para cima, uma figura encapuzada com um manto preto e detalhes em vermelho.
— Quem são vocês? O que acham que estão fazendo? — desafiou Mavie.
— Você deve ser a prodígio da água, interessante. Achei que seria mais imponente... — respondeu o encapuzado, com um sorriso desdenhoso.
— Então, mesmo me conhecendo e sabendo quem eu sou, você teve a coragem de vir aqui? — retrucou Mavie, com um olhar desafiador.
— Hahahaha, isso vai ser divertido — disse ele, com um brilho maligno nos olhos.
— Vai mesmo, fazia tempo que eu não tinha uma ação — disse Mavie, abrindo um sorriso determinado.
Os doze encapuzados vermelhos avançaram em direção a Mavie. Ela, com um movimento ágil, criou uma lança de água, pronta para o combate. O primeiro inimigo pulou, tentando acertá-la com um chute, mas ela se abaixou e, com um balançar de sua lança, o derrubou no chão, logo depois pisando em seu tórax.
— É isso? — perguntou ela, com uma expressão de seriedade.
Enquanto falava, outro encapuzado disparou uma flecha. Assim que a flecha se aproximou, Mavie ergueu uma parede de água, bloqueando o ataque. Então, virou seu olhar para quem disparou a flecha.
— Minha vez — disse ela, lançando quatro flechas de água, acertando uma em cada membro do atacante, incapacitando-o. Os demais começaram a atacar juntos, forçando-a a enfrentar múltiplos adversários ao mesmo tempo. Usando sua inteligência e estratégia, Mavie superou a desvantagem numérica, aproveitando as fraquezas de cada soldado e encontrando brechas em suas defesas. Sua destreza e agilidade eram impressionantes, permitindo que ela se esquivasse dos ataques e atingisse seus oponentes com golpes poderosos.
No fim, os doze encapuzados caíram, sem muita dificuldade para Mavie.
— Bom, muito bom, bom demais eu diria — disse o encapuzado no trono, aplaudindo Mavie.
— Agora, quem é você? E levante-se do meu trono, porque isso é demais para você! — desafiou novamente Mavie, com a voz firme.
— Que rude de sua parte. Eu me chamo Draven — respondeu ele, levantando-se lentamente.
— Ótimo, pode deixar que eu colocarei em sua lápide — disse Mavie.
— Hahahahaha, você é mesmo direta. Vamos ver se é tudo isso mesmo.
— Pode vir!
Draven e Mavie começaram a batalhar. Do outro lado do castelo, Aniya não encontrou nada. “Vou me reunir com a Mavie, espero que ela tenha tido mais sorte do que eu”. Mas assim que se virou, ouviu uma nova explosão vindo da sala do trono.
— Mavie! — gritou ela, saindo correndo em direção à explosão.
Enquanto tudo isso acontecia, Corbin e Guildor estavam voando o mais rápido que podiam, mas ainda levaria um dia até chegarem ao castelo.
— Me dê alguma notícia, Corbin! — gritou Guildor, sua voz cortando o vento.
— Foi me avisado de uma segunda explosão agora, direto do Castelo. Mavie parece estar envolvida, mas só tenho isso — informou Corbin, sua expressão era de tensão. “Mavie, esteja bem, eu já estou chegando mana”.
“Droga, por que tudo isso acontece de uma vez? Estamos sendo vigiados? Vamos, Cotê, o mais rápido que puder!” pensou Guildor, a preocupação crescendo.
— Guildor, eu vou na frente! M.D.T. vai usar toda sua energia nos propulsores! — gritou Corbin, colocando suas mãos para trás. Os pés da armadura se juntaram, formando um propulsor a jato ainda maior, e disparou na frente de Guildor.
— Tudo bem, mas tenha cuidado — disse Guildor ao vento, sua voz cheia de preocupação.
Mavie havia soltado uma enorme rajada de água em Draven, que atravessou a parede do castelo, caindo na praça principal do reino, onde muitos civis estavam. Ele se levantou devagar, e Mavie saltou ao solo, gritando para todos se afastarem, enquanto ordenava aos guardas que protegessem os civis. “Talvez não tenha sido o mais inteligente trazer ele aqui para fora, pode ferir alguém, preciso acabar com isso rápido” pensou determinada.
— Realmente poderosa, a água é um elemento capaz de tudo, não é mesmo?! — provocou Draven, com um sorriso desdenhoso.
— Ela é sim, inclusive de acabar com você! — retrucou Mavie.
— Ora, agora vou te mostrar a minha habilidade então.
Draven correu em direção a Mavie e começou a trocar golpes com ela. Mavie era habilidosa, estava conseguindo se defender, até que, quando foi bloquear um soco que vinha da sua frente, foi acertada pela lateral, foi muito rápido; ela não conseguiu ver o que havia ocorrido, tinha certeza de que ia bloquear. Com sua lança, tentou acertá-lo, mas ele parecia ser um especialista em esquiva, com reflexos absurdamente rápidos, e novamente a acertou sem que ela percebesse, no momento em que piscou, ele sumiu e a atingiu com um chute em suas costas.
— Você fica invisível? — perguntou Mavie, confusa.
— Não, minha habilidade é muito melhor que isso — respondeu Draven, com um sorriso malicioso.
Mavie inundou o chão com água, na tentativa de restringir a movimentação de Draven. Então, começou a trocar mais alguns golpes com ele, mas novamente foi acertada sem entender. “Então ele teletransporta? Como vou parar alguém que tem teletransporte?” pensou ela, sua frustração crescia.
Draven apareceu atrás de Mavie, acertando um chute em suas costas, jogando-a longe. Com ela caída no chão, ele pulou para acertar um chute. “Droga, não vou conseguir desviar, eu não consigo nem me proteger, como vou proteger um reino? O que Guil estava na cabeça me deixando com essa responsabilidade” Pensou ela com dores e decepcionada.
— Agora acabou, princesa da água.
Mas um cipó o segurou no ar pela perna direita.
— Vamos com calma, estranho — disse Aniya, jogando-o no chão e, em seguida, erguendo-o de ponta-cabeça, ajudando Mavie a se levantar — lembre-se você não está sozinha.
— Obrigado, Aniya — disse Mavie, respirando fundo.
— Não tente fazer tudo sozinha. Deixe um pouco da diversão para mim — respondeu Aniya, com um sorriso.
— Ora, ora, se não é a Prodígio da natureza.
— E quem é você? — perguntou Aniya.
— Nome dele é Draven, e ele já está me deixando furiosa — disse Mavie, com os punhos cerrados.
— O que você quer aqui? — questionou Aniya, sua voz firme.
— Me divertir, mas também levá-las comigo.
— Acho que isso não será possível. Você está preso pelos seus atos cometidos no reino — disse Aniya, com determinação.
Draven, com uma lâmina escondida, cortou o cipó.
— Acho que não — disse ele, partindo para cima das duas. Aniya girou o punho, conjurando raízes que o atacaram sem parar. Mavie tentou acertá-lo com projéteis de água, mas ele conseguiu desviar de todos os golpes. Em um momento, ele sumiu e apareceu entre as duas, acertando um chute com cada perna, jogando-as em lados opostos. Mavie se levantou rapidamente e trocou mais alguns socos, mas sempre que ele sumia, aparecia em outro lugar e a acertava. Aniya fez o chão em que ele estava em cima se transformar em areia movediça, neutralizando seus movimentos, e com uma luva de barro, acertou um soco em sua cara, jogando-o longe.
— Estou vendo que combater vocês duas ao mesmo tempo vai ser difícil — disse Draven, limpando o sangue de seu queixo.
— Não brinca... — respondeu Mavie.
Então, saindo da área de areia, ele sumiu novamente e acertou outro golpe, sumindo e acertando, e assim foi fazendo, acertando vários golpes nas duas, até que Aniya caiu de joelhos. Ele apareceu em cima dela, mas, ao acertá-la, ela se transformou em lama, prendendo-o. Aniya girou os punhos e Kieb surgiu atrás dele, mordendo-o no ombro profundamente e o agarrando.
— Dela você não conseguirá escapar — disse Aniya, com um sorriso triunfante.
— Estou... incrivelmente lisonjeado... que privilégio conhecer seu Summon — disse Draven, com muita dor da mordida.
— Como conhece sobre os Summons e como sabe sobre os prodígios? — perguntou Aniya, intrigada.
— Como? É bem simples, porque eu também sou um prodígio — disse ele, invocando uma pantera gigante que mordeu e arranhou Kieb com força, fazendo-o soltar.
— KIEB! — gritou Aniya, desesperada.
— O QUE? OUTRO SUMMON? — questionou Mavie, surpresa.
— Este é Aurelius, e sim, ele é meu Summon. Foi divertido a brincadeira, mas estamos de saída. Já vi o que precisava ver — disse Draven, subindo na pantera e saindo por cima dos telhados.
Mavie invocou Anaho, que tentou acertar um jato de água, mas ele desviou. Aniya e Kieb também tentaram prendê-lo com raízes, mas a pantera as destroçou com suas garras e fugiu rapidamente, pulando por cima da muralha.
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